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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Nas mansões do Supremo e do Divino

Era uma manhã de sol na praia deserta de Geribá, em Búzios, bem cedo. Ano 2005. José Dirceu fazia exercícios na areia. Em forma, bronzeado. Acabara de cair da chefia da Casa Civil do governo Lula, acusado de mandante do mensalão. Perguntei, como uma banhista qualquer: “Como vai a vida, ministro?”. “Vai bem”, respondeu ele com um sorriso, “enquanto a imprensa não me descobrir aqui”.

Mesmo destituído do poder oficial, não temia cair em desgraça. Jamais suporia, em seu pior pesadelo, que sete anos depois teria de encarar a execração pública, condenado como um criminoso na mansão do Supremo. Dirceu virou Zé, um vilão do folhetim político brasileiro, o “mandante de um golpe contra a democracia”. Mas se considera uma vítima.

Na mansão do Divino, a vilã Carminha foi condenada e chamada de vagabunda. O capítulo em que a personagem de Adriana Esteves foi desmascarada coincidiu com um imenso salto de consumo de energia elétrica. Se o ápice do julgamento na mansão do Supremo era o destino de José Dirceu, na fictícia
 Avenida Brasil o clímax chegou antes do fim. O que acontecerá agora na novela é secundário, diante da catarse nos sofás brasileiros com a execração de Carminha, a vilã que manipulava todos, filhos, amantes, marido, parentes, empregadas, amigos e inimigos. Manipulava com propina e lábia. Comprava apoio, conspirava, iludia e dava a volta por cima. Foi quase linchada. Mas se considera uma vítima.

Tanto Dirceu quanto Carminha caíram sem abaixar a cabeça, atirando “contra a covardia moral e a hipocrisia”. O autor de
 Avenida Brasil, João Emanuel Carneiro, já disse que gosta de humanizar vilões, mostrar que ninguém nasce mau. Carminha repetiu mil vezes na trama: “Não sou vilã, sou vítima, vocês vão ver”. Quando percebeu que seu discurso de heroína não convencia mais, apontou o dedo para os malfeitos de toda a família. Dirceu, por enquanto, só apontou o dedo para a imprensa. Divulgou em seu blog uma carta “ao povo brasileiro”, numa clara alusão a Lula, que também escreveu, em junho de 2002, uma “carta ao povo brasileiro” como candidato do PT à Presidência da República.

No
 documento, Dirceu afirma que, desde 2005, “em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo”, foi transformado pela mídia em “inimigo público número 1”. Na visão de Dirceu, o Supremo o condenou como corruptor e chefe de quadrilha “sob forte pressão da imprensa”. Não foi mais longe que isso. Mais uma vez, os interesses do PT e de Lula – nas eleições, e especialmente em São Paulo – se sobrepõem a seu drama pessoal, sua reputação. Internamente, no PT, não existe o vilão Dirceu. Ele é um herói das cores do Partido com letra maiúscula. Não é dedo-duro. Foi ovacionado pelos companheiros.

Oficialmente, Dirceu foi
 chefe da Casa Civil, mas essa era sua face palaciana e festiva. Na vida real, era muito mais – e continua sendo. O confidente-mor de Lula, seu companheiro mais querido, mais fogoso e poderoso. O guerrilheiro que mudou o rosto para não mudar as convicções. O que mentiu até para a família para continuar, clandestino, em seu país. Coisa de novela. No governo Lula, Dirceu era o braço direito do presidente, o homem forte, a eminência parda que falava grosso, o ideólogo do PT.

Agora, Dirceu foi condenado pelo Supremo como “o mandante de crimes cometidos na intimidade das organizações do governo”. Como o artífice de um projeto de poder que visava sufocar críticas e se perpetuar no Brasil. Um projeto totalitário, um golpe contra a democracia apoiado por políticos de outros partidos, “propinados e corrompidos”. É forte.
Em 2005, convencido de que suas relações e costas quentes o livrariam de um processo exemplar e épico como o de agora, José Dirceu disse textualmente sobre Lula: “Não faço nada que não seja de comum acordo e determinado por ele”.

Alguém duvida? Carlos Lessa, economista e ex-presidente do BNDES no governo Lula, afirmou ao jornal
 O Globo: “Lamento por Dirceu, o mais preparado e brilhante do PT. Foi onipotente, ignorou a ética na construção de apoio. O mensalão fere a democracia. Mas sou contra crucificá-lo. E Lula, claro, sabia de tudo”. Para Lula, é bom lembrar, tudo que está sendo julgado no Supremo não passa de “uma farsa”.

Na ficção de verdade, com atores pagos, os últimos capítulos deverão mostrar que a vilã Carminha teve um mestre, um modelo e um mentor: seu pai, Santiago, que posava de bonzinho na trama. A verdadeira face de Santiago é outra. Um ladrão de joias, um receptador. Bandidos entregam os objetos roubados dentro das bonecas que Santiago diz consertar.

A História dirá se Dirceu pensou e agiu sozinho ou se deve sua glória e tragédia a alguém acima dele. Por Ruth de Aquino, colunista de Época.

Os filhos do Mensalão?


Com o nascimento dos bebes de Rosemary, o mensalão perdeu o foco. É o PT através de sua cúpula, com a corroboração do presidente da Câmara, e outros integrantes da sigla vem promovendo manifestações; de desagravo às decisões do STF, que conta com apoio da maioria da sociedade. Isto tira o foco de uma possível convocação de Rosemary de prestar esclarecimentos no Congresso. E ter de explicar fazendo um aborto, expondo a sociedade os nomes de pais; que fizeram a gestação do bebe mensalão no governo. Mas que devido à interferência de outros pares, solicitando um acompanhamento pré-natal da gestação; com exames mais apurados gerou o processo 470 conhecido como mensalão. Entretanto ainda não era conhecida a gravidade que este sistema traria a Nação? Visto terem se passados sete anos e o sistema continua em plena operação. Com filhos espalhados por todos os setores públicos surrupiando a Nação? Pois, se nada tem a esconder, porque, não investigar é esclarecer de uma vez todas estas denúncias. Que no caso é chover no molhado alegar, a falta de credibilidade do Marcos Valério; mas, no entanto se cria a PEC 37 da IMPUNIDADE, que vai impossibilitar qualquer investigação. Ou seja, quem não deve não teme, vamos esclarecer todas estas denúncias; passando o Brasil a limpo. E iniciando a limpeza que se faz necessária no trato da coisa pública.
                                          Um Abraço,
                                          13/12/2012.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A Corporação

Não iria postar nada hoje. Mudei de ideia. Levado por este outro e-mail. 
De Mateus Carrilho
Assunto: Filme para refletir
Eu leciono Fundamentos de Administração, Ética, Política e Sociologia nas Organizações e Gestão de Projetos. E sempre que falo de projetos eu cito a lei de Marshall. Temos não que esperar, mas estar preparados para o pior.
Mas sociologicamente falando, lembrando que o vil metal é o vetor motivador de quase todas as tragédias, exceto a questão passional, assistam um filme do Michael Moore que passo em aula: THE CORPORATION. As empresas são pessoas (jurídicas, brecha na lei graças a 14 emendas americana que visava liberdade aos negros, toda a pessoa tem o direito de existir), mas que as empresas usarem em seu benefício. Ora, empresa é pessoas, mas desprovida de sentimentos, ética, moral (principalmente as SA). Assistam The Corporation e reflitam com o que houve em Santa Maria. Morei no mesmo quarteirão da tragédia no meu primeiro ano de faculdade, em 1995. Amo Santa Maria, ama a UFSM, devo muito do que sou ao que aprendi lá, não só como profissional, mas como pessoa, como homem. Abraço e, bom, que isso sirva para algo! Postado por Hiltor Mombach em 28 de janeiro de 2013 - Esportes.

Mobilização nacional

Contra a PEC 37, Ministério Público realiza manifestações em Brasília.
Ações pedem a rejeição de projeto que retira do órgão o poder de investigação:
Membros do Ministério Público (MP) realizam nesta quarta-feira, em Brasília, a Mobilização Nacional contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011. Chamada pelo MP de "PEC da Impunidade", a matéria retira do órgão e de outras instituições o poder de investigação, que passaria a ser prerrogativa exclusiva das polícias Civil e Federal.
De acordo com a assessoria do MP-RS, as atividades da mobilização começaram pela manhã, com o 1º Simpósio Brasileiro Contra a Impunidade, realizado no auditório do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com as presenças do procurador de Justiça gaúcho Lenio Streck, do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto e de parlamentares.
Para a tarde, está previsto um ato no Congresso Nacional, quando deve ser entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), um abaixo-assinado (a "Carta de Brasília”) com um balanço das manifestações realizadas pelos MPs de todo o país, além de um resumo das experiências do órgão na área investigação.
Fonte: ZERO HORA 24/04/2013.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sanatório Geral


“Eu também vou falar… eu vou falar pouco. Vou explicar por quê: todo mundo, antes de mim, disse que ia falar pouco, não é? E aí, tinha uma senhora ali, na frente, que falou o que todos nós estamos sentindo. Ela disse assim: “Eu estou com fome”. E eu vou levar em consideração ela, que falou uma coisa que todo mundo está pensando, mas não está falando”.
Dilma Rousseff, em Ribeirão das Neves, ao abrir seu discurso de 25m15s em dilmês tira-apetite, na cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida, internada por Celso Arnaldo depois de comprovar que, ao contrário da senhora que fala o que pensa, ela não pensa no que fala.


“E eu quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo”.
Dilma Rousseff, na cerimônia da promessa da produção nacional da insulina, ontem, às vésperas de se queixar de nova e injustificável manipulação de suas declarações pela mídia. Tags:  Dilma RousseffinflaçãoLula.


“Tenho ouvido discurso que eles têm feito, a novidade do tomate. O que não sabem é que uma mulher calejada na luta como esta mulher não vai permitir que um tomatezinho venha quebrar as forças da economia e de um país que aprendeu a viver com inflação controlada”.
Lula, durante o palavrório em Belo Horizonte, avisando que Dilma Rousseff está preparada para a briga com tomates de todas as dimensões e procedências.
Tags: Dilma RousseffinflaçãoLula, 17/04/2013, tomate.


“Nós sabemos que há um aumento nos preços dos serviços devido ao fato que as pessoas melhoraram de vida e compram mais. Mas é um processo que deve acomodar e os preços dos serviços tendem a cair”.
Dilma Rousseff, explicando que a inflação não para de subir porque o governo transformou milhares de miseráveis, pobres e remediados em militantes da classe média consumista.
Tags: Dilma Rousseff, 17/04/2013, inflação.


“Nós, nos últimos dois anos, tiramos 22 milhões de brasileiros e brasileiras da extrema pobreza pagando R$ 70 de renda mínima para cada uma das pessoas das famílias cadastradas no Bolsa Família. Sabemos, no entanto, que ainda tem pessoas que estão fora do cadastro. Muitas por não saberem, muitas por desconhecerem. Pedimos a parceria de vocês para que nós localizemos essas pessoas”.
Dilma Rousseff, em cerimônia do Minha Casa Minha Vida em Belo Horizonte, internada por Celso Arnaldo ao pedir ajuda aos prefeitos mineiros para localizar, em suas mansões, duas categorias antagônicas de miseráveis teimosos que não podem nem ouvir falar dos 70 reais do Bolsa Família: os que não sabem e os que desconhecem. Tags: Celso Arnaldo, 17/04/2013, Dilma Rousseffmiseráveis.


“Quem não teve casa na vida sabe perfeitamente que não ter casa é muito ruim, é o fim do mundo, mas que ter casa permite sempre a gente olhar para o futuro e ver nisso um novo começo”.
Dilma Rousseff, em Belo Horizonte, em cerimônia do Minha Casa Minha Vida, capturada por Celso Arnaldo ao tentar dizer em dilmês de obra o que em português seria simplesmente: ter casa é muito melhor que não ter. Tags: casaCelso ArnaldoDilma Rousseff, 16/04/2013, neurônio em construção.





“Daí porque – e nós não estamos descobrindo as Índias nem o Brasil ─ nós estamos simplesmente reiterando práticas que ao longo dos tempos foram desenvolvidas por vários países, como por exemplo, a NASA. A NASA tem uma política de compras específicas”.
Dilma Rousseff, na inauguração da promessa de retomar a produção nacional de insulina, internada por Celso Arnaldo depois de negar que o PT tenha descoberto o Brasil, como insiste Lula, e defender o modelo da política comercial da NASA, capital Houston, novo país-membro dos BRINCS. Tags: BricsCelso ArnaldoDilma Rousseff, 16/04/2013, insulinaNASA.


“A inflação de março foi menor que a de fevereiro, e a de fevereiro tinha sido menor que a de janeiro. A inflação, quando olho para frente, ela está em queda, apesar do índice anualizado do ano ainda estar acima do que nos queremos alcançar, do que nós queremos de ideal”.
Dilma Rousseff, explicando em dilmês arcaico que, graças à política econômica parida pela presidente e amamentada por Guido Mantega, quanto mais cai à inflação mensal mais sobe a inflação anual. Tags: Dilma Rousseff, 16/04/2013, inflação.


“A tendência da inflação é de queda, eu asseguro a vocês”.
Dilma Rousseff, tranquilizando a nação com o mesmo falatório que anunciou o “pibão grandão” que até agora nem Guido Mantega conseguiu enxergar. Tags: Dilma Rousseff, 16/04/2013, inflação.

Por Augusto Nunes, 16/17/04/2013, colunista, veja.com.br