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sábado, 31 de outubro de 2015

Teremos alguma esperança de mudanças!



M
ais um ano que  chega ao fim, sem alteração e novidade na condução da política Brasileira; ficando uma exceção a condenação dos mensaleiros pelo STF. Fora este fato nem uma mudança substancial, na política aplicada no país, à corrupção e a impunidade correm solta; sendo esses fatos e acontecimentos os mais recorrentes no momento, abrangendo todos os setores da vida pública? Com magistrados afastados pelo CNJ acusados de irregularidades, e punidos com aposentadorias compulsórias, prefeitos e vereadores afastados por irregularidades cometidas nas eleições passadas, à nova Lei Seca não surtiu o efeito desejado por falta de educação e prevenção, obras em atraso pela burocracia e falta de planejamento, o relator da CPI do Cachoeira, em comum acordo alegou falta de provas; dando por encerrada a CPI sem indiciar companheiros citados na investigação. Ou seja, mais uma pizza servida a Sociedade, na maior cara de pau e tendo o Congresso Nacional adiado a aprovação do Orçamento da União, por falta de liberação das verbas oriundas de emendas parlamentar? Ao que parece Brasília, desconhece o uso de produtos de limpeza como o jimo cupim: pois, o Congresso Nacional precisa com urgência de uma faxina geral, e dedetização utilizando o jimo cupim para combater a cara de pau e o corporativismo; uma troca de favores tal de toma lá dá cá e tudo, por interesses pessoais e nada se faz até a volta do recesso parlamentar? Quando os companheiros terão  verbas de emendas liberadas, atendidos seus pedidos; inclusive com projetos benéficos aos parlamentares,  em troca da aprovação de projetos importantes para o governo?

P
ortanto mais um ano que encerra sem qualquer novidade na política, com a proteção de companheiros denunciados em CPIs, do mensalão, parlamentares  protegendo e dando guarida a companheiros e parceiros como forma de preservar o sistema vigente e benéfico a classe política? Que parece temer que os parceiros condenados joguem excrementos fecais no ventilador, expondo e trazendo a tona a sujeira e a lama que envolve a política brasileira? Isto talvez explique porque não se constroem cadeias e prisões de segurança máxima, pois seriam ocupadas por homens públicos e políticos corruptos que fazem; da política um degrau de apoio para o seu enriquecimento. O recesso parlamentar serve aos governantes, como tempo necessário para fechar acordos; assim como se fortalecerem com medidas paliativas e assim ir tocando projetos pendentes até o retorno do recesso? A votação do Orçamento da União, projetos do governo federal, a lei da ficha limpa não se aplica, as decisões do STF desobedecidas. Portanto uma postura do Congresso que espelha a condição de uma República de Bananas onde nada é feito sem a contrapartida de favores, não existe respeito à Constituição; uma instituição que não respeita as determinações da Corte Suprema e guardiã da carta magna. Contudo como esperar que uma república de bananas que eleva políticos corruptos a condição de ídolos e heróis; pelo feito de roubarem do erário público, para delírio do comissariado, que ainda vem promovendo ações e movimentos visando liberar corruptos de punições?  A conivência se sobrepõe a lógica até quando?
                                               Um Abraço,
                                               30/12/2012. 

Agora as falanges do PT querem acabar com a delação premiada; ela só era boa quando punia seus adversários!



Por Reinaldo Azevedo, 14/02/2013, www.veja.com.br

Que país exótico!

A delação premiada fez uma bomba explodir no DEM. Foi a concessão do benefício, com redução da pena, que transformou Durval Barbosa — lembram-se dele? — no algoz do então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Barbosa, como se sabe, também cometeu uma penca de crimes. Nem eu nem você, leitor amigo, o queremos como professor de Educação Moral e Cívica. Eu mesmo já escrevi aqui sobre inconvenientes desse expediente, especialmente quando o delator, continua como Durval continuou durante algum tempo, a fazer política. Mas daí a tentar declarar a prática ilegal ou inconstitucional? Ora, tenham a santa paciência!
Sigamos. Enquanto a delação premiada servia para fazer picadinho de um partido político da oposição, a “consciência jurídica” da nação se calou, não é? Agora, advogados de mensaleiros, como Antônio Carlos de Almeida Castro e José Luiz de Oliveira Lima, defensores, respectivamente, de Duda Mendonça e José Dirceu, decidiram atestar a sua suposta amoralidade. Dizem que nem mesmo aceitariam advogar para clientes que a ela recorressem.

Entendi

A concessão de um benefício como esse a Marcos Valério, então, nem pensar, certo? Ainda que ele pudesse revelar tudo o que ainda não sabemos sobre a tramoia do mensalão. Enquanto a delação serviu para quase destruir o DEM, com seus óbvios efeitos eleitorais, tudo parecia um grande movimento de moralização da nação. Agora, passou-se a considerar a prática o sumo da amoralidade.
O próprio presidente da OAB informa a Folha, Marcus Vinícius Furtado Coelho, afirma que vai propor que a Ordem discuta se o expediente é ou não constitucional.  Huuummm… É… Se dois advogados de mensaleiros demonstram seu inconformismo tardio, é mesmo o caso de debater, né? Ai, ai… Perguntem no que teria dado a Operação Mãos Limpas, na Itália, que tirou de circulação um bando de bandidos, sem a prática. Como a Constituição não são cartas de tarô, cujo sentido depende bastante de quem as lê, o presidente da OAB poderia dar uma dica de quais artigos da Carta alimentam a sua dúvida.
Esse debate é ridículo. É claro que nem toda delação é aceitável e que é preciso que venha acompanhada de algumas exigências: a) que o delator já tenha parado de delinquir; b) que seja necessariamente punido, porque também criminoso, ainda que com pena menor do que se não tivesse colaborado; c) que prestas informações fidedignas e relevantes ao esclarecimento do caso, sem selecionar alvos, o que poderia concorrer para encobrir crimes, não para solucioná-los.
Satisfeitas essas condições, é evidente que se deve considerar a delação premiada entre os instrumentos para investigar e punir crimes. Os juízes, diga-se, na fase da dosimetria, já fazem, à sua maneira, uma espécie de “delação premiada”: a colaboração do réu é contada entre os elementos que minimizam a pena.

Situação das cadeias

Os petistas e seus prepostos são mesmo pessoas notáveis. As três gestões do PT (duas de Lula e a de Dilma, em curso) jamais deram bola para a situação dos presídios brasileiros, por exemplo. Nada! Bastou que surgisse a possibilidade de alguns companheiros irem em cana, e então os patriotas se lembraram das agruras em que vivem os presos. Num rompante, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, chegou a dizer que preferiria o suicídio a ficar numa cadeia no país. Ele se tranquilize. Dirceu certamente ficará numa cela confortável e não é do tipo que possa tirar a própria vida, constrangido pela vergonha.
Se um petista vier a cometer matricídio, aparecerá um “jurista” para dizer que a gente não deve se meter na sagrada relação entre mãe e filho…   

Enganação



(Fonte: CP 28/03/2013).

Os políticos brasileiros não se emendam. Os deputados federais, após aprovarem o fim do 14º e do 15º salários anuais (continuam recebendo a cada quatro anos), para compensar, aprovaram o aumento de uma série de subsídios mensais que, no final das contas, proporcionarão os mesmos ganhos subtraídos.

                                    Jaime Pacheco Alves, Osório.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A FRAGILIDADE DA BASE ALIADA



Por Márcio C. F., 08/12/2012.

Texto de: Eduardo Guimarães, 30/11/2012


Ninguém aceita as justificativas para o recuo do relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), de retirar de seu texto os pedidos de indiciamento de Policarpo e Gurgel.

A entrevista que o vice-presidente da CPI do Cachoeira, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), concedeu ao Blog na quinta-feira, exige reflexão. Aqui ou em qualquer outra página em que a entrevista foi reproduzida – como no Blog do Nassif ou no Brasil 247 – os comentários foram, esmagadoramente, críticos. Aliás, melhor seria dizer que foram comentários furiosos.

As reações foram da ampla satisfação dos comentaristas de viés tucano a mais ampla rejeição dos de viés petista. Ninguém aceita as justificativas para o recuo do relator da Comissão, Odair Cunha (PT-MG), no sentido de retirar de seu texto os pedidos de indiciamento do jornalista Policarpo Jr. e do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Particularmente, fiquei dividido. Ao mesmo tempo em que, como todos sabem, apoio posições mais corajosas do PT e do próprio governo Dilma para enfrentar os ataques tucano-midiático, reflito sobre as condições efetivas de êxito que tanto um quanto outro possam ter tido...

Analisando o que o deputado Paulo Teixeira disse ao Blog, torna-se óbvio que a base aliada se esfacelou – ao menos no âmbito da CPI. Ora, a base aliada controla a presidência, a vice-presidência e a relatoria da Comissão, mas não conseguiu aprovar nada mais do que a oposição.

Se a base aliada convocou – ou convidou – um governador como Marconi Perillo – que, na verdade, é o foco da investigação por seu envolvimento escandaloso com o bicheiro Carlos Cachoeira –, a oposição conseguiu convocar o governador petista Agnelo Queiroz, contra quem não pesa nem um grama do que pesa contra seu homólogo tucano.

E se a base aliada convocou Paulo Preto, a oposição convocou Luiz Antonio Pagot...

O equilíbrio de forças oposicionistas e situacionistas na CPI mostra, portanto, que grande parte da base aliada ao governo Dilma atua ora como governista, ora como oposicionista. Não se sabe ao certo, portanto, qual é a verdadeira base aliada do governo Dilma, mas pode-se inferir que, à exceção do PC do B, não exista nenhum outro aliado confiável.

Em uma situação assim, fica mais fácil entender o temor do governo Dilma e do próprio PT. Com uma base de apoio tão volátil – e, frequentemente, tão desleal –, o governo se expõe, no limite, até as revoltas parlamentares como a que deu origem ao impeachment do ex-presidente Fernando "aquilo roxo" Collor de Mello.

Não é brincadeira...

Isso sem falar que Dilma tem como vice ninguém mais, ninguém menos do que Michel Temer, que já foi aliado "fiel" dos tucanos e que, dizem, está por trás da hesitação da presidente em relação à imprensa.  O governo deve temer Temer. E muito. Se Dilma sofrer queda de popularidade, ele salta do barco antes que você, leitor, possa proferir a palavra fisiologia.

Vejo-me obrigado, portanto, a refletir sobre a expressão "governo de coalizão". Boa parte da militância petista não leva em conta algo que escrevi há alguns meses aqui, sobre que o PT chegou ao governo, sim, mas não chegou ao poder.

O fato é que a imprensa, apesar de não conseguir mais eleger quem quer por estrita falta de colaboração desse ente que trata sempre como detalhe nas escolhas que o país faz, ou seja, o povo ainda tem um poder político praticamente inacreditável. Isso porque se impõe em quase todos os partidos, para não dizer em todos.

A situação se torna estarrecedora quando se reflete que, mesmo no único partido em que a mídia não deveria ter influência, ela tem. Todos sabem muito bem quais são os petistas que vivem aos beijos e abraços com o Partido da Imprensa Golpista enquanto este faz tudo o que pode e o que não pode para destruir o partido deles.

Como já expliquei em post  anterior, isso deve ao fato de que essa coisa de que a mídia não influi mais em eleições pode até ser verdade em eleições mais disputadas, nas quais o PT joga com a "bomba atômica" Lula e com o peso – e o dinheiro – que sua nova configuração ideológica lhe propiciou a partir de 2002. Mas não é verdade no varejo.

É óbvio que parlamentares, prefeitos de cidades menores e até governadores continuam sendo eleitos por influência da mídia – e são esses que até aderem, fisiologicamente, ao partido que está no poder, mas só para mamar, pois, na hora do vamos ver, os integrantes desses partidos "aliados" são liberados pelos dirigentes para agirem como quiserem.

Um bom exemplo é São Paulo. Enquanto Orestes Quércia estava vivo, o PMDB era o maior aliado do PSDB por aqui, apesar de dividir o governo federal com o PT. É óbvio, portanto, que os interesses que um PMDB representa em São Paulo acaba interferindo na atuação da bancada federal do partido. E esse é só um exemplo.

Você, eleitor ou simpatizante do PT, pode ficar contrariado com o partido. Pode dizer que é covarde, pode xingá-lo quanto quiser. Mas uma coisa é certa: o PSDB só não está no poder porque o PT aceitou essas regras do jogo. O que há para decidir, portanto, é se queremos o PT no poder, mas sem poder falar grosso, ou falando grosso, mas na oposição.