tag:blogger.com,1999:blog-76330836686553986952024-03-05T06:59:30.951-08:00COIOTEFoi criado em 01/2011. O blog pede desculpas não está generalizando. Não pretende ser o dono da verdade. Mas o blog se propõe a fazer comentários em cima de fatos e diversos assuntos vinculados pela mídia. Por este motivo vêm o blog pedir desculpas as diversas mídias. Contudo, também pedir licença para postar fatos, notícias, reportagens e opiniões, que vierem ao encontro da idéia e conceito de uma matéria esclarecedora. A intenção divulgar como faz a mídia.
Um Abraço.COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.comBlogger1832125tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-85546519801620028432019-04-18T20:22:00.000-07:002019-04-18T20:22:41.880-07:00O fosso que nos separa da boa educação<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por Carlos José Marques. 12/04/2019,<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>www.isoé.com.br<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: white; font-family: "inherit",serif; font-size: 8.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">1K</span><span style="color: black; font-family: "inherit",serif; font-size: 1.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #5b9bd5; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent1;">VIVIANE E </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 24.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">VÉLEZ. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ele deveria ter aprendido com ela o que fazer na educação<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">São abissais as
diferenças entre o que se pode chamar de gestão técnica e ideológica no campo
nevrálgico da Educação. E ainda mais deletérios são os efeitos que esse ensino
doutrinário, dirigido e obscurantista pode causar sobre a formação de nossos
jovens. A experiência negativa está posta. Em menos de 100 dias de gestão, o
MEC foi tomado pelo caos, com o risco de alienação completa dos corpos docente
e discente das instituições públicas em especial. O Brasil assistiu ao
descalabro do agora ex-ministro Ricardo Vélez Rodriguez com o seu despreparo
administrativo e quase nenhum conhecimento de causa para tocar uma área tão
complexa. O que lhe faltava em tarimba e bom senso sobrava em trapalhadas e
aberrações verbais — para não dizer ignorância, no sentido mais literal da
palavra. O colombiano de nascimento Vélez, que mal e parcamente fala o
português e que tachou os brasileiros de “canibais” por roubarem hotéis e
aviões (na sua concepção), é o mesmo que desejava mudar o entendimento do golpe
militar nas apostilas escolares e que chegou a exigir a filmagem de alunos
perfilados entoando, no primeiro dia de ano letivo, o lema de campanha do chefe
Bolsonaro — “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” —, em uma clara e
ilegal invasão de privacidade dos jovens para fins abjetos de propaganda
política. Ainda bem que foi desautorizado ao menos nessa patacoada. O sainte
notabilizou-se por demissões em série (14 auxiliares diretos banidos em 27
dias), desorganização das repartições de aprendizado e paralisia do esquema de
distribuição de material didático, repasse de verbas e estruturação de equipes.
Desgovernou tudo e levou o MEC ao quase colapso em tempo recorde. Restaram
disputas intestinas de grupos rivais: os “olavistas”, de assessores
despreparados vinculados ao guru oficial Olavo de Carvalho, radicado na
Virgínia (EUA), contra os militares. Ideias fundamentalistas converteram-se em
padrão de referência em ambas as direções. As duas correntes estão motivadas a
aparelhar o sistema de maneira lamentável. Intrigas, discussões e brigas desses
guerreiros culturais, que formam alas da modelação ideológica bolsonarista,
podem desembocar numa perigosa partidarização ética do ensino. Será um
retrocesso sem precedentes. Não é possível que prevaleça no setor o intento
dessas falanges de arrivistas. Precisamos passar uma borracha nos erros de
orientação pedagógica. O que se observou nos últimos tempos com a pavorosa
temporada do demitido Vélez encontra, no extremo oposto, uma experiência
extraordinariamente bem-sucedida (e que deveria servir de modelo) no trabalho
daquela que é talvez a mais aguerrida defensora da educação de qualidade no
Brasil, Viviane Senna, à frente do Instituto Ayrton Senna – uma ONG que desde o
nascedouro vem apresentando resultados promissores no resgate de jovens em
todos os níveis do ensino. Há de se perguntar por que as autoridades
competentes não se miram, e até copiam, o exemplo louvável do Instituto?
Justamente no dia que Vélez ficou sabendo que levaria o bilhete azul, na
sexta-feira 5, ele e Viviane — por uma dessas coincidências da vida — estiveram
juntos em um seminário voltado para empresários no qual foi possível notar,
pelas falas subsequentes de ambos, a distância de patrimônio intelectual e
bagagem de ensino que carregavam. Viviane, em sua apresentação àquela plateia
de empreendedores, deu um diagnóstico preciso. Mostrou que o Brasil tem 50
milhões de alunos no sistema – uma Espanha de crianças só na escola. Nesse
universo, apenas cinco em cada dez concluem o ensino médio, levando o País a
perder metade do seu potencial de formação pelo caminho do ciclo básico. Dos
que chegam lá, e concluem essa fase, apenas três sabem se expressar na língua
portuguesa e apenas um domina a matemática como deveriam. Em outras palavras:
para 90% dos jovens brasileiros o modelo preconizado pelo MEC não funciona. E
não é por falta de recursos. Ao contrário. O País gasta hoje R$ 1 bilhão a cada
dia na área, incluindo sábados e domingos, ou algo próximo a 6% do PIB
nacional. Em Educação investimos muito (mais do dobro da Saúde) e entregamos
pouco. Há tempo é assim. O custo econômico e de produtividade — uma vez que
esses futuros profissionais saem despreparados da banca escolar para o trabalho
— é imensurável. Como alerta Viviane, não se consegue transformar investimento em
produtividade: há 30 anos o nível de produtividade brasileira segue mais ou
menos nos mesmos patamares, muito embora a linha do tempo dos jovens na escola
tenha sido significativamente ampliada. É necessária uma mudança gigante e
Viviane tinha encaminhado ao presidente Bolsonaro, desde a sua posse, uma
trilha com quatro sugestões baseadas em dados científicos para se alcançar esse
objetivo. Quais sejam: maior concentração de esforços na alfabetização,
investimento no professor (responsável por 70% do aprendizado), gestão eficaz e
políticas públicas voltadas para o aprimoramento técnico. É bom nesse aspecto
distinguir os modismos de ensino ou conveniências partidárias do que realmente
se entende como qualificação da base didática. As mudanças movidas a convicções
ideológicas tendem a naufragar. Para efeito comparativo à exposição de Viviane,
é curioso observar o que Vélez tem a dizer a respeito. Dirigindo-se a mesma
plateia, para o estupor da maioria, ele tirou do bolso e leu um discurso
pré-elaborado, repleto de platitudes sobre a missão da sociedade, e concluiu
com promessas burocráticas de abertura de uma secretaria especial de
alfabetização para tratar das carências — leia-se, novo cabide de empregos. Não
entendeu mesmo nada. Estava ali, de maneira cristalina, a distância que nos
separa de um bom gestor para o MEC. Velez caiu, mas o novo titular da pasta,
Abraham Weintraub, não parece ter um tino muito diferente do dele. Compartilha
da matriz de pensamento do antecessor, embora se mostre menos caricato. Economista
por formação, com experiência na área financeira, egresso da equipe do ministro
da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não é definitivamente do ramo. Weintraub chegou
a declarar tempos atrás que os “comunistas” estão no topo das organizações
financeiras, no comando da mídia e das grandes empresas. Por essa reflexão
enviesada ele inventou uma jabuticaba: banqueiros e empreendedores adeptos do
marxismo cultural. Uma contradição em si. O apostolado teórico que impõe
princípios radicais, conservadores e repletos de preconceitos, avança como um
mal que pode corroer os sustentáculos da educação moderna. Não é evangelizando
hordas de estudantes que se trilha um caminho virtuoso nesse campo. A
catequização pretendida por Bolsonaro, que chegou a declarar na semana passada
que os jovens não podem ficar aprendendo política no colégio, vai contra os
princípios basilares da democracia. Como irão votar direito essas futuras
gerações caso pautem seu aprendizado única e exclusivamente pela cartilha de
crenças pessoais do mandatário, em muitos aspectos distantes da realidade?
Educar não é doutrinar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-49098092774715300472019-04-18T20:07:00.001-07:002019-04-18T20:07:09.792-07:00OS CRIMES DE CAIXA DOIS NA JUSTIÇA COMUM<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #414142; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Entre requerimentos e projetos de lei, Moro e a PGR
- estrelas da Lava Jato - tentam evitar
que as investigações parem na Justiça Eleitoral<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por Machado
da Costa, </span></b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">26/03/2019, </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">www.época.com.br</span><span style="color: #6d6f71; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 8.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sergio Moro defende a mudança na lei para levar de
volta à Justiça comum todos os crimes de caixa dois</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de mandar os
processos envolvendo crimes de caixa dois relacionados a campanhas políticas
para a Justiça Eleitoral, membros do governo ligados à Operação Lava Jato
trabalham nas possíveis manobras para impedir que isso aconteça na prática.
Primeiramente, Raquel Dodge pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
juízes federais possam atuar nas varas eleitorais. Agora, o ministro da
Justiça, Sergio Moro, defende a mudança na lei para levar de volta à Justiça
comum todos os crimes de caixa dois. A proposta já consta no pacote anticrime,
encaminhado à Câmara. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Na segunda-feira, Dodge entregou um requerimento que pode
driblar a decisão do STF. Caso o TSE aceite, os juízes federais poderiam ser
requisitados para assumir os processos, em vez dos juízes estaduais, como é a
prática do Judiciário em crimes eleitorais. Essa mudança de jurisdição permite
que o mesmo Ministério Público — o federal — continue no caso, em vez de
entregar para os MPs estaduais. Ou seja, um caso relacionado à Lava Jato
continuaria sendo investigado pela força-tarefa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">A medida, no entanto, já está sendo questionada. Alguns
especialistas a consideram inconstitucional. Paula Salgado
Brasil, professora de Direito Constitucional da Escola de Direito do
Brasil (EDB), entende que Dodge deseja fazer uma ampla reestruturação na
Justiça Eleitoral que “não é tão simples nem tão singela quanto
parece”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">“O Ministério Público Federal tinha a expectativa de que o
entendimento do STF fosse alterado e que se privilegiasse o processamento dos
crimes comuns [ocorridos em eleições] em separado dos crimes eleitorais”, diz
Brasil. “O STF realizou um julgamento técnico, entendendo que esses crimes
comuns são conexos com os crimes eleitorais. Assim, devem permanecer com os
juízes eleitorais — os estaduais.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Marilda Silveira, especialista em Direito Eleitoral e
professora da Escola de Direito do Brasil, concorda e cita decisões
administrativas que corroboram a jurisprudência dos juízes estaduais. “A
pretensão de atribuir competência eleitoral aos juízes federais não é nova e já
foi enfrentada pelo TSE em algumas oportunidades”, diz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Silveira cita a Petição 33.275, de 2011, julgada pelo STF.
Nela, o plenário determina que os juízes federais não deverão atuar na Justiça
Eleitoral até outro julgamento pela Corte. “O TSE sempre entendeu que juízes de
Direito são juízes estaduais e que, portanto, seriam os competentes para
exercer as funções de juízes eleitorais na primeira instância da Justiça
Eleitoral.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Requerimento feito por Raquel Dodge, para que juízes federais
julguem crimes de Caixa 2 na primeira instância, é considerado inconstitucional
por especialistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">A polêmica aumenta ao se perceber que a Justiça Eleitoral não
possui estrutura no momento para investigar casos tão complexos de corrupção.
Não à toa, o juiz da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, fez
questão de apontar no mandado de prisão contra o ex-presidente Michel Temer que
a denúncia — propina paga por meio de caixa dois na campanha de 2014 — não se
tratava de um delito eleitoral. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">O Globo mostrou que a Justiça e o Ministério Público
Eleitoral ainda planejam se fortalecer diante da decisão do STF, uma vez que o
suporte de pessoal é fundamental para o sucesso das investigações. No Rio de
Janeiro, por exemplo, a força-tarefa da Lava Jato conta com 11 procuradores e
quase 40 assessores. Em Curitiba, há 15 procuradores, 11 policiais federais e
30 assessores, quase todos exclusivos da Lava Jato. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Em contraponto, na capital paranaense, a promotoria eleitoral
da maior zona da cidade possui apenas quatro servidores concursados, além de um
estagiário e dois outros funcionários. No Rio, cada promotor conta com um
assessor e poucos servidores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">SAÍDA PELO SENADO <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Com o pacote anticrime travado na Câmara, uma vez que o
presidente da Casa, Rodrigo Maia, não aceita levá-lo à frente antes da proposta
da nova Previdência, o ministro Moro recebeu uma dica
útil: tramitá-lo pelo Senado. Quem levou a sugestão ao ex-juiz foi a
senadora Eliziane Gama (PPS-MA), segundo o jornal O Estado de S.
Paulo . Assim, Moro poderia monopolizar o debate no Senado, enquanto que a
Previdência é discutida na Câmara. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Moro tem pressa para que saia do papel seu pacote. Um dos
motivos é que o projeto estabelece a competência da Justiça comum para todos os
crimes de caixa dois. “Como foi interpretação legislativa, o que se pode fazer
é tentar mudar via legislativa. No âmbito do projeto anticrime, nós temos um
projeto, o PLP 38/2019, que pode ser apreciado”, disse em entrevista à
rádio Bandnews , nesta terça-feira, 26. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">De quebra, ele se livraria do imbróglio com Maia e tiraria o
bode da sala que causa tanto estresse nas discussões do Executivo com o
presidente da Câmara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 37.5pt; margin-bottom: 15.0pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-58810679421166584762018-12-06T15:01:00.001-08:002018-12-06T15:01:38.289-08:00"A esquerda gosta de resistir, não de governar, porque tem uma visão teatral da política"<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">O cientista político e
historiador americano critica o efeito “despolitizador” das políticas
identitárias e afirma que os progressistas devem se concentrar em cidadania</span><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por
Ruan de Sousa Gabriel, 02/12/2018, </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> www.época.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Nove perguntas para Mark
Lilla:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">1. O que é liberalismo
identitário e por que o senhor argumenta que ele é despolitizador?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Na história recente dos Estados Unidos, houve dois tipos de
política identitária. A primeira, dos anos 50 a 70, defendia os direitos de
afro-americanos, mulheres e gays. Lutava por igualdade, cidadania e
solidariedade. Exigia reparação histórica, mas era também generosa. Por isso,
conquistou a solidariedade de pessoas que não pertenciam a esses grupos. Um
segundo tipo de política identitária floresceu a partir dos anos 80, obcecada
pela identidade pessoal, com o que diferencia você dos outros. A primeira dizia
“somos todos iguais e queremos ser tratados com igualdade”. Já essa segunda
política identitária se baseia na afirmação da diferença e na exigência de
respeito à singularidade. Ninguém pode falar em nome de ninguém. Isso jogou as
pessoas umas contra as outras. Quando eu era estudante, nos anos 60, e o
marxismo ainda estava por aí, nós nos interessávamos por um pouco de tudo:
política, economia, raça, classes sociais. Hoje, os jovens só se interessam
pelo que os afeta pessoalmente e não enxergam a necessidade de se engajar numa
luta comum com outras pessoas. São despolitizados no sentido de não saber como
ganhar o poder político.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">2.
O senhor diz que os progressistas devem oferecer uma visão ambiciosa dos
Estados Unidos, “capaz de inspirar cidadãos de todas as classes sociais em
todas as regiões do país”. Como construir uma visão diferente dos EUA do
passado (branco, anglo-saxão, protestante e industrial) e adequada a um país
que hoje tem mais diversidade econômica, social, racial e sexual?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">O liberalismo do passado e o do futuro devem compartilhar
dois princípios fundamentais, solidariedade e igualdade, e reinterpretá-los à
luz da situação atual. Imagine um ex-metalúrgico branco de Detroit que não
consegue emprego para sustentar sua família e um negro de classe média que é
com frequência parado pela polícia quando dirige. A preocupação de um deles é
econômica; a do outro é o racismo. No entanto, uma plataforma política baseada
na defesa da solidariedade e da igualdade pode contemplar ambos. O futuro de
todos nós depende do bem comum, precisamos enfrentar certos problemas
coletivamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">3. Como os progressistas
podem articular um discurso que inclua a defesa das minorias sem abandonar as
políticas sociais e econômicas e alienar o resto do eleitorado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Burgueses como eu e você pensam que as minorias têm uma voz e
demandas unificadas. Não têm. Se você é um trabalhador negro ou uma mãe
solteira negra, você não está pensando em reparação racial, mas em escolas
seguras para seus filhos e acesso à saúde. Quando falarmos sobre direito de
minorias — e devemos falar sobre isso —, não deve ser em oposição aos direitos
de outras populações. Vence eleição quem é capaz de conversar com cada grupo
sobre seus problemas e de lhes mostrar por que os princípios de solidariedade e
igualdade vão ajudá-los. Hoje, o Partido Democrata não é capaz de propagar uma
mensagem tão abrangente. Em vez de oferecer uma visão de futuro coerente para
todos, Hillary Clinton (candidata à Presidência em 2016) falava de um
jeito quando a plateia era negra e de outro quando era branca. Ninguém entendia
o que unia esses discursos e ela soava hipócrita. Uma mensagem somente baseada
em identidade não é bem-sucedida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">4. Os religiosos são
firmes opositores das políticas identitárias. Como os progressistas podem
vender uma “visão ambiciosa de futuro” ao eleitor religioso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Nos EUA, os evangélicos não falam mais em caridade, tiraram o
Sermão da Montanha da Bíblia . Os católicos estão obcecados com o
aborto. Não podemos confiar nos religiosos para pregar solidariedade social,
pois eles estão preocupados com outros assuntos. Por outro lado, nas
democracias, precisamos do voto daqueles que discordam de nós. A política
identitária da nova esquerda é um tipo de moralismo puritano. Eles não querem
conversar com religiosos porque acham que têm o dever moral de chamar de
monstros misóginos todos aqueles que se opõem ao aborto. Melhor seria conversar
com os religiosos e dizer: “Ok, nisso discordamos, mas podemos concordar sobre
outras políticas do Partido Democrata”. Podemos ouvi-los com tolerância e
simplesmente discordar. Ou perguntar, sem hostilidade, por que eles acreditam
no que acreditam. A esquerda se preocupa muito em não ofender ninguém, menos os
brancos religiosos, que são demonizados. Se eles nos convidarem para ir à
igreja, podemos ir. Não é difícil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">5. Quem deve ser o
candidato do Partido Democrata na eleição presidencial de 2020?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Não temos muitas opções, mas eu acredito que seria sábio
indicar um governador pouco conhecido e com aparência responsável. Se não
fizermos nada idiota, Donald Trump vai perder. Não devemos tentar nada novo ou
radical. Devemos nos comportar bem e assistir à explosão pública de Trump. A
esquerda do partido pensa que a próxima eleição é uma oportunidade para ser
mais radical e falar em socialismo, mas isso é fazer o jogo de Trump. Aliás, os
liberais não devem limitar seu foco às eleições presidenciais. A verdadeira
ação acontece em nível estadual. Até recentemente, o Partido Republicano
controlava dois terços das legislaturas estaduais. Ou seja, eles tinham poder
para limitar as leis federais. Há estados em que o acesso ao aborto é muito
difícil, às vezes impossível. Distritos eleitorais foram redesenhados para
impedir a representação política dos negros. Um Bernie Sanders não conseguiria
fazer nada se fosse eleito. Precisamos vencer eleições locais. Por isso,
precisamos nos organizar para levar nossas mensagens aos municípios. Mas, nos
últimos 30 anos, uma ideologia impediu o Partido Democrata de fazer isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">6. Em seu livro O
progressista de ontem e o do amanhã, o senhor diz que a esquerda não sabe falar
sobre segurança pública porque não quer ofender ninguém. O combate à
criminalidade foi o foco do discurso do presidente eleito, Jair Bolsonaro. De
que forma a esquerda pode falar sobre violência sem ser racista ou classista,
como a direita às vezes é? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">A esquerda precisa começar entendendo que as principais
vítimas da criminalidade são as minorias que vivem nas periferias. Nos EUA,
ativistas negros costumam repetir que nossa população carcerária é muito grande
e que nosso sistema penitenciário é racista. Tudo isso é verdade. Mas o
discurso de prefeitos negros é diferente. Temos muitos prefeitos negros, e eles
falam sobre o combate à criminalidade com tanto vigor quanto qualquer
republicano não racista. Quem sofre com a criminalidade não são os burgueses
ativistas sem contato com a realidade, mas os pobres das favelas no Rio de
Janeiro. Precisamos nos aproximar deles e desenvolver uma linguagem e uma
estratégia para ajudá-los. Os liberais e a esquerda não devem usar as políticas
contra o crime como meios para outros fins. Isso é perigoso, é o que fazem
gente como Trump e Bolsonaro. As propostas deles de combate ao crime são pura
demagogia para animar as massas, deixá-las com medo e persuadi-las de que estão
resolvendo o problema para se perpetuar no poder. São uns cínicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">7. Vários intelectuais
argumentam que a esquerda vem sendo derrotada em eleições porque perdeu contato
com a classe trabalhadora. No entanto, o senhor argumenta que os progressistas
deveriam falar sobre cidadania, não classes sociais. Por quê?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">As classes sociais são cruciais, porque a distância entre
elas é cada vez maior. Mas as classes sociais pós-globalização são outras, têm
mais a ver com educação do que com a propriedade dos meios de produção. Temos
uma elite instruída e outra classe, menos instruída e incapaz de participar da
nova economia. Depois de Ronald Reagan (presidente americano de
1981-1989) e da política identitária, os EUA se tonaram muito
individualistas. Se não explicarmos o que é solidariedade cidadã, não adianta
fazer um discurso sobre classes, porque os americanos vão dizer: “Ok, eles são
pobres, o que tenho a ver com isso?”. Por isso precisamos de uma visão política
que vá além das classes sociais e tenha real impacto nas pessoas. A esquerda
não adquiriu um novo vocabulário desde o colapso do marxismo. O foco na
cidadania é mais prático, menos idealista. Quanto mais diversa a sociedade,
mais sei que a única coisa que compartilho com todos de meu país é a cidadania.
Baseados nisso, podemos restabelecer laços sociais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">8. No livro, o senhor é
um pouco irônico quando fala da resistência dos progressistas ao governo Trump.
Por quê? No Brasil, a esquerda fala muito em resistir ao governo Bolsonaro...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">O problema é achar que resistir é suficiente. A resistência a
Trump tem sido inspiradora. Houve a Marcha das Mulheres logo depois da eleição
dele, e nova-iorquinos foram espontaneamente ao aeroporto protestar contra
deportações ilegais. Muitos esquerdistas estão animados com a resistência,
porque podem brincar de reencenar a Queda da Bastilha. Eles gostam de resistir,
não de governar, porque têm uma visão teatral da política: nós resistimos, nós
falhamos, nós resistimos de novo. É um ciclo vicioso. Precisamos é de
estratégia para governar, para construir pontes com as pessoas. Imagine que a
esquerda brasileira está numa luta contra Bolsonaro. Agora, Bolsonaro está com
as mãos no pescoço da esquerda. Ela precisa resistir, mas também precisa
nocautear Bolsonaro. Só falar de resistência não é suficiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">9. A democracia está
ameaçada?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Sim. A democracia está ameaçada pelos demagogos de direita,
mas pessoas também estão perdendo a fé na democracia. Nossos sistemas políticos
são incapazes de lidar com os efeitos da globalização e suas consequências:
imigração, mudanças no mundo do trabalho e novas tecnologias. Os eleitores
votam em governos que prometem controlar tudo isso. Os governos falham, e os
eleitores votam no outro partido. E ele falha. Depois de um tempo, eles começam
a imaginar que deve haver uma elite secreta que controla tudo. Aí vem o
demagogo, que também não consegue resolver os problemas, mas consegue manipular
a raiva da população e jogar a culpa nessa elite invisível. Minha maior
preocupação é a queda de confiança na democracia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Mark Lilla é
historiador, cientista político e professor da Universidade Columbia, nos
Estados Unidos. Autor de O progressista de ontem e o do
amanhã (Companhia das Letras), participou do ciclo de conferências
Fronteiras do Pensamento em Porto Alegre e São Paulo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-47864083060855212552018-11-21T19:12:00.001-08:002018-11-21T19:12:23.093-08:00O baile da magistocracia<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<span style="color: #364352; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por Conrado Hübner
Mendes, 16/11/2018, www.época.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: dimgrey; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um Judiciário democrático não depende
só do que juízes fazem e decidem. Importa quem os juízes são<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">O baile da irresponsabilidade
fiscal promovido pela magistocracia acaba de conceder um aumento de 16% aos
juízes de todo o país. Na melhor tradição da baixa política, o Judiciário mais
caro do mundo não recebeu o polpudo acréscimo num contexto qualquer, mas em
meio a uma das maiores crises econômicas da história. No javanês judicial, seus
salários estavam “defasados”. Preserva, assim, sua morada no 0,1% mais alto da
pirâmide social brasileira e dá mais uma contribuição à crise. O patrocínio
veio dos partidos que sustentam a “nova ordem” para “limpar” a política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">A vocação rentista não teve
disfarces nem meias palavras. Enquanto o aumento não vinha, o STF resolveu se
autoconceder, em 2014, o auxílio-moradia por meio de liminar monocrática e
passou a pagar o benefício ilegal de quase R$ 5 mil por mês a todo juiz. Livre
de impostos. A torpeza corporativa retorceu a letra da lei para afirmar que a
prática estava dentro da legalidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Consolidada dias atrás a
vitória do aumento, o presidente do STF foi sincero: “Agora poderemos enfrentar
o problema do auxílio-moradia”. Prometeu conversar com o ministro relator que,
por mais de quatro anos, impediu o plenário do tribunal de decidir a respeito.
Vamos acompanhar quanto tempo o tribunal precisará para cumprir a promessa. Não
se anime, pois, o diabo mora nas finanças: o gasto anual com auxílio-moradia é
de R$ 1,5 bilhão; o impacto orçamentário do aumento salarial se aproxima dos R$
5 bilhões. Não se assuste ainda, pois associações de juízes demandam a volta do
adicional por tempo de serviço e ameaçam convocar greve. A sociologia dá nome para
essa prática, e esse nome leva multidões às ruas para derrubar presidentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Temos urgência por um
Judiciário democrático, mas contra ele luta a magistocracia. A magistocracia é
a fração da magistratura que hegemoniza a cultura e arquitetura judiciais e
exibe cinco vocações: é autoritária (pois viola direitos), autocrática (pois patrulha
juízes ideologicamente), autárquica (pois se isenta de controle e prestação de
contas), rentista (dispensa explicações) e dinástica (porque quer incluir a
família no baile).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Como disse a juíza Susanne
Baer, do Tribunal Constitucional Alemão, em palestra na Faculdade de Direito da
USP, Cortes “devem ser desenhadas para a diversidade” e assim representar os
pontos de vista de uma sociedade plural. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
publicou semanas atrás o Perfil sociodemográfico dos magistrados brasileiros,
que quantifica os padrões demográficos, sociais e profissionais da corporação.
Uma radiografia não surpreendente: a magistratura é também predominantemente
branca (80,3%), masculina (mulheres correspondem a 38%, desembargadoras a 23%)
e oriunda de estratos sociais privilegiados (mais da metade tem pai ou mãe com
diploma universitário).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">O relatório é valioso por dar
números ao que o senso comum intui e oferecer um diagnóstico a partir do qual
reformas podem ser imaginadas. O retrato é indispensável, mas ainda
insuficiente. Democratizar o judiciário passa por enfrentar a magistocracia e,
entre outras coisas, pelo reconhecimento de que há privilégios injustificáveis
e que privilégios não são direitos fundamentais, mesmo quando embrulhados para
presente nessa nobre linguagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">A liderança poderia vir do STF
e do CNJ, mas precisam ter coragem de se emancipar dos laços magistocráticos.
Se o príncipe da magistocracia, o juiz Sergio Moro, que assume seu primeiro
cargo político depois das férias, recebeu gratuitamente da sociedade brasileira
o manto da infalibilidade, os barões da magistocracia alcançaram o inverso:
entre obstruções, arquivamentos e prescrições, após anos de desgoverno
institucional e de soberba individual, o mais generoso sentimento que ministros
do STF despertam tem sido a desconfiança. Para se fazer respeitar nesta nova
era que se inicia, em que nossas liberdades estão sob a mais aguda ameaça dos
últimos 30 anos, resta-lhes rejuntar os cacos da autoridade moral perdida.
Precisam parar de bailar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Conrado Hübner Mendes é
doutor em Direito e Professor da USP.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><br />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-82480938256398440852018-11-13T15:20:00.002-08:002018-11-13T15:20:20.147-08:00Quem acredita no PT paz e amor?<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por </span></b><a href="https://istoe.com.br/coluna/mario-vitor-rodrigues"><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">Mario
Vitor Rodrigues</span></b></a><b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">,
11/10/2018, </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">www.istoé.com.br<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: white; font-family: "inherit",serif; font-size: 8.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">7.3K</span><span style="color: black; font-family: "inherit",serif; font-size: 1.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Enquanto preparo esse texto, o ziriguidum do momento fala na composição
de uma “frente democrática” para impedir a vitória de Jair Bolsonaro. A ideia é
a de juntar no mesmo palanque candidatos derrotados do naipe de Ciro Gomes,
Marina Silva e Geraldo Alckmin. As conversas, costuradas por Jaques Wagner,
incluem até mesmo Fernando Henrique Cardoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Do ponto de vista de quem precisa reverter quase dezoito milhões de
votos em três semanas, sem dúvida se trata de uma estratégia interessante. A
alarmante postura do adversário e de seus seguidores justifica com sobras o
discurso de que a democracia corre perigo. A união de forças que tornem o
espectro de uma candidatura mais plural também é alvissareira. Todas são
iniciativas que teriam grandes chances de funcionar, não fossem capitaneadas
justamente pelo PT.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A verdade é que se o Brasil se vê em um beco sem saída, e se o eleitor
moderado encontra dificuldades para assumir uma posição diante de um embate tão
polarizado, a culpa é mesmo do Partido dos Trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não é razoável nutrir confiança por petistas graúdos que passaram anos
achincalhando, sem dó, quem fosse contrário ao seu projeto de poder. Foram
anos, insisto, rotulando adversários políticos e até mesmo eleitores de
“fascistas”, “golpistas”, “coxinhas” e “elite branca”. Anos adotando discursos
que, se não impressionam tanto quanto o de Bolsonaro pela crueza, igualmente
causam espécie pelo viés autoritário, com destaque para o apoio formal à
ditadura venezuelana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como levar fé, então, na ingenuidade dessa tentativa em formar um bloco
a favor da democracia? Acima de tudo, como é possível acreditar que Lula,
Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e grande elenco estão arrependidos de tantos
desmandos, de tanta corrupção e de tantos posicionamentos implacáveis no que
diz respeito ao enfrentamento democrático, se até hoje foram incapazes de dar
um mísero passo atrás?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Desconfio bastante de quem enxerga uma nesga que seja de normalidade
democrática na fala de Jair Bolsonaro. O seu discurso, assim como o de seus
filhos e o do seu vice, me assusta e deveria assustar qualquer um que preze por
valores bem acima da disputa eleitoral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Contudo, e arde dizer isso, esse não é um problema meu. Cabe ao PT, e
somente ao PT, refazer o caminho que trilhou até hoje. É assim na vida.
Confiança a gente demora a construir, mas perde rápido. E, convenhamos, no caso
do PT, até demorou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Confiança
a gente demora a construir, mas perde rápido.<br />
E, convenhamos, no caso do PT, até demorou</span></b><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-63348191879244384672018-10-26T14:32:00.000-07:002018-10-26T14:32:15.588-07:00Discurso arrasador de Cid Gomes provocou uma avalanche de críticas<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 36.0pt; letter-spacing: -.45pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">SinceriCIDio<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #666666; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um discurso arrasador do senador eleito pelo PDT do Ceará, Cid Gomes,
proferido durante um ato convocado para apoiar Haddad, provocou uma avalanche
de críticas da esquerda ao PT, acabando com qualquer possibilidade de o partido
obter apoios à candidatura petista<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #666666; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por
Rudolfo Lago e Wilson Lima,</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> 1910/2018, www.istoé.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi muito mais que uma ducha de água fria. Foi um banho de água suja. Na
segunda-feira 15, no que deveria ser um ato de apoio à candidatura de Fernando
Haddad em Fortaleza, o ex-governador do Ceará Cid Gomes, eleito para o Senado
pelo PDT, desancou o PT, dizendo que o partido “vai perder feio” a eleição por
jamais ter sequer ensaiado uma autocrítica e por se comportar invariavelmente
como “dono do Brasil”. Cid expôs as mágoas que tornaram impossível ao PT
ampliar-se para, a essa altura, vir a ser uma opção forte o suficiente para se
contrapor à avalanche desencadeada pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Ao
buscar apoios, o projeto hegemônico que o PT sempre fez questão de construir
viu ruir as possibilidades de qualquer adesão mais entusiasmada. O PT ficou só.
O discurso de Cid Gomes soou como o réquiem da sua era. Nas palavras do poeta
Augusto dos Anjos, foi “o enterro da sua última quimera”. A reação de Cid, que
viralizou na internet, inspirou uma onda de críticas de políticos da esquerda
aos petistas, inviabilizando o projeto do PT de regressar à Presidência da
República com um preposto de Lula. “O PT não tem autoridade para cobrar
posicionamento. Porque nunca na sua história aceitou apoiar alguém que não
fosse do próprio partido. Eles só querem apoio. O desabafo de Cid é o
sentimento majoritário no partido”, resumiu o presidente do PDT, Carlos Lupi,
colocando fim às pretensões petistas de contar com o apoio dos pedetistas a
Haddad.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">DEDO
NA FERIDA </span></b><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sobre um palanque no Ceará, Cid Gomes
cobra uma autocrítica do PT, que jamais veio e jamais virá. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">SUBORDINAÇÃO
AO PARTIDO</span></b><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Líder do PPS, o deputado Roberto Freire sabe bem como se dá essa
relação. Há tempos, ele rompeu com o PT e com a forma como o partido tratava
seus aliados. “O PT impõe a subordinação e classifica qualquer um que não
concorda inteiramente com ele como se fosse de direita e traidor”, disse ele.
“O que houve foi uma resposta nua e crua à forma como o PT trata seus aliados”.
“No PT, não voto nunca mais”, resumiu a senadora Kátia Abreu (PDT-GO),
candidata a vice de Ciro Gomes. A líder ruralista aproximou-se da ex-presidente
Dilma, tornando-se sua ministra da Agricultura e amiga. Agora, declara que isso
acabou. “Em vez de projeto eleitoral, eles preferiram um projeto de vingança”,
disse ela. “Mais uma vez, o egoísmo imperou”. O presidente do PSB, Carlos
Siqueira, admitiu “verdades” nas declarações de Cid, embora diga que este não é
o momento da esquerda se digladiar em discussões dessa natureza. No primeiro
turno, o PSB não lançou candidato próprio à presidência para não atrapalhar o
PT, já que a tendência de muitos dirigentes do partido era a de apoiar a
candidatura de Ciro. Com isso, o PSB ganhou pontos junto a Lula, mas enfureceu
a família Gomes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No evento em que foi mais sincero do que o PT imaginava, Cid não se
conteve e disse em alto e bom tom aos petistas que o partido deveria fazer uma
autocrítica pelos erros cometidos. “Tem que fazer um mea-culpa, tem que pedir
desculpa, ter humildade e reconhecer que fizeram muita besteira”. Irmão de
Ciro, derrotado no primeiro turno, Cid lavou a alma da família. Inicialmente,
ele nem pretendia ser tão duro. Cobrava a necessidade de que o PT admitisse
seus erros. Seja no campo da economia, com a crise provocada pelos equívocos de
Dilma Rousseff em seu segundo governo, seja principalmente no campo da
corrupção, ao não só permitir que crimes fossem cometidos por altas autoridades
do partido, como participar do assalto ao Estado. À certa altura, ao falar na necessidade
dessa análise sobre os próprios atos, – o que o filósofo Eric Voegelin chamava
de “descida ao inferno” do autoconhecimento — Cid começou a ser vaiado pelos
petistas. Do alto do púlpito do evento, Cid se dirigiu a um dos militantes
petistas que apontava os polegares para baixo em gesto de desaprovação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">O
desabafo de Cid Gomes deixou o PT ainda mais isolado. O enérgico discurso no
Ceará soou como réquiem da sua era.</span></b><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“É assim? Pois tu vais (sic) perder a eleição!”, reagiu Cid. “É bem
feito perder a eleição! Vão perder feio. Acharam que eram donos do País. O país
não aceita dono! É um País democrático”. Quando militantes começaram a gritar o
nome de Lula, preso por corrupção em Curitiba, Cid retrucou: “Lula tá preso,
babaca!”. Com esse jeito pouco educado que marca o estilo dos Ferreira Gomes na
política, Cid explicitou queixas que outros personagens não petistas da
política também já vinham fazendo quando eram procurados por Haddad na
frustrada busca pela formação de uma “frente democrática” contra Bolsonaro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O desabafo de Cid deixou o PT isolado. Com exceção de Guilherme Boulos,
do PSOL, nenhum outro partido aceitou dar apoio à candidatura petista. Até o
assessor espiritual de Lula, Frei Betto, ficou surpreso com a reação provocada
pelo sincericídio. “A esquerda só se une na cadeia”. Bolsonaro, certamente,
comemorou o bate-cabeça da esquerda. Novamente, o PT colhe o que plantou.<o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-3626741708448191302018-07-12T16:21:00.000-07:002018-07-12T16:21:09.388-07:00Politização com esteroides: o STF faz escola<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<span style="color: #364352; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por Conrado Hubner
Mendes, 09/07/2018, www.época.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 15.0pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 0cm; mso-outline-level: 2; text-align: center;">
<span style="color: dimgrey; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O desgoverno judicial, o bate-cabeça
interindividual, a busca por um "supertrunfo" procedimental que
permita a um juiz, sozinho, produzir efeitos concretos estão escancarados<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Domingo nos embriagou com notícias de
uma guerra particular. Não sabemos exatamente quando entramos na era da
politização judicial com esteroides, mas sabemos de onde vem sua autoria
intelectual e institucional. O STF normalizou condutas individuais e chicanas
procedimentais que se espraiam por outras instâncias do judiciário brasileiro.
O desgoverno judicial, o bate-cabeça interindividual, a busca por um
"supertrunfo" procedimental que permita a um juiz, sozinho, produzir
efeitos concretos, ainda que apenas por algumas horas ou alguns dias, estão
escancarados demais. Algumas horas ou dias, em casos de aguda reverberação
política, são suficientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O judiciário renunciou ao manto da
imparcialidade que, se nunca funcionou muito bem para o andar de baixo da
sociedade brasileira, ainda conseguia se insinuar com alguma eficácia nas
causas mais visíveis do país. Ainda não sabemos que força política se
beneficiará dessa renúncia, se à esquerda ou à direita. Mas podemos dizer que,
mergulhado no seu projeto de desinstitucionalizar-se por autoimolação, sob a
liderança de um STF conflagrado, o judiciário avista o precipício: aquele
limiar em que suas decisões em casos explosivos já não conseguem ser lidas
senão pela lente política, pouco importa se consistentes do ponto de vista
técnico. Ultrapassado o limiar, vale a lei do mais forte, a política em estado
bruto e visceral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O resumo de domingo é conhecido.
Sintetizo em seis passos. O leitor bem informado pode pular seis parágrafos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(1)</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> O desembargador Rogério Favreto, em
regime de plantão, às 9 horas da manhã, mandou soltar Lula. O pedido de habeas
corpus foi apresentado na sexta-feira à noite. Sob alegação de fatos novos - a
dupla violação do direito civil de aguardar julgamento em liberdade, e do
direito político de participar de eleições democráticas em igualdade de
condições - o desembargador acolheu o pedido. Invocou como fundamento central
as sinalizações cacofônicas do STF: disse que o tribunal já anunciou a
"revisitação" do tema da presunção de inocência para breve (ADC 43 e
44), mas que, "por questões de política administrativa da sua pauta, ainda
não foi oportunizado o seu julgamento pela Presidência". Recado para
Cármen Lúcia. E lembrou que o próprio STF, diante de indefinição do plenário,
tem concedido habeas corpus em decisões monocráticas ou das turmas. Em seguida,
o Ministério Público Federal apresentou pedido de reconsideração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(2)</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Por volta das 12 horas, o juiz
Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, apontado como "autoridade coatora"
tanto no pedido de habeas corpus quanto na liminar do desembargador Favreto,
publica, das suas férias em Portugal, despacho em que, sob orientação do
presidente do TRF-4, afirma não ter o desembargador plantonista competência
para aquela decisão e submete consulta ao "relator natural" do caso,
o desembargador Gebran Neto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(3)</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Vinte minutos mais tarde, diante da demora
do cumprimento da ordem, o desembargador plantonista a reitera e explica que
ela pode ser executada por qualquer autoridade policial presente na
Superintendência da Polícia Federal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(4)</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> O desembargador João Pedro Gebran
Neto, relator do caso criminal que condenou Lula, portanto "juiz
natural" do processo, "avoca" o caso para si. Afirma que </span><br />
<b><span style="background: white; color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; line-height: 200%;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">Recomendado para você</span></span></b><span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
o desembargador plantonista foi induzido a erro, que o pedido de habeas corpus
tem inconsistências técnicas e que a jurisdição do TRF-4 está esgotada no caso.
Afirma também, ratificando o despacho do juiz Moro, que este não pode ser visto
como autoridade coatora, pois apenas cumpriu ordem de prisão do TRF-4.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(5)</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Às 16h, o desembargador plantonista
emite terceiro despacho para reforçar os dois anteriores. Afirma que a 13ª
Vara, do juiz Moro, sequer é a "autoridade coatora" nesse caso, mas
sim a 12ª Vara, da juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução provisória
da pena de Lula. Confirma sua jurisdição no processo como plantonista;
argumenta que não foi induzido a erro, mas deliberou à luz de fatos novos;
lembra que não vivemos em regime político e judicial de exceção; dá prazo de
uma hora para cumprimento da ordem; e, por último, afirma que o juiz da 13ª
Vara fez interferências indevidas no processo, e solicita que a Corregedoria do
TRF-4 apure eventual falta funcional. Declara também à Folha de São Paulo que o
juiz Moro "não tem nada a ver" com o caso, mas sim a juíza Lebbos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(6)</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Às 19h30, o desembargador presidente
do TRF-4, Thompson Flores, emite despacho derradeiro, no qual enxerga
"conflito de competência" entre plantonista e relator, e chancela a
"avocação" do processo pelo relator, pois permitida pelo regimento. A
ordem de soltura, enfim, não foi cumprida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Opiniões de juristas e associações
corporativas foram brotando ao longo do dia. A Associação Juízes para a
Democracia publicou nota em defesa da independência judicial de Favreto, em
crítica à contraordem de Moro e avocação de Gebran. A União Nacional dos Juízes
Federais ataca Favreto, que por ser desembargador não concursado (e indicado
pelo quinto constitucional), representaria o "aparelhamento político"
do tribunal, produto de "esdrúxulas indicações políticas". Advogados
de um lado pedem a prisão de Moro por desobediência; de outro pedem a
investigação de Favreto por usurpação de sua função.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A ministra Cármen Lúcia, presidente
do STF, na sua autodesignada função de "pacificadora", também
publicou nota no seu estilo peculiar: “A Justiça é impessoal, sendo garantida a
todos os brasileiros a segurança jurídica, direito de todos." Foi na mesma
linha de notas anteriores, como a que disse "não acreditar que os juízes
brasileiros tomem decisões político-partidárias", até porque isso seria
"terminantemente proibido"; ou a que pediu serenidade aos
brasileiros, pois o "sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a
ressentimentos ou interesses que não sejam aqueles do bem comum". Para
acrescentar algum sal, o ministro Marco Aurélio não resistiu a uma entrevista
de rádio: "Lula ainda tem direito a recursos em tribunais superiores. E
antes disso qualquer prisão é precoce".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As 12 horas de carnaval judicial não
foram divertidas. Boas análises jurídicas já circulam nos jornais e nas redes,
e há muitos ângulos férteis para observação. É relevante verificar não apenas
se havia competência legal para cada um desses atos, mas como o seu exercício
abrupto, desautorizando outros, impacta a instituição. Em geral, juristas
convergem na avaliação de que todos erraram de modo mais ou menos grave: a
distorção do plantão e a artificialidade do "fato novo" invocado para
soltar Lula; a insubordinação hierárquica de juiz e autoridades policiais, que
cria precedente de resistência a ordens superiores; o desembargador presidente
que orienta o juiz de primeira instância; o desembargador relator que confronta
o plantonista por meio de seu poder de avocação do processo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A análise das tecnicalidades e
infrações de cada decisão, contudo, não pode ser feita na ausência do contexto
institucional que nos fez chegar até aqui. Há episódios paradigmáticos que
ajudam a explicá-lo. Na Operação Lava Jato de Curitiba, que faz 4 anos, o juiz
Sérgio Moro construiu para si um regime de "respeitosas escusas",
expressão usada por ele para responder a reclamação no STF contra suas medidas
processuais heterodoxas, em especial à divulgação ilegal da interceptação
telefônica de Lula. Nessa manifestação, Moro dizia: "compreendo que o
entendimento então adotado possa ser considerado incorreto, ou mesmo sendo
correto, possa ter trazido polêmicas e constrangimentos desnecessários."
Para ele, "o levantamento do sigilo não teve por objetivo gerar fato
político-partidário, polêmicas ou conflitos", mas apenas quis atender a
interesses da investigação criminal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O TRF-4, diante de representação
contra o ato de Moro, apoiou sua prática. Voto do desembargador relator Rômulo
Pizzolatti adotou a extravagante doutrina das "soluções inéditas para
casos inéditos". Situações "anormais e excepcionais", segundo
essa doutrina, escapam do "regramento genérico, destinado aos casos
comuns." Um direito individual, nessas situações únicas conforme definidas
pelo juiz, pode ser "suplantado pelo interesse geral na administração da
justiça e na aplicação da lei penal." A doutrina do particularismo da Lava
Jato citava Eros Grau e, por ato falho, trouxe a reboque a inspiração intelectual
do jurista alemão Carl Schmitt. Para quem não o conhece, procure saber. Veio do
desembargador Favreto o voto vencido nesse caso, que apontava a temeridade
daquela doutrina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A divulgação de tais gravações, cuja
ilegalidade foi declarada pelo STF, serviu de base para movimento determinante
no processo de impeachment: a liminar monocrática do ministro Gilmar Mendes que
impediu a nomeação de Lula como ministro de Estado. Uma decisão monocrática
que, correta ou não no mérito, o plenário da Corte se recusou a apreciar no
tempo devido. Tornou-se irreversível. Mais do que o debate de mérito, cabe
olhar para a identidade do juiz que proferiu tal decisão: o mesmo que conversa
cotidianamente com líderes políticos da oposição e fazia pronunciamentos contra
o partido de Lula em sessões do STF. Quando tem sua suspeição questionada,
afirma que julga com imparcialidade. O mesmo que, nos últimos dias, tem
manifestado preocupação com a institucionalidade do Supremo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A ética da imparcialidade judicial
vigente no país é a da "la garantía soy yo". Essa ética é esposada
não só por ministros do STF, como Gilmar Mendes ou Dias Toffoli. Entram nesse
grupo, entre outros, o juiz Sérgio Moro, que passou a freqüentar círculos
partidários e, curiosamente, o próprio desembargador Favreto. Este, apesar de
ter sido filiado ao PT e ter trabalhado no governo Lula, não desconfiou da sua
suspeição nem se perguntou se sua trajetória traria algum risco para a
autoridade da decisão. Quando perguntado, Favreto invocou a "la garantía
soy yo": "Eu não tenho apreço nem desapreço a partidos, a pessoas, a
gostos sociais, políticos, de gênero e tal. Eu decido de acordo com a
fundamentação".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Juízes reduziram o instituto da
suspeição a uma auto-análise de sua honestidade. A partir do argumento
complacente de que cada juiz é "senhor de suas boas condições psicológicas
para decidir uma questão com imparcialidade", como disse o ex-ministro
Carlos Velloso, esvaziou-se um conceito que nunca serviu para garantir
honestidade judicial, tarefa impossível, mas para proteger a imagem de
imparcialidade da instituição. Dessa confusão deliberada entre imparcialidade
objetiva (a imagem da instituição) e imparcialidade subjetiva (como o juiz se
sente), nasceu a "la garantía soy yo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há ainda outros episódios dignos de
nota no processo de autoimolação. Meses atrás, o desembargador Thompson Flores,
presidente TRF-4, ao ser perguntado sobre a sentença condenatória de Sérgio
Moro, antes mesmo que o recurso fosse analisado pelo tribunal, declarou que ela
era "tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e irretocável da
prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil”. E completou: “não li a
prova dos autos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No STF, manobras individualistas
contra o colegiado tornaram-se bem conhecidas: a ministra Cármen Lúcia
recusa-se a pautar, contra a insistência de outros ministros, as ações que
pretendem firmar posição no tema da execução provisória da pena; decisões
monocráticas e das turmas continuam a conceder habeas corpus contra orientação
de plenário (o mesmo que fez Favreto no caso de Lula); o ministro Fachin,
relator de casos da Lava Jato na segunda turma, criou o expediente por meio do
qual transfere ao plenário, sem motivação explícita, casos da sua escolha.
Enquanto isso, o ministro Luiz Fux continua a manobrar, em concerto com Cármen
Lúcia, pela manutenção do auxílio-moradia de juízes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A autoridade do judiciário não emerge
automaticamente, por mera previsão legal. Requer gradual construção, respeito a
convenções de imparcialidade e demonstração de competência jurídica. O juiz precisa
nos convencer de duas coisas: não ter interesse na causa que julga e da
qualidade dos seus argumentos jurídicos. Juízes que protagonizam a cena pública
brasileira de hoje, da primeira instância ao STF, ignoram esses rituais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 15.0pt; margin-right: 15.0pt; margin-top: 18.75pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Georgia",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Administrar a legalidade pede ao
judiciário uma particular habilidade política. Nesse domingo, assistimos a um
desfile de inabilidades. Nesse desfile, parece que, para quem quer Lula preso,
pouco importam os meios; para quem quer Lula solto, pouco importam os meios.
Tudo normal no reino das paixões políticas, mas não quando juízes se rendem a
elas. Pelo menos é o que parece, e o que parece importa demais para a
autoridade do judiciário. O ônus de demonstrar o contrário não é nosso.<o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-59131098721392333842018-05-31T12:56:00.000-07:002018-05-31T12:56:13.984-07:00As provas contra Lula: 3 mil evidências, 13 casos e R$ 80 milhões em propina<br />
<div style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">As investigações apontam pagamentos em dinheiro, depósitos
bancários e imóveis – para o ex-presidente e para parentes</span><span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">Por Diego Escosteguey, 05/05/2017,</span><span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"> www.época.com.br</span><span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 21.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt;">AS PROVAS
CONTRA LULA</span></b><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt;"> </span><span style="color: black; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt;"><br />
ÉPOCA analisou cerca de 3 mil evidências contra o ex-presidente. Elas indicam
que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">petista</b> recebeu mais de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">R$ 80 milhões </b>do<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> cartel </b>do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">petrolão</b>, em
dinheiro, depósitos bancários e imóveis – para si e para parentes</span><span style="color: black; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">No fim da tarde de uma segunda-feira
recente, o ex-presidente </span><a href="http://epoca.globo.com/tudo-sobre/noticia/2017/02/luiz-inacio-lula-da-silva.html"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #e01b22; font-size: 18.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">Luiz Inácio Lula da Silva</span></b></a><span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;"> subiu ao palco de um evento
organizado pelo PT em Brasília. Empunhou sua melhor arma: o microfone. Aos
profissionais da imprensa que cobriam o evento, um seminário para discutir os
rumos da economia brasileira, o ex-presidente dispensou uma ironia: “Essa
imprensa tão democrática, que me trata maravilhosamente bem e, por isso, eu os
amos, de coração”. Lula estava a fim de debochar. Não demorou para começar a
troça sobre os cinco processos criminais a que responde na Justiça. Disse que
há três anos ouve acusações sem o direito de se defender, como se não tivesse
advogados. “Eu acho que está chegando a hora de parar com o falatório e mostrar
prova. Eu acho que está chegando a hora em que a prova tem de aparecer em cima
do papel”, disse, alterado. Lula repetia, mais uma vez, sua tática diante dos
casos em que é réu: sempre negar e nunca se explicar. E prosseguiu: “Eu quero
que eles mostrem R$ 1 numa conta minha fora desse país ou indevida. Não precisa
falar que me deu 100 milhões, 500 milhões, 800 milhões.... Prove um. Não estou
pedindo dois. Um desvio de conduta quando eu era presidente ou depois da
Presidência”. Encerrou o discurso aplaudido, aos gritos de “Brasil urgente,
Lula presidente!”.</span><span style="color: black; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">A alma mais honesta do Brasil, como o
ex-presidente já se definiu, sem vestígio de fina ironia, talvez precise
consultar seus advogados – ou seus processos. Há, sim, provas abundantes contra
Lula, espalhadas em investigações que correm em Brasília e em Curitiba. Estão
em processos no Supremo Tribunal Federal, em duas Varas da Justiça Federal em
Brasília e na 13ª Vara Federal em Curitiba, aos cuidados do juiz </span><a href="http://epoca.globo.com/tudo-sobre/noticia/2016/07/sergio-moro-juiz.html"><span style="color: #e01b22; font-size: 18.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">Sergio
Moro</span></a><span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">. Envolvem uma<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> ampla e formidável gama de crimes:
corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, crime contra a
Administração Pública, fraude em licitações, cartel, tráfico de influência e
obstrução da Justiça. </b>O Ministério Público Federal, a Polícia Federal, além
de órgãos como a Receita e o Tribunal de Contas da União, com a ajuda
prestimosa de investigadores suíços e americanos, produziu, desde o começo da
Lava Jato, terabytes de evidências que implicam direta e indiretamente Lula no
cometimento de crimes graves. Não é fortuito que, mesmo antes da delação da
Odebrecht, Lula já fosse réu em cinco processos – três em Brasília e dois em
Curitiba. Também não é fortuito que os procuradores da força-tarefa da Lava
Jato, após anos de investigação, acusem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Lula</b>
de ser o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“comandante máximo” da
propinocracia</b> que definiu os mandatos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">presidenciais
do petista</b>, desfalcando os cofres públicos em bilhões de reais e arruinando
estatais, em especial a Petrobras.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">A estratégia de Lula é clara e simples.
Transformar processos jurídicos em campanhas políticas – e transformar
procuradores, policiais e juízes em atores políticos desejosos de abater o
maior líder popular do país. Lula não discute as provas, os fatos ou as
questões jurídicas dos crimes que lhe são imputados. Discute narrativas e
movimentos políticos. Nesta quarta-feira, dia 10, quando estiver diante de Moro
pela primeira vez, depondo no processo em que é réu por corrupção e lavagem de
dinheiro, acusado de receber propina da OAS por meio do tríplex em Guarujá,
Lula tentará converter um ato processual (um depoimento) num ato político (um
comício).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Se não conseguir desviar a atenção,
saindo pela tangente política, Lula terá imensa dificuldade para lidar com as
provas – sim, com elas. Nesses processos e em algumas investigações ainda
iniciais, todos robustecidos pela recente delação da Odebrecht, existem, por
baixo, cerca de 3 mil evidências contra Lula. Elas foram analisadas por ÉPOCA.
Algumas provas são fracas – palavrórios, diria Lula. Mas a vasta maioria
corrobora ou comprova os crimes imputados ao petista pelos procuradores. Dito
de outro modo: existe “prova em cima de papel” à beça. Há, como o leitor pode
imaginar, toda sorte de evidência: extratos bancários, documentos fiscais,
comprovantes de pagamento no Brasil e no exterior, contratos fajutos, notas
fiscais frias, e-mails, trocas de mensagens, planilhas, vídeos, fotos,
registros de encontros clandestinos, depoimentos incriminadores da maioria dos
empresários que pagavam Lula. E isso até o momento. As investigações prosseguem
em variadas direções. Aguardem-se, apesar de alguns percalços, delações de
homens próximos a Lula, como Antônio Palocci e Léo Pinheiro, da OAS. Renato
Duque, ex-executivo da Petrobras, deu um depoimento na sexta-feira, dia 5, em
que afirma que Lula demonstrava conhecer profundamente os esquemas do petrolão.
Existem outras colaborações decisivas em estágio inicial de negociação.
Envolvem crimes no BNDES, na Sete Brasil e nos fundos de pensão. Haja prova em
cima de papel.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Trata-se até agora de um conjunto
probatório, como gostam de dizer os investigadores, para lá de formidável.
Individualmente e isoladas, as provas podem – apenas – impressionar.
Coletivamente, organizadas em função do que pretendem provar, são destruidoras;
em alguns casos, aparentemente irrefutáveis. Nesses, podem ser suficientes para
afastar qualquer dúvida razoável e, portanto, convencer juízes a condenar Lula
por crimes cometidos, sempre se respeitando o direito ao contraditório e à
ampla defesa – e ao direito a recorrer de possíveis condenações, como qualquer
brasileiro. Não é possível saber o desfecho de nenhum desses processos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Ainda assim, os milhares de fatos
presentes neles, na forma de provas judiciais, revelam um Lula bem diferente
daquele que encanta ao microfone. As provas jogam nova luz sobre a trajetória
de Lula desde que assumiu o Planalto. Assoma um político que conheceu três
momentos distintos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-line-height-alt: 18.75pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #58595b; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt;">O primeiro momento</span></b><span style="color: #58595b; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt;"> </span><span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">deu-se como um presidente da República
que decidiu testar os limites do fisiologismo e clientelismo da política
brasileira. A partir de 2003, e com mais força em 2004, Lula começou a agir
para beneficiar, em atos sucessivos, empreiteiras e grandes grupos
empresariais, por meio de homens de confiança em postos-chave no governo. Era,
naquele momento, um político cujas campanhas e base aliada eram financiadas,
comprovadamente, com dinheiro de propina desses mesmos empresários – entre
outros. Era um político que caíra nas graças do cartel de empreiteiras que
rapinava a Petrobras e comprava leis no Congresso.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-line-height-alt: 18.75pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #58595b; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt;">O segundo momento</span></b><span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;"> sobreveio entre 2009 e 2010, conforme o tempo dele no
poder se aproximava do fim – e, com </span><a href="http://epoca.globo.com/tudo-sobre/noticia/2016/06/dilma-rousseff.html"><span style="color: #e01b22; font-size: 18.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">Dilma
Rousseff </span></a><span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">como
sucessora, todos, em tese, continuariam a prosperar. Nesse ponto, assomou um
político que, pelo que as provas e depoimentos indicam, passaria a viver às
custas das propinas geradas pelo cartel que ajudara a criar. Entre 2009 e 2010,
o cartel, em especial Odebrecht e OAS, passou a se movimentar para assegurar
que Lula e sua família tivessem uma vida confortável. Faziam isso porque, como
já explicaram, deviam propina ao ex-presidente e, não menos importante, pela expectativa
de que ele usasse sua influência junto a Dilma Rousseff para manter o dinheiro
do governo entrando nas empresas – como fez, de fato, em algumas ocasiões.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Nesse período de final de mandato, houve
uma série de operações fraudulentas e clandestinas, comandadas pelo cartel, que
resultaram na multiplicação do patrimônio de Lula. Usaram-se laranjas e
intrincadas transações financeiras para esconder a origem do dinheiro dos novos
bens do ex-presidente. Mas, hoje, esses estratagemas foram descobertos, com
fartura de provas, pelos investigadores. Da Odebrecht, Lula ganhou o prédio
para abrigar seu instituto, um apartamento em São Bernardo do Campo, onde mora
até hoje, e a reforma de um sítio em Atibaia que, todas as provas demonstram,
pertence ao petista, e não é somente “frequentado” por ele. Da OAS, ganhou o
famoso tríplex em Guarujá, assim como as reformas pedidas por ele – o
apartamento só ficou pronto após a Lava Jato, de modo que não houve tempo para
que Lula e família se mudassem para lá. A mesma OAS passou a bancar o
armazenamento do acervo presidencial do petista. Todas essas operações – todas
– foram feitas clandestinamente, para ocultar o vínculo entre Lula e as
empreiteiras. Todas foram debitadas do caixa de propinas que Lula mantinha
junto às empreiteiras.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Além de dar moradia a Lula, as
empreiteiras passaram a bancar o ex-presidente e sua família, além de pessoas
próximas. Havia, segundo as provas disponíveis, pagamentos de propina da
Odebrecht a um dos filhos do presidente, a um irmão dele, a um sobrinho e a
Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e um dos assessores mais próximos
de Lula. Havia pagamentos em dinheiro vivo e, em alguns, casos, por meio de
empresas – como a de um filho e a de um sobrinho. Havia, ainda, os pagamentos à
empresa de palestras de Lula e ao próprio Instituto Lula. Na maioria dos casos,
segundo as evidências, não se tratava de doação ou contratação para palestras,
embora essas tenham acontecido em alguns casos. Trata-se de propina disfarçada
de doação. Até que a Lava Jato mudasse tudo, Lula e seus familiares
receberam, de acordo com as evidências disponíveis e se obedecendo a um cálculo
conservador, cerca de R$ 82 milhões em vantagens indevidas – bens ou pagamentos
ilegais.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-line-height-alt: 18.75pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #58595b; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt;">O terceiro momento</span></b><span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;"> de Lula, aquele que as provas revelam com mais nitidez,
precipita-se em março de 2014, quando irrompe a Lava Jato. O petista, que sabia
o que fizera e intuía o potencial da operação, preocupou-se. É esse Lula
preocupado – quiçá desesperado – que aparece nos processos de obstrução da
Justiça. Que, segundo depoimentos e documentos, tenta destruir provas. Tenta,
em verdade, destruir a Lava Jato, para por ela não ser destruído. Há semanas,
dias antes do discurso de Lula em Brasília, a voz rouca de Léo Pinheiro
sacudira Curitiba. Diante do juiz Sergio Moro, Léo Pinheiro expunha segredos
guardados por anos. “Eu tive um encontro com o presidente, em junho... bom,
isso tem anotado na minha agenda, foram vários encontros.” Era 20 de abril e
Léo falava de um encontro mantido há quase três anos, em maio de 2014, quando a
Lava Jato começava a preocupar. “O presidente, textualmente, me fez a seguinte
pergunta: ‘Léo’, e eu notei até que ele estava um pouco irritado, ‘você fez
algum pagamento a João Vaccari no exterior?’. Eu disse: ‘Não, presidente, nunca
fiz nenhum pagamento dessas contas que nós temos com Vaccari no exterior’.
‘Como é que você está procedendo os pagamentos para o PT?’. ‘Através do João
Vaccari. Estou pagando, estamos fazendo os pagamentos através de orientação do
Vaccari, caixa dois e doações diversas que nós fizemos a diretórios e tal’.
‘Você tem algum registro de algum encontro, de conta, de alguma coisa feita com
o João Vaccari com você? Se tiver, destrua. Ponto. Acho que quanto a isso não
tem dúvida’.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Lula, como Renato Duque confirmou em
depoimento a Moro na sexta-feira, estava se mexendo para descobrir quanto
estava sob risco. No depoimento, Duque, que fora indicado pelo PT e pelo
próprio Lula à Diretoria de Serviços da Petrobras, destruiu o antigo chefe.
Disse, como Léo Pinheiro, que Lula “tinha o pleno conhecimento de tudo, tinha o
comando”. Referia-se ao petrolão. Nas últimas semanas, Duque e o ex-ministro
Palocci disputavam quem fecharia antes um acordo de delação premiada, em busca
de pena menor. Ambos pretendiam entregar informações sobre Lula, pois suas defesas
detectaram que a Lava Jato queria mais elementos para cravar que o então
presidente não só sabia da existência, como comandava o esquema de corrupção na
Petrobras. Palocci recuou duas ou três casas em sua negociação, após a
libertação do ex-ministro José Dirceu. Duque aproveitou para avançar. Disse que
encontrou Lula pessoalmente três vezes. “Nessas três vezes ficou claro, muito
claro para mim, que ele tinha pleno conhecimento de tudo, tinha o comando”,
disse Duque. No último encontro, em 2014, segundo Duque, Lula perguntou se ele
tinha recebido dinheiro na Suíça da holandesa SBM, fornecedora da Petrobras.
Duque diz que negou. Lula, então, perguntou: “Olha, e das sondas? Tem alguma
coisa?”. Lula se referia a negócios da Sete Brasil, a estatal criada para turbinar
o petrolão. Duque afirma que mentiu a Lula ao dizer que não tinha. Ouviu do
então presidente, de saída do cargo: “Olha, presta atenção no que vou te dizer.
Se tiver alguma coisa, não pode ter, entendeu? Não pode ter nada no teu nome,
entendeu?”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">No ano seguinte, Lula prosseguiu em sua
tentativa desesperada de sabotar a Lava Jato. Em maio de 2015, o então
senador </span><a href="http://epoca.globo.com/tudo-sobre/noticia/2016/06/delcidio-do-amaral-fil.html"><span style="color: #e01b22; font-size: 18.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">Delcídio
do Amaral</span></a><span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;"> foi à
sede do Instituto Lula, em São Paulo. Àquela altura, líder do governo no
Senado, Delcídio era um interlocutor frequente de Lula sobre a situação
precária do governo Dilma no Congresso, mas, principalmente, sobre o avanço da
Lava Jato em direção ao coração petista. Na conversa, Lula se disse preocupado
com a possibilidade de seu amigo, o pecuarista José Carlos Bumlai, ser
engolfado pela operação. Delcídio percebeu que fora convocado para discutir o
assunto. Avisou que Bumlai poderia ser preso devido às delações do lobista Fernando
Baiano e do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Delcídio também tinha medo
disso, pois recebera propina junto com Cerveró. Então, contou a Lula que,
quatro meses antes, recebera um pedido de ajuda financeira de Bernardo, filho
de Cerveró. Delcídio afirma que Lula determinou que era preciso ajudar Bumlai.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Assim, Delcídio passou a trabalhar. Dias
depois, encontrou-se com Maurício, filho de Bumlai, e “transmitiu o recado e as
preocupações de Lula”. Maurício topou a empreitada: era preciso bancar as despesas
com advogado e sustentar a família para “segurar” a delação de Cerveró e,
assim, tentar salvar o pai de Maurício. Nos meses seguintes, Maurício Bumlai
entregou R$ 250 mil em espécie a um assessor de Delcídio, em encontros em São
Paulo. O dinheiro era levado depois à família Cerveró. Quando, em setembro,
ÉPOCA publicou que Cerveró fechara um acordo de delação, Maurício interrompeu
os pagamentos. Em novembro de 2015, Delcídio foi preso, por ordem do Supremo,
por tentar obstruir a Lava Jato.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Por meio de nota, o Instituto Lula
afirma que “não há nenhum” ato ilegal nas delações dos executivos da Odebrecht
e que as delações não são provas, mas “informações prestadas por réus confessos
que apenas podem dar origem a uma investigação. Por enquanto, o que existe são
depoimentos feitos aos procuradores, a acusação, divulgados de forma
espetacular”. Sobre a “conta Amigo”, a nota afirma ser “a mais absurda de todas
as ilações no depoimento de Marcelo Odebrecht”. “Se for verdadeiro o
depoimento, Marcelo Odebrecht teria feito, na verdade, um aprovisionamento em
sua contabilidade para eventuais e futuras transferências ou pagamentos. A ser
verdadeira, trata-se, como está claro, de uma decisão interna da empresa. Uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">‘conta’</b> meramente virtual, que nunca se
materializou em benefícios diretos ou indiretos para Lula.” Sobre a ajuda da
Odebrecht a Luís Cláudio, um dos filhos de Lula, o Instituto Lula afirma que
“mesmo considerando real o relato de delatores que precisam de provas, Emílio
Odebrecht e Alexandrino Alencar relatam que a ajuda para o filho de Lula
iniciar um campeonato de futebol americano foi voluntária e após diversas
conversas e análises do projeto”. Sobre a mesada de R$ 5 mil que a Odebrecht
pagou por anos a Frei Chico, irmão do ex-presidente, a nota afirma que “não só
Lula não pediu, como não foi dito que Lula teria pedido”. Afirma que o
principal assessor de Lula, Paulo Okamotto, “negou ter recebido qualquer
‘mesada’ de Alexandrino Alencar”. O Instituto diz que a Odebrecht não inventou
Lula como palestrante e que “as palestras eram lícitas e legítimas”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-size: 18.0pt;">Procuração de Glauco da Costa Marques para
Roberto Teixeira representá-lo na compra de apartamento vizinho ao de lula.
Teixeira é advogado do ex-presidente e Lula e sua família ocupa o apartamento
de Costa Marques.</span><span style="color: black; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-81226564464658012662018-05-10T17:34:00.000-07:002018-05-10T17:34:00.627-07:00O companheiro Gilmar Mendes<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 9.0pt; mso-outline-level: 3; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com Lula na cadeia, o gabinete de Gilmar Mendes, no
Supremo, virou ponto de romaria dos petistas. Para o ministro, as chances de o
ex-presidente reconquistar a liberdade só vão aumentar quando ele se declarar
fora do páreo presidencial<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 9.0pt; mso-outline-level: 3;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;">GUILHERME
EVELIN E CATARINA ALENCASTRO,<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>26/04/2018, www.época.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em público, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
não poupa ataques ao PT. Já responsabilizou os petistas pelo “germe ruim da
violência”, pela desinstitucionalização do país, pela sindicalização e excesso
de poderes do Ministério Público Federal e por más escolhas para o Supremo,
baseadas em critérios “de ligações com os movimentos MST, LGBT, basistas”. Nos
bastidores, porém, Mendes e dirigentes do partido, que no passado distribuíram
uma cartilha em que acusavam o ministro do Supremo de “manobras e declarações
antipetistas incompatíveis com o recato e a imparcialidade de um juiz”, estão
de namoro firme. O gabinete de Mendes, crítico mais veemente dos métodos da
Operação Lava Jato no Supremo, virou centro de romaria de petistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com o ex-presidente Lula encarcerado em Curitiba, Mendes, desde que
mudou de opinião e passou a se manifestar contra o cumprimento imediato de pena
por condenados em segunda instância (votou a favor num julgamento do Supremo em
2016), tornou-se uma espécie de oráculo para os petistas que querem tirar o
ex-presidente da cadeia. Quem tem batido ponto no gabinete de Mendes, quase
semanalmente, é o ex-ministro Gilberto Carvalho, uma das pessoas mais próximas
ao ex-presidente. “O Gilmar é a grande esperança dos petistas para o Lula
ganhar a liberdade. Nos corredores do Supremo, ele já é conhecido como Gilmar,
guerreiro do povo brasileiro”, disse à ÉPOCA, em tom de troça, um ministro do
tribunal. Na terça-feira dia 24, Mendes ajudou a dar uma vitória à defesa de
Lula. Ele foi um dos três ministros, junto com Dias Toffoli e Ricardo
Lewandowski, a votar, na Segunda Turma do STF, pela retirada de trechos das
delações da Odebrecht dos processos sobre a reforma do sítio em Atibaia e da
compra de um terreno do Instituto Lula que estão nas mãos do juiz Sergio Moro,
em Curitiba. Para os três ministros, esses casos não têm relação com a
corrupção na Petrobras investigada pela Lava Jato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Segundo Mendes, suas conversas com os petistas são institucionais e
tratam de soluções para o quadro, na visão do ministro, de “hiperativismo” do
Judiciário, que faz com que os juízes e o Supremo decidam muito — e
frequentemente mal —, por causa da pressão da opinião pública, e invadam áreas
alheias a sua competência, como a política. “Ele tem sido de uma lealdade
impressionante. Não se exime de criticar o PT e dá muita porrada na gente nas
conversas. Mas ele acha que não tem cabimento o que está acontecendo no
Ministério Público e no próprio Supremo”, disse um petista que tem se
encontrado com Mendes. De acordo com os petistas, o diálogo com o ministro do
Supremo não fica, porém, só nisso. Avança também para a discussão de cenários
sobre a libertação de Lula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nas conversas, Mendes tem dito que as possibilidades de o ex-presidente
deixar a cadeia só vão melhorar quando ele se declarar fora do páreo
presidencial. Com Lula fora da eleição, prevê Mendes, é possível que a pena do
ex-presidente, condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos
e um mês de detenção por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do
tríplex do Guarujá, seja diminuída pelo Supremo. Mendes tem alardeado sua tese
de que o Supremo deve rever a pena por lavagem de dinheiro aplicada a Lula,
crime que, na visão de alguns juristas, não estaria caracterizado no caso do
tríplex. “É preciso discutir se os dois crimes pelos quais ele foi condenado
são realmente dois crimes”, disse o ministro, na terça-feira dia 24.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os petistas têm corrido também ao gabinete de Mendes para municiá-lo com
informações na guerra que ele trava com o Ministério Público Federal. No dia 11
de abril, no julgamento do pedido de habeas corpus do ex-ministro Antônio
Palocci, Mendes elevou suas críticas ao Ministério Público e disse que o
Supremo pode se tornar “cúmplice de grandes patifarias que estão a ocorrer”. “A
corrupção já entrou no Ministério Público, na Lava Jato”, disse Mendes. Ele
citou o caso do advogado do marqueteiro João Santana e irmão do procurador
Diogo Castor de Mattos, Rodrigo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa da
Lava Jato em Curitiba. Segundo disse o ministro, havia exigência por parte dos
investigadores de que vários processos passassem pelo escritório do irmão do
procurador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Uma semana depois, os deputados Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Pimenta
(PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) foram a uma audiência com Mendes para
abastecê-lo de informações repassadas pelo ex-advogado da Odebrecht Rodrigo
Tacla Durán, acusado pela Lava Jato de operar propinas e um esquema de lavagem
de dinheiro para a empreiteira. Em depoimento à CPI da JBS, Tacla Durán também
fez acusações de conluio entre procuradores da Lava Jato e escritórios de
advocacia em Curitiba. “Quem vai botar a boca no trombone para apurar as
denúncias? É o Gilmar Mendes. Então, assim, nós temos que aprender a perceber o
jogo de xadrez e a fazer política. O Gilmar hoje é nosso aliado, amanhã volta a
ser nosso inimigo, mas hoje ele é nosso aliado. E nós somos aliados dele”,
disse o deputado Wadih Damous num encontro filmado com militantes do PT, um dia
depois da audiência, cujo vídeo circulou via WhatsApp. Em nota, a Força-Tarefa
da Lava Jato disse que as declarações de Mendes sobre Castor desbordam o “desequilíbrio
“é são baseadas em imputações falsas, já que o procurador nunca atuou em
processos ligados a João Santana. Para a Lava Jato, Tacla Durán é um criminoso
foragido — ele está vivendo na Espanha, país onde tem cidadania — que não
apresentou provas de suas acusações e cuja palavra não merece credibilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O casamento de Mendes com o PT é de conveniência — e as duas partes sabem
disso. Se os petistas veem no ministro do Supremo um aliado precioso no momento
em que Lula está na cadeia, Mendes ganha, com o apoio do PT, um instrumento
para dar eco a suas teses garantistas, que privilegiam os direitos dos cidadãos
diante da ação punitiva do Estado, hoje em minoria no tribunal. Natural de Mato
Grosso, fã dos empreendedores do agronegócio, Mendes tem aversão pelas ideias
petistas — e vice-versa. “Ele merece respeito pela coragem que tem demonstrado
nesse processo. Mas a gente lembra que ele tem uma posição política muito clara
contra o PT, e ele faz questão de repetir isso a todo momento”, disse o líder
da minoria no Senado, Humberto Costa (PT-PE).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Desde o começo, a relação de Mendes com o PT é marcada por muitos altos
e baixos. Quando Mendes era advogado-geral da União do governo Fernando
Henrique Cardoso e foi indicado em 2002 para o Supremo, os então senadores
petistas José Eduardo Dutra e Eduardo Suplicy estiveram na linha de frente da
resistência à aprovação de seu nome pelo Senado. Quando Lula ganhou a
Presidência pela primeira vez e Mendes já estava na Corte, o advogado
brasiliense Sigmaringa Seixas, amigo do petista, costurou uma aproximação dos
dois. O argumento usado por Sigmaringa foi que Mendes, apesar de seu estilo
tonitruante, tinha “cabeça de Estado” e seria um aliado importante do governo
quando as causas da União fossem à votação no Supremo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mendes passou a frequentar o Palácio da Alvorada de Lula — e as mulheres
dos dois, Marisa Letícia e Guiomar Mendes, tornaram-se amigas. A relação sofreu
um abalo com a história, em 2008, de um grampo ilegal de uma conversa entre
Mendes e o então senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O ministro atribuía o
grampo, cujo áudio nunca se tornou público, a uma espionagem da Abin, no curso
da Operação Satiagraha, que investigava denúncias contra o banqueiro Daniel
Dantas. A agência era comandada pelo delegado da Polícia Federal Paulo Lacerda.
Na ocasião, Mendes conseguiu que Lula entregasse a cabeça de Lacerda, exonerado
da Abin e despachado para ser adido da PF em Lisboa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O ex-ministro Gilberto Carvalho, um dos mais
próximos interlocutores de Lula, visita Mendes semanalmente<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Recosturada com a ajuda do então advogado-geral da União, Dias Toffoli,
hoje ministro do Supremo, a relação de Gilmar com o Lula e o PT desandou de vez
com o julgamento do mensalão pelo Supremo. Em 2012, Mendes vazou para a
imprensa a história de um encontro com Lula no escritório do ex-ministro Nelson
Jobim, amigo de ambos. No encontro, o ex-presidente o teria pressionado a
trabalhar pelo adiamento do julgamento por razões eleitorais — aquele ano foi
de disputa de eleições municipais no país. “É inconveniente julgar esse
processo agora”, disse Lula, segundo Mendes. O vazamento da conversa provocou
escândalo, e Lula e Mendes se afastaram — como efeito colateral, houve também
um rompimento da relação do ministro com Jobim, grande patrocinador da indicação
de Mendes para a Suprema Corte. Por causa desse episódio, os dois ficaram por
cinco anos sem se falar. No julgamento do mensalão, Mendes foi duro na
condenação dos petistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 2016, num caso em que poderia ser facilmente classificado de “hiperativismo
do Judiciário”, Mendes, em decisão liminar, suspendeu a nomeação de Lula para o
ministério de Dilma Rousseff, fato crucial para que o impeachment da
ex-presidente fosse aprovado pelo Congresso. Na ocasião, o ministro enxergou na
nomeação uma tentativa de obstrução da Justiça e dos trabalhos do juiz Sergio
Moro na Lava Jato. “Ele sempre foi um garantista e muito preparado do ponto de
vista jurídico. Teve um hiato entre o mensalão e o impeachment da Dilma. Nesse
período, ele tinha muito ódio do PT e tomou decisões que nos arrebentou”, disse
um ex-ministro petista. “Na época da Dilma, ele dizia: ‘Fala para ela
renunciar. Como vocês vão terminar esse governo? Tem de mandar todo mundo
embora’.” Segundo esse ex-ministro, após o impeachment, o ministro voltou ao
“curso normal e a ser o velho Gilmar”. Na morte de dona Marisa Letícia, em
fevereiro de 2017, ele ligou para Lula para transmitir condolências e passou o
telefone para a mulher, Guiomar, que falou com o ex-presidente aos prantos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com petistas a seu lado,
Gilmar Mendes ganha aliados para intensificar a divulgação de suas teses
“garantistas” no Supremo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #666666; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A reaproximação de agora se dá num vácuo. Os petistas acumulam decepções
com os ministros indicados para o Supremo por Lula e Dilma. No julgamento, no
dia 4 de abril, em que o Supremo selou a ida do ex-presidente para a cadeia,
cinco dos seis ministros que votaram contra o habeas corpus apresentado pela
defesa do ex-presidente foram indicados para o tribunal nas gestões petistas:
Cármen Lúcia, Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. O
sexto voto contra o habeas corpus foi dado por Alexandre de Moraes, indicado
por Temer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O maior alvo das mágoas dos petistas é o ministro Fachin. O relator da
Lava Jato chegou ao Supremo com o apoio ostensivo do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por quem ele declarava simpatias, e de
petistas graduados, como a presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann, e
Gilberto Carvalho, ambos paranaenses como Fachin. Mas há flechas envenenadas na
direção de todos os outros. A presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia,
queixam-se os petistas, recusou-se a pautar as ações de constitucionalidade que
poderiam mudar a jurisprudência do tribunal sobre a prisão em segunda
instância. Além disso, demorou quase duas semanas para responder a um pedido de
audiência do advogado de Lula, o ex-ministro Sepúlveda Pertence, que deu a
opinião decisiva para que ela fosse nomeada em 2006 pelo ex-presidente para a
Suprema Corte. Na ocasião, petistas influentes defendiam outra mulher, a
tributarista mineira Misabel Derzi, para a mesma vaga.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Indicada para o Supremo por Dilma, com o apoio de Carlos Araújo,
ex-marido da então presidente, Rosa Weber, que deu o voto decisivo para a
rejeição do habeas corpus de Lula, foi a única integrante do tribunal que não
recebeu o jurista Celso Bandeira de Mello para falar sobre a ação de
constitucionalidade preparada por ele, em nome do PCdoB, contra as prisões em
segunda instância. Alegou falta de agenda. Com a mesma amargura, os petistas
reclamam do ministro Luís Roberto Barroso, também indicado por Dilma. Pesou na
indicação o fato de que ele, como advogado, assumira com coragem bandeiras
polêmicas como a defesa do italiano Cesare Battisti — acusado de terrorismo —
no pedido de sua extradição para a Itália, as pesquisas com células-tronco
embrionárias e o aborto para fetos anencéfalos. O governo Dilma avaliou que
Barroso, com sua postura, contrabalançaria o antipetismo de Gilmar Mendes no
STF. De fato, Barroso virou o grande contraponto a Mendes no Supremo, mas não
do jeito que os petistas imaginavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Enquanto esteve no Planalto, Lula não comprou a ideia das indicações de
Fachin e Fux para o Supremo. No caso de Fachin, estranhou as pressões do MST
pela indicação do advogado paranaense. “Para que o MST quer ter ministro no
Supremo? Eu já represento os movimentos sociais”, dizia, segundo aliados.
Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Fux, durante o governo Lula,
fez campanha para chegar ao STF, arregimentando apoios que iam do ex-ministro
Delfim Netto ao MST, o que provocou estranheza em Lula. O ex-presidente se
irritou com a campanha de Fux pelo Supremo quando o viu num palanque em Nova
Iguaçu, ao lado do então governador do Rio, Sérgio Cabral, e do hoje senador
Lindbergh Farias (PT).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fachin e Fux só chegaram ao Supremo pelas mãos de Dilma. No caso de
Fachin, depois de ele ter subido num palanque para declarar apoio à reeleição
da ex-presidente em 2010. Fux foi nomeado por Dilma graças ao lobby dos
ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci. Dirceu esperava que Fux o
absolvesse no caso do mensalão, mas não foi correspondido em suas expectativas.
Palocci pode dizer que foi igualmente frustrado. Neste mês, Fux votou para que
o habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro da Fazenda para tirá-lo
da cadeia em Curitiba não fosse sequer analisado pelo Supremo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como presidente, Lula dizia, em tom de brincadeira, que o melhor
ministro que ele nomeou para o Supremo foi o “Direitão”. Ele se referia ao
ex-ministro Carlos Alberto Menezes Direito, que ficou no STF por menos de dois
anos, mas deu votos marcantes, como a demarcação da terra indígena Raposa Serra
do Sol, em Roraima. Conservador, ligado à Igreja Católica, Direito chegou ao
STF em 2007 com o apoio de Jobim e Gilmar Mendes e enfrentando a oposição
velada do PT. Morreu em setembro de 2009.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-33931382718085512062018-03-23T15:35:00.002-07:002018-03-23T15:35:44.247-07:00Um inaceitável crime comum<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 9.0pt; mso-outline-level: 3; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O assassinato de Marielle Franco
urdiu-se nas entranhas do desgoverno em que se atolou o estado do Rio de
Janeiro. Foi planejado e executado por aqueles que se acham inatingíveis pelas
leis<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 9.0pt; mso-outline-level: 3; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; letter-spacing: -.1pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Época,
22/03/2018,<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; letter-spacing: -.1pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>www.época.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 21.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dos Editores<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A definição de crime político
justificou muitas ações contrárias a regimes totalitários. Por muito tempo,
tornou-se bandeira de movimentos democráticos que reagiram com força a </span><span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">opressões</span><span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> brutais. A filósofa Hannah Arendt
analisou com rigor motivações que podem legitimar atos fora da lei. A definição
de crime de origem política, entretanto, é controversa e inconclusiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No Brasil pós-redemocratização,
muitos dos valores e slogans empunhados por atores políticos tornaram-se
anacrônicos. Foram abandonados porque tinham o passado impregnado em si. A
justificativa de crime político para o que se chamava de “expropriações” e
“justiçamentos”, por exemplo, perdeu-se no tempo. A definição moderna de crime
político está associada mundialmente à questão do combate ao terrorismo e à
proteção dos direitos humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt;"><a href="https://epoca.globo.com/cultura/paulo-roberto-pires/noticia/2018/03/o-medo.html"><span style="color: #e01b22; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">O medo</span></a></span><span style="color: #58595b; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tal apanhado jurídico se faz
necessário em razão do brutal assassinato da vereadora carioca Marielle Franco
(PSOL). Muitas foram as vozes que se levantaram para apontá-lo como “crime
político”, numa acepção nova. Seria político porque vitimizou uma parlamentar
com uma agenda de defesa de minorias e excluídos. Seria político porque se
suspeita que agentes públicos, em especial policiais militares denunciados por
ela, possam estar entre os executores e mandantes do crime.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Marielle Franco era uma liderança
política emergente e talentosa. Vida exemplar ao ancorar na formação escolar e
política seu crescimento pessoal e público. Defensora de bandeiras
comportamentais progressistas, alinhada aos segmentos mais sacrificados pela
desigualdade e pela violência. Era um quadro cuja vida longa enobreceria o
sistema político brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É preciso deixar claro, no entanto,
que a morte de Marielle Franco não foi um crime político, uma forma suave e
desvirtuada de desqualificá-la. Foi um crime comum, e isso o faz mais grave,
não menos. Foi comum porque é usual numa sociedade que se acostumou à
violência. Foi comum porque repete a barbárie invisível tornada costumeira na
periferia. Foi comum porque os suspeitos são os de sempre em muitos dos
assassinatos ocorridos nos anos recentes. Foi comum por trazer em si a certeza
da impunidade que seus perpetradores acumularam ao longo do tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O assassinato urdiu-se nas entranhas
do desgoverno em que se atolou o estado do Rio de Janeiro. Foi planejado e
executado por aqueles que se acham inatingíveis pelas leis — não por estarem
acima dela, mas, sim, por viverem em seus subterrâneos. Dar ares de crime
político a ação que apenas reflete a barbárie e o desregramento do sistema
policial repressivo brasileiro seria elevá-la a uma discussão jurídica
improcedente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.75pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #58595b; font-family: "NoticiaText-Regular",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Espera-se agora a pronta resposta do
estado a um crime nascido da inapetência de seus principais gestores. A polícia
do Rio antecipa à imprensa cada passo da investigação. Pretende assim combater
as críticas de inação. No entanto, movimentações ruidosas são contraproducentes
para investigações técnicas e eficientes. A solução do assassinato de Marielle
Franco — com a prisão e condenação dos culpados — dimensionará a capacidade do
estado em proteger seus líderes e a própria democracia. O fracasso indicará
instituições débeis, à beira do colapso, alvo fácil de um batalhão de assassinos
que perpetrarão impunes novos crimes. Crimes cada vez mais comuns.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-90528778583388028752018-03-22T14:11:00.003-07:002018-03-22T14:11:37.143-07:00A grande vergonha que cerca a morte de Marielle Franco<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; line-height: 107%;">Uns tentam usar o
assassinato, outros tentam culpar a vítima<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Por
David Coimbra, 16/03/2018,<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>www.zerohora.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 3.75pt; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sou um ser humano permanentemente perplexo com os
outros seres humanos. As pessoas não cansam de me surpreender. Acho que fazem
de propósito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quando soube do </span><a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/marielle-franco/"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">assassinato da vereadora Marielle</span></b></a><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">,</span></b><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> dias atrás, logo pensei: mais um assunto para incendiar as partes
opostas desse Brasil dividido. Nisso estava certo. Mas não imaginava que o
incêndio seria de tamanhas proporções. A coisa foi séria e grave.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 31.5pt; margin-bottom: 15.0pt; mso-outline-level: 3; text-align: center;">
<b><i><span style="color: #151316; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Marielle não
era uma "defensora de bandidos", nem morreu por isso. Ao contrário,
ela era tão contra os bandidos, que eles a mataram.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Confesso que não sabia da existência de
Marielle, </span><a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/seguranca/noticia/2018/03/vereadora-do-psol-e-morta-a-tiros-no-centro-do-rio-de-janeiro-cjerv2jso035o01r42l5wy8gd.html"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">até o dia de sua morte</span></b></a><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">.</span></b><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Só então fui me informar sobre ela. Não posso afirmar, portanto, que
sua atuação como política tenha sido de heroína ou de vilã. Mas alguns dados
temos, nós todos, à disposição. O mais importante é a forma como a vereadora
morreu: ela foi executada. Seu assassinato foi cometido por várias pessoas, que
a seguiam </span><a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2018/03/policia-investiga-participacao-de-segundo-carro-na-morte-de-marielle-franco-cjetq7da703jq01p43m0fpxir.html"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">em pelo menos dois carros</span></b></a><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">.</span></b><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os homens que cometeram esse crime, obviamente, são
bandidos. Eles queriam se livrar de Marielle, queriam eliminá-la, decerto
porque ela os estava atrapalhando em suas atividades. Logo, Marielle não era
uma "defensora de bandidos", nem morreu por isso. Ao contrário, ela
era tão contra os bandidos, que eles a mataram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quem são esses bandidos? Da polícia? Do tráfico?
Não importa: são bandidos. Se Marielle exagerava na crítica à polícia, essa é
uma questão secundária. O fundamental é que ela foi vítima de bandidos, e não
por acaso. Não foi um latrocínio nem um caso passional: foi uma execução
cometida por profissionais que provavelmente fizeram o serviço por encomenda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Isso é uma das "partes opostas do Brasil
divido". Mas a outra também erra, e erra feio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Vou fazer ilustres ilustrações:</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">1.</span></b><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> A Executiva Nacional do PT divulgou nota dizendo
que o assassinato de Marielle e a condenação de </span><a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/lula"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Lula </span></b></a><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"fazem parte da mesma escalada autoritária do país".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">2. </span></b><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/dilma-rousseff"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Dilma Rousseff</span></b></a><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> disse que o assassinato de Marielle "faz parte do golpe de
2016".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">3.</span></b><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Artistas brasileiros postaram, nas redes sociais,
que "golpistas matam" e que Marielle morreu "por ser negra, por
ser mulher, por ser pobre".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Meu Deus. É desolador ver como a ideologia
embrutece o cérebro. Um homem rico e branco poderia ter sido assassinado nas
mesmas condições de Marielle. Muitos já o foram. A violência atinge a todos no
Brasil. Mais aos pobres, é verdade, mas ricos e remediados também sofrem e
também sentem medo, e ninguém é dotado da capacidade de medir medo e
sofrimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Prosseguindo: Lula não foi condenado porque está
havendo "uma escalada autoritária". </span><a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2018/01/por-unanimidade-trf4-mantem-condenacao-de-lula-e-aumenta-pena-para-12-anos-de-prisao-cjcthncd903xm01ke8pmeyxg4.html"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Lula foi condenado por corrupção</span></b></a><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">.</span></b><span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E, por fim, a ex-presidente ter relacionado sua
expulsão do poder com um assassinato é uma tentativa vil de usar a morte de uma
pessoa para se vitimizar. O raciocínio torpe e subjacente que fazem Lula, Dilma
e o PT é que, se eles ainda estivessem no poder, Marielle não teria sido
assassinada. Argh.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24.0pt; margin-bottom: 5.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #151316; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.25pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O assassinato de Marielle é uma tragédia para sua
família, uma frustração para seus eleitores, uma afronta para as autoridades e
uma tristeza para todo o Brasil. Os protestos que pediram justiça são, de certa
forma, um pequeno consolo. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mas as
manifestações dos que tentam culpar a vítima pelo crime que sofreu ou dos que
tentam se valer da sua desgraça em proveito próprio, isso é a vergonha. É a
grande vergonha.<o:p></o:p></b></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-11334532125699970762018-03-04T14:41:00.000-08:002018-03-04T14:41:50.039-08:00Esqueçam o que escrevi<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #666666; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O ex-ministro Sepúlveda Pertence quer, agora, que o STF desrespeite uma
norma que ele mesmo defendeu como ministro: a concessão de habeas corpus a
Lula, que já teve o pedido negado em outros tribunais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #333333; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">PAPEL
INVERTIDO</span></b><span style="color: #333333; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Advogado de Lula, Sepúlveda
Pertence quer que o STF rasgue uma súmula escrita por ele próprio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por
Ary Filgueiras, 16/02;2018, <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">www.istoé.com.r<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: white; font-family: "inherit",serif; font-size: 8.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">7.6K</span><span style="color: black; font-family: "inherit",serif; font-size: 1.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A defesa de Lula usa de todos os métodos para evitar que ele acabe
na prisão. Até mesmo os que contrariam uma Súmula do Supremo Tribunal Federal
(STF), que no passado foi escrita pelo ex-ministro Sepúlveda Pertence,
recém-contratado como advogado do ex-presidente. Depois de desferir pedidos de
habeas corpus preventivos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal
Federal (STF), ambos prontamente negados, os causídicos do petista estão
recorrendo a meios de apelação que no passado o próprio Sepúlveda combateu e
que impediram o relator da Lava Jato na Suprema Corte, ministro Edson Fachin,
de conceder a liminar em favor da manutenção da liberdade ao ex-presidente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ministro do STF entre 1989 e 2007 ironicamente agora Sepúlveda pede a
supressão da Súmula 691 que ele mesmo ajudou a construir em 2003, quando usava
toga. Coincidentemente, o dispositivo surgiu ainda no primeiro ano do governo
Lula, hoje seu cliente. A normativa veda a concessão de habeas corpus cuja
liminar já tenha sido negada anteriormente por outro tribunal superior, como é
o caso do ex-presidente, condenado a 12 anos e um mês pela 8ª Turma do Tribunal
Regional da 4ª Região (TRF-4), que recorreu ao STJ e não teve acolhido seu
pedido de apelar da sentença em liberdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 2005, durante o julgamento do caso em que o publicitário Roberto
Justus era acusado de crime tributário e tentava obter um habeas corpus para
trancar o processo, o ministro Cezar Peluso propunha a revogação da Súmula 691.
Quando chegou o seu momento de proferir o voto, Sepúlveda foi categórico: “E,
depois de décadas de vivência diária nesta Casa, convenço-me, realmente, de que
o exagero na ambição de a tudo prover imediatamente acaba, dados limites
humanos e temporais de sua capacidade, por inibi-la de desempenhar o seu papel
inafastável. Mantenho a Súmula”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Prisão
em segunda instância</span></b><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apesar de negar o pedido de liberdade a Lula, Fachin não enterrou o
assunto de vez. Resolveu submetê-lo ao plenário do STF, que ainda não decidiu
quando irá apreciar o tema. O gesto do ministro foi criticado no meio jurídico.
O ex-ministro do STF Carlos Mário Velloso não encontra brecha na Súmula 691
para o STF conceder a liminar. A seu ver, a defesa de Lula só teria êxito se
houvesse ilegalidade ou violência aos direitos do réu, o que não é o caso. “O
Supremo verificará se houve violência à liberdade, o que não há, porque nem
preso ele está. Em segundo lugar, a possibilidade de ele ser preso assenta-se
no entendimento do próprio STF: de que a execução se inicia após a decisão do
tribunal do segundo grau”, pondera Velloso. Na última semana, a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também se manifestou contra a
liminar ao ex-presidente petista. Em seu despacho, foi categórica: “A decisão
está fundamentada e resulta de juízo exaustivo e definitivo sobre fatos e
provas”. Ou seja, cumpra-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Para
o ex-presidente do STF Sepúlveda Pertence, a Justiça não é apenas cega. Também
não tem memória</span></b><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-68098128265127614582018-03-04T14:34:00.000-08:002018-03-04T14:34:02.019-08:00Eles não têm vergonha na cara<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vergonha é uma das palavras mais
pronunciadas no Brasil. Não é por excesso. É por falta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Augusto Nunes, 25/06/2017, <o:p></o:p></span></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">www.veja.com.br</span></b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-line-height-alt: 8.25pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-line-height-alt: 8.25pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">DE ONDE VÊM AS PALAVRAS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt;">
<b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; letter-spacing: -.75pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Texto de Deonísio da Silva</span></b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Constituição do Brasil poderia ter apenas dois
artigos: “Art. 1º Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara. Art. 2º
Revogam-se as disposições em contrário”.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Este
modelo de Constituição foi proposto pelo historiador Capistrano de Abreu,
professor do Colégio Pedro II, no Rio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vergonha
veio do Latim </span><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">verecundia</span></i><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">,</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> palavra composta dos </span><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">étimos <i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">vereri</span></i>,</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> ter medo respeitoso, presente
também em reverência, reverendo, reverendíssimo etc. E<i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> </span></i></span><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">cundia</span></i><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">,</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
abundância, indica que este medo respeitoso é muito grande. Mais do que medo, é
temor, pois não há lei que pegue sem temor de que à transgressão segue a
punição, o castigo. Dante conseguiu mais católicos com o medo do Inferno como
descrito na<i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> Divina Comédia</span></i> do que os padres com seus
sermões! E o castigo deve vir rápido. “O castigo vem a cavalo” é outro de
nossos ditados. Vem a cavalo porque o cavalo foi o meio de transporte mais
rápido até o trem, inventado apenas no século XIX!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vergonha
é uma das palavras mais pronunciadas no Brasil. Não é por excesso. É por falta.
Será que somos um povo sem-vergonha? Muitos autores atestam que o povo tem
muita vergonha, </span><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">mas nossa classe dirigente tem pouca ou nenhuma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há
controvérsias, como sempre. A falta de vergonha não é exclusividade de nenhum
dos três poderes. Embora seja costume nacional atribui-la apenas aos políticos,
ninguém pode negar que o brasileiro adora uma sem-vergonhice.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Todo
sem-vergonha teve muitos que votaram nele para que fosse eleito! E eleito quer
dizer escolhido! Quem escolheu o sem-vergonha, é sem-vergonha também ou foi
enganado? Por isso, é importante o eleitor saber se está bem representado, se
soube escolher. Porque depois não adianta se queixar! Nem do vice! Pois no
Brasil, desde Floriano Peixoto, vice assume! José Sarney assumiu, Itamar
assumiu e Michel Temer assumiu! Três vices assumiram desde 1985. De dez em dez
anos, em média, no Brasil um vice assume!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Entretanto,
uma das mais severas admoestações feitas a nós, brasileiros, desde a infância,
proferidas por pais, irmãos mais velhos, avós, outros parentes, professores e
amigos, está contida numa pergunta singela: não tem vergonha na cara, não?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ninguém
tipificava o crime ou conferia a lei ou o artigo onde o sem-vergonha se
encalacrara. O infeliz reconhecia a transgressão, tão logo fosse admoestado e
procurava emendar-se. Hoje, ele recorre!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O bordão
“é uma vergonha” tornou-se ainda mais popular depois de tomado como
fecho-padrão pelo jornalista Boris Casoy em seus comentários na apresentação de
telejornal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas por
que “vergonha na cara?”. Aí é que está. Ditados muito antigos dão conta de que
facada, tiro, porrada e bomba são menos graves do que um tapa na cara. O tapa
(no Sul é masculino) e a tapa (no Norte é feminino) são humilhantes em qualquer
estado brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O soco,
murro de mão fechada, não é tão humilhante. Olho roxo pode ser sinal de
valentia. Nem o famoso pontapé na bunda é mais humilhante do que receber um
tapa na cara. Capistrano de Abreu observa que, de acordo com as crenças
populares, “Nosso Senhor tudo sofreu, mas não teve pontapés” e que “os escravos
reclamavam” deste castigo, pois “pontapé é pra cachorro”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
problema está na cara! César, quando em guerra civil contra Pompeu, recomendou
a seus soldados, quase todos veteranos, que procurassem feri-los no rosto (<i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Miles, faciem feri!</span></i>). Vaidosos de sua juventude e
beleza, os recrutas de Pompeu debandariam como, de fato muitos deles o fizeram.
Morrer em combate, tudo bem! Mas voltar com o rosto sangrando por ter apanhado
na cara, não!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nem
faltou a justificativa bíblica de que Deus fez o Homem à sua imagem e
semelhança. As cortes católicas trouxeram para o Brasil o conceito de que a
cara da pessoa é sagrada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em suma,
está na cara que ter vergonha na cara é importante sob qualquer ponto de vista.
E é indispensável que os brasileiros que perderam a vergonha – eis aí outra
expressão muito interessante – voltem a tê-la. E voltem a tê-la na cara!<o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-50991151864126409392018-03-04T14:22:00.000-08:002018-03-04T14:22:07.847-08:00O delírio da certeza<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por Murilo de
Aragão, 23/20/2018,<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>www.istoé.com.br<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: white; font-family: "inherit",serif; font-size: 8.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">344</span><span style="font-family: "inherit",serif; font-size: 1.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Duas coisas
fundamentais para o viver: a dúvida e a confiança. O mundo gira em torno desses
dois sentimentos. Tanto a dúvida quanto a confiança nos impulsionam. Ambos,
porém, estão em falta no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ainda que possa
parecer paradoxal, os idiotas têm muitas certezas. Já os sábios têm dúvidas e
confiança na necessidade de buscar respostas. No Brasil, os idiotas fazem mais
barulho do que os homens comuns e os sábios. A certeza é outro componente da
questão central da dúvida e da confiança. Mas é uma vulgata, já que a certeza
foi vulgarizada pela sua banalização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sem dúvidas e
desconfiando de tudo, os adoradores do “não é possível que” utilizam essa
expressão como abertura dos trabalhos mentais para, adiante, concluí-los com um
“com certeza”. Em especial, nas respostas prontas a perguntas que visam
respostas ratificadoras ao que é perguntado. Do tipo entrevista de rua sobre o
BBB.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nesse caso,
perguntado e perguntador são hamsters que dividem a roda onde correm para ficar
no mesmo lugar. É o prazer de atender à expectativa de quem pergunta e encaixar
a sua previsível resposta em um quebra-cabeça de e para debiloides. Hoje, no
mundo, existe uma conspiração contra os especialistas. Ironicamente, o tema é
tratado por alguns especialistas e não é revanchismo. Milhares de
subcelebridades e celebridades falam sobre tudo com aparente propriedade e são
validados pela mídia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Muitas vezes a
mídia opera para transportar o que a mediocridade majoritária quer ouvir e/ou
manipular os sentimentos de acordo com as suas expectativas. Ignorantes são
indagados e respondem o que serve para validar o que se quer mostrar ao
público.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Atualmente, sabemos
mais em volume de informação do que sabia Michel de Montaigne em 1580. Contudo,
o que ele sabia vale muito mais do que o que sabemos hoje em termos de
filosofia. Na roda do hamster, quanto mais sabemos menos sabemos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O que fazer? Pela
ordem: duvidar de tudo; desejar e esperar o melhor, mas estar preparado para o
pior. Saber ao certo em quem confiar e não ser capturado pelo “não é possível
que”, que leva, “com certeza”, a conclusões preconcebidas e rasteiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Os idiotas têm muitas certezas. Já os
sábios têm dúvidas e confiança na necessidade de buscar respostas. No Brasil,
os idiotas fazem mais barulho do que os homens comuns e os sábios</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #262626; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-42065989890688177082018-03-01T14:55:00.001-08:002018-03-01T14:55:07.800-08:00Dois pesos e duas medidas<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por Ricardo
Amorim 23/02/2018, <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">www.istoé.com.br<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: white; font-family: "inherit",serif; font-size: 8.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">1.4K</span><span style="color: black; font-family: "inherit",serif; font-size: 1.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Brasil criou o péssimo hábito de não tratar todos da mesma forma. Pior
ainda, o costume ficou tão arraigado que já nem nos chocamos mais. Enquanto
funcionários públicos se aposentam com aposentadoria integral, a maioria dos
brasileiros têm de se contentar com uma fração disso. Enquanto a Justiça para a
maioria dos brasileiros é uma, para os que gozam de foro privilegiado é outra.
Enquanto juízes e legisladores têm auxílios diversos, a maioria dos brasileiros
nem sabe o que é isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O mais novo caso em que os mais fracos receberam tratamento de cidadãos
de segunda classe refere-se ao Refis, o programa de refinanciamento de dívidas
do governo federal. Como é de conhecimento geral, o Congresso Nacional aprovou
um projeto que beneficia grandes empresas com o parcelamento de dívidas
tributárias com a União. Na sequência, ele aprovou por unanimidade um projeto
que estende o mesmo benefício aos pequenos negócios, nos mesmos parâmetros do
que foi concedido às grandes empresas. O governo federal sancionou o projeto
que concede os benefícios às grandes empresas, mas vetou aquele que concederia
os mesmos benefícios às micro e pequenas empresas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A justificativa para o veto presidencial foi que esse projeto pioraria a
situação das contas públicas. A justificativa é verdadeira, mas inaceitável, já
que ela foi desconsiderada no caso das grandes empresas. Além de não ser
isonômico, o tratamento diferenciado é injusto e contraproducente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As micro e pequenas empresas são responsáveis por mais da metade dos
empregos no País e mais vulneráveis a crises econômicas, como a que atingiu o
Brasil nos últimos anos. Segundo a Serasa, o número de MPEs inadimplentes
cresceu 10,8% em 2017 em relação ao ano anterior, sendo o oitavo mês seguido de
alta do indicador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Além disso, nossa carga tributária é uma das mais elevadas entre os
países emergentes e, ainda assim, os serviços públicos deixam muito a desejar.
Fica claro que o problema essencial das finanças públicas não é falta de
receitas, mas a corrupção e o excesso de gastos e desperdícios, incluindo
diversos casos em que alguns recebem privilégios não estendidos a todos os
brasileiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Seria bom se o Congresso revertesse esse quadro, derrubando o veto
presidencial e garantindo que pequenas e grandes empresas recebam o mesmo
tratamento. Movimentos já estão acontecendo e estratégias estão sendo pensadas
para isso. Imagine o País que poderíamos construir se todos fossem tratados da
mesma forma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">O governo federal sancionou o projeto
que concede os benefícios às grandes empresas, mas vetou aquele que concederia
os mesmos benefícios às micro e pequenas empresas</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></b></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-38703814605267695092018-03-01T14:52:00.002-08:002018-03-01T14:52:39.284-08:00URGENTE: Lula é condenado a nove anos e meio de cadeia<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Juiz Moro o sentenciou por corrupção
e lavagem de dinheiro. É a primeira vez na história do Brasil que um
ex-presidente é condenado por receber propina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Rodrigo Rangel, 12/07/2017,<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>www.veja.com.br</span></b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-line-height-alt: 8.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
juiz </span><a href="http://veja.abril.com.br/noticias-sobre/sergio-moro"><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #005297; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">Sergio Moro</span></b></a><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"> condenou </span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">o ex-presidente<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> </span></b></span><a href="http://veja.abril.com.br/noticias-sobre/luiz-inacio-lula-da-silva"><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #005297; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">Luiz Inácio Lula da Silva</span></b></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> a nove anos e meio de <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">prisão</span></b> pelos crimes de corrupção passiva e lavagem
de dinheiro. A </span><a href="http://veja.abril.com.br/politica/veja-a-integra-da-sentenca-de-moro-que-condenou-lula/"><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #005297; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">sentença</span></b></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, anunciada nesta quarta-feira, é a decisão
derradeira de Moro no processo em que o petista foi acusado pela força-tarefa
da </span><a href="http://veja.abril.com.br/noticias-sobre/operacao-lava-jato"><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #005297; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">Lava-Jato</span></b></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> de receber </span><a href="http://veja.abril.com.br/noticias-sobre/oas"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #005297; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">propina da OAS</span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, uma das
empreiteiras do chamado clube do bilhão, que se refestelou nos últimos anos com
contratos bilionários na Petrobras. Entre as vantagens recebidas por Lula,
segundo a acusação, está um apartamento </span><a href="http://veja.abril.com.br/noticias-sobre/triplex-de-guaruja"><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #005297; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">tríplex no balneário do Guarujá</span></b></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, em São Paulo. É a primeira vez
que um ex-presidente do Brasil é condenado por <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">corrupção</span></b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pouco
menos de dez meses se passaram entre a acusação formal feita pelos procuradores
da Lava-Jato e a sentença do juiz Moro. Ao acusar Lula, a força-tarefa apontou
o ex-presidente como “chefe” do esquema de corrupção montado na Petrobras e o
acusou de participar, em parceria com a OAS, do desvio de mais de 87
milhões de reais dos cofres da estatal. “Após assumir o cargo de presidente da
República, Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de
recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à
perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras
campanhas eleitorais”, escreveram os procuradores. “Lula era o maestro dessa
grande orquestra”, chegou a dizer, na ocasião, o coordenador da força-tarefa,
Deltan Dallagnol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De acordo
com a denúncia, Lula recebeu 3,7 milhões de reais em vantagens indevidas
pagas pela OAS. A maior parcela, 1,1 milhão de reais, corresponde ao
valor estimado do tríplex, cujas obras foram concluídas pela empreiteira. Os
procuradores sustentaram ainda que a companhia gastou 926.000 reais para
reformar o apartamento e outros 350.000 reais para instalar móveis planejados
na unidade, sempre seguindo projeto aprovado pela família Lula. A acusação
inclui 1,3 milhão de reais que a OAS desembolsou para pagar uma empresa
contratada para armazenar bens que o petista levou para São Paulo após deixar a
Presidência da República. Desde o início da investigação que deu origem à
sentença agora proferida por Moro, Lula sempre negou ter recebido vantagens da
OAS. O ex-presidente ainda é réu em outros quatro processos.<o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-47875476967520077152018-03-01T14:49:00.000-08:002018-03-01T14:49:26.946-08:00O Carnaval do vale-tudo<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por </span></b><a href="https://istoe.com.br/coluna/marco-antonio-villa"><b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;">Marco
Antonio Villa</span></b></a><b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">, 16/02/2018,
<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">www.istoé.com.br<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 0%; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: white; font-family: "inherit",serif; font-size: 8.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">478</span><span style="color: black; font-family: "inherit",serif; font-size: 1.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Carnaval acabou. Ainda
bem.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É muito difícil encontrar no calendário das festas brasileiras (e haja
festa!) Uma tão patética como o Carnaval.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Instrumentalizado por interesses os mais diversos. Ocupa um espaço
absolutamente desproporcional na mídia à sua importância e na própria ação do
poder público.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A mídia dedica à festa espaços generosos. O processo tem início,
especialmente, um mês antes da festa. Detalhes os mais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bizarros </b>possíveis são transformados em notícias importantes. Somos
informados de pormenores ínfimos sobre as fantasias, os enredos, os destaques
(geralmente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">celebridades</b> do mundo
vulgar da cultura de massa), as “rainhas de bateria” e seus preparativos para o
desfile - em suma, não há nada que fique de fora. Nos últimos anos, além dos
desfiles das escolas de samba, os blocos adquiriram grande importância. E
também sobre seus dirigentes e componentes a mídia reserva ampla cobertura,
inclusive porque alguns desfilam antes do Carnaval preparando-se para a festa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não há no mundo uma comemoração tão anunciada, tão longa - os quatro
dias de folia foram sendo paulatinamente ampliados -, tão noticiada como o
Carnaval brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A separação do público e do privado de há muito foi abolida. Blocos e
camarotes privados ocupam as ruas e avenidas. Realizam grandes negócios. E ainda
recebem a proteção especial da segurança pública - isso onde ainda há
segurança…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A massiva cobertura - especialmente da televisão - amplifica a festa.
Mais que isso: transforma o Carnaval em modelo para o País. Personagens <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pífios</b> são transformados em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">celebridades</b>. Viram referências <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">artísticas e morais</b>. Nas entrevistas
tecem considerações <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bizarras</b>. Tudo o
que falam é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">glorificado</b>. Há,
implícito, um desprezo pela cultura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse ano o Carnaval atingiu o ponto máximo no campo da mediocridade -
sem que nos anos anteriores tenha sido comedido, vale ressaltar. Virou um
verdadeiro salve-se quem puder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não há nenhum paralelo. Cada celebridade buscou<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> aparecer</b> mais que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">outra</b>.
Escandalizar virou o<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> mote </b>preferido
das personalidades <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">midiáticas</b>. E o
poder público, de olho no politicamente correto, incentivou tal comportamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Carnaval acabou servindo como uma boa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">metáfora </b>da profunda crise por que passa o Brasil, um país sem
rumo. E crise no sentido mais amplo possível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Esse
ano atingiu o ponto máximo de mediocridade. E o poder público, de
olho no politicamente correto, incentivou tal comportamento</span></b><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-55178774105031391382018-02-16T15:09:00.000-08:002018-02-16T15:09:06.048-08:00Carnaval do setor público<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por Rodrigo Constantino, 08/02/2018,<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>www.istoé.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A vida é dura, especialmente para o brasileiro, e o leitor tem
total direito de relaxar um pouco no clima carnavalesco. Mas o assunto aqui é
muito sério, e se trata do carnaval do setor público. Os privilégios da casta
superior que ocupa os cargos de governo são simplesmente insustentáveis, e sem
uma reforma liberal nossa economia estará fadada ao abismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Existe algo muito perto de uma luta de classes no Brasil, mas os capitalistas
não são os exploradores, como queria Marx, e sim os explorados, ao lado dos
trabalhadores. São eles que precisam ralar dobrado para sustentar um Estado
inchado, com muitos marajás. Não há onde essa discrepância seja maior do que
nas aposentadorias. O rombo da Previdência dos servidores públicos está
chegando a incríveis R$ 300 bilhões! Em todas as esferas de poder há déficits
crescentes, e a aposentadoria consome parcelas significativas da arrecadação
fiscal. A conta não fecha. Ou algo é feito agora, ou será catastrófico nosso
amanhã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O governo Temer parece ter desistido da reforma previdenciária. A
Prefeitura de São Paulo, por sua vez, ainda insiste na batalha, apesar de forte
resistência dos grupos de interesse. O déficit do Regime Próprio de Previdência
Social do Município de São Paulo foi de quase R$ 5 bilhões em 2017 (mais de 10%
da receita municipal), e a gestão de João Doria apresentou um projeto de lei na
Câmara de Vereadores para reformular o sistema e trazer os servidores públicos
para um regime autossustentável, sem privilégios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A reação, claro, não tardou. Os sindicatos de servidores, especialmente
da educação, já estão anunciando greve e mobilizando seus vereadores para o
confronto inevitável. Mas para bancar essa farra dos servidores, a sociedade
paga o pato. O valor que sobrou para investimento na cidade foi de apenas R$
1,1 bilhão. Faltam obras, políticas públicas do interesse de todos, pois os
funcionários aposentados consomem o grosso do orçamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A solução não pode vir do aumento de arrecadação, pois o Brasil já tem
imposto demais, e isso representa um fardo enorme nas costas de quem produz
riqueza. Além disso, as despesas com os aposentados crescem em ritmo bem maior
do que as despesas com os servidores ativos. Há um problema estrutural, que
simplesmente não pode ser solucionado com mais receita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Trocando em miúdos, ou o Brasil enfrenta o problema dos gastos públicos
com coragem e transparência, ou teremos problemas econômicos ainda mais graves
em breve. O carnaval pode estar animado, mas depois vem a realidade. E a dura
realidade é que o carnaval do setor público impede o povo trabalhador de ser
feliz durante o resto do ano. Passou da hora de declarar guerra aos privilégios
do setor público.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #d00018; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Os privilégios da casta que ocupa o governo
são insustentáveis. Sem uma reforma liberal, nossa economia estará fadada ao
abismo</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #262626; font-family: "inherit",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></b></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-71732356632880487702018-02-12T14:29:00.000-08:002018-02-12T14:29:03.530-08:00Por que procuradores do Rio evitaram investigar Sérgio Cabral<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 27.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 9.0pt; mso-outline-level: 3; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ÉPOCA obteve a íntegra das
investigações arquivadas desde 2011. Os documentos demonstram como os processos
foram engavetados<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Por
Juliana Dal Piva, 09/02/2018,<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">www.época.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 21.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Segunda-feira, 11 de dezembro de 2017. Passava pouco das 10
horas da manhã quando começou a reunião dos procuradores no chamado Órgão
Especial do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o principal colegiado da instituição que
agrega 22 jurisconsultos. </b>Naquele dia, a pressa por compromissos alheios ao
encontro fez o procurador-geral de Justiça, José Eduardo Gussem, pedir uma
inversão da pauta. Antes de avaliar os processos, ele pediu para começar o dia
pelo último item, os assuntos gerais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">DESCOBERTA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sérgio Cabral governou o Rio de Janeiro
sem que a “farra dos guardanapos” ou os afagos a amigos com contratos públicos
fossem investigados pelo Ministério Público Estadual<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">A sala ampla destinada às reuniões fica situada no 9º andar
do prédio das procuradorias de Justiça, no centro do Rio. Durante esses
momentos de deliberação, os membros do colegiado ficam sentados em duas
bancadas postadas uma em frente à outra. Elas são unificadas em uma das pontas
por uma mesa ao centro, destinada ao procurador-geral. As reuniões são
obrigatoriamente públicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Logo depois da aprovação da ata, Gussem cedeu a palavra ao
procurador Alexandre Viana Schott, que veio apresentar ao grupo uma proposta.
Ele sugeria a criação de uma força-tarefa para dar celeridade a uma investigação
de improbidade administrativa contra o presidente da Assembleia Legislativa do
Rio, o deputado Jorge Picciani. Quatro dias antes, o Ministério Público Federal
havia denunciado criminalmente o deputado, que já estava preso. Desde 2016, o
MP do estado mantém sigilosamente uma investigação que envolve fatos
semelhantes. Por questão de competência judicial, só poderia processá-lo por
improbidade administrativa, o que não foi feito até agora. O pedido refletia a
tensão dos dias. Da tribuna, Schott defendeu que o MP estadual precisava agir.
As inúmeras denúncias contra o ex-governador<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b></span><a href="http://epoca.globo.com/tudo-sobre/noticia/2016/11/sergio-cabral.html"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%; text-decoration: none; text-underline: none;">Sérgio Cabral</span></b></a><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"> chegavam naquele momento aos
outros caciques do partido no estado; já tinham atingido antes os integrantes
do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tribunal de Contas do Estado</b>
(TCE). Um dos quais, o ex-presidente Jonas Lopes, admitia participar de esquema
destinado a fraudar contratos e corromper agentes públicos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Aos poucos, crescia um burburinho de que não era apenas o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">TCE </b>que tinha feito vista grossa aos
desvios de Cabral e da cúpula do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">MDB</b>
fluminense. Não demorou para que fossem lembrados os arquivamentos das
investigações pedidas desde o início da gestão de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sérgio Cabral.</b> Um artigo do jurista Joaquim Falcão deixou os
membros do MP engasgados. Ex-membro do Conselho Nacional de Justiça, Falcão
descreveu a teia que envolvia Cabral e os órgãos de controle do estado e chamou
o MP de “necessário, mas inerte”. O texto logo virou debate em um grupo no
WhatsApp da instituição, com mais de 100 membros. “Cobra-se o MP por não ter
atuado”, disse Schott. E, no que pareceu um desabafo, o orador elencou o
histórico de procedimentos contra <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cabral
</b>arquivados pela instituição e, nas palavras dele, “amplamente denunciados
pela imprensa”. Schott passou então a lembrar o enredo das denúncias que
antecederam as ações da Operação Lava Jato, sobretudo a proximidade de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cabral</b> com empresários como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fernando Cavendish e Eike Batista.</b> Na
defensiva, o procurador-geral negou o pedido de Schott de instalação de uma
força-tarefa, alegando que o grupo de Combate à Corrupção do MP estadual estava
cuidando do caso aberto contra Picciani. Assegurou que a “resposta” seria dada.
Argumentou que a força-tarefa do MPF foi criada a partir das delações premiadas
em 2014. Por fim, se esquivou: “Fora isso desconheço qualquer denúncia contra
governador ou ex-governador deste estado”. O desabafo de Schott, porém,
encorajou outros colegas presentes na reunião a cobrar uma posição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">“Nós falhamos e temos
de reconhecer. Essa instituição e todos os seus integrantes só vão crescer
quando tiverem a coragem de enfrentar as próprias feridas”, admitiu, com uma
voz grave, a procuradora Márcia Tamburini.</span></b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"> “Gostaria que a minha instituição tivesse ao menos
investigado as suspeitas”, criticou ela. O procurador Márcio Klang disse que
poderia parecer antipático, mas respaldava o pedido do colega. “Nunca é demais
pedir prioridade naquilo que é prioritário”, sustentou Klang, como se fosse o
conselheiro Acácio, o personagem das obviedades de Eça de Queirós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">A discussão durou quase uma hora e meia. Não teve
consequências práticas, nem mesmo marcou uma mudança em relação ao histórico de
decisões desde a gestão Cabral. Foi o máximo de autocrítica a que o Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro chegou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">"Nunca é demais
pedir prioridade naquilo que é prioritário" </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">MÁRCIO
KLANG, PROCURADOR, NA TENTATIVA ACACIANA DE CONVENCER COLEGAS A INVESTIGAR
CABRAL/PICCIANI.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Há anos a temperatura dessas reuniões colegiadas se abrasa toda
vez que o assunto é a cúpula do MDB no Rio. E, embora as delações premiadas
tenham inaugurado um momento inédito do Judiciário brasileiro, um olhar atento
sobre os principais inquéritos abertos no Rio contra Cabral permite facilmente
identificar o que faltou para que fossem adiante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">ÉPOCA obteve, após um pedido de acesso à informação, a
íntegra das investigações arquivadas desde 2011. Os documentos demonstram que,
naquele período, os inquéritos se estendiam por cerca de um ano, mas se
resumiam a trocas de ofício entre o procurador-geral e o então governador. O
conteúdo das explicações apresentadas por Cabral era usado como base para os
pedidos de arquivamento sem que ele fosse, muitas vezes, sequer checado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Seis anos depois, ao menos três procuradores que votaram ou
conduziram essas investigações integram o primeiro escalão da atual
administração do Ministério Público. O primeiro caso polêmico se instalou a
partir de 17 de junho de 2011, quando a queda de um helicóptero no litoral de
Porto Seguro, na Bahia, vitimou a namorada de Marco Antônio Cabral, filho do
ex-governador, e Jordana Kfuri, mulher de Cavendish. Na ocasião, todos se
dirigiam ao Jacumã Ocean Resort para a festa de aniversário de Cavendish.
Cabral deslocou-se para a Bahia em um jato Legacy do empresário Eike Batista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">O acidente tornou público o grau de proximidade do trio. Dez
dias depois do acidente, bombardeado pela imprensa, o então procurador-geral
Claudio Lopes abriu um inquérito. Em seguida, por ofício, solicitou que Cabral
fornecesse os “esclarecimentos” que julgasse “pertinentes” sobre os contratos
do estado com a Delta Construções S.A. e os benefícios fiscais concedidos ao
Grupo EBX. Não foi feito nenhum questionamento sobre os motivos pelos quais o
ex-governador usou o jato de Eike na viagem ou as circunstâncias da viagem. A
resposta do mandatário veio por meio de Régis Fichtner, secretário da Casa
Civil à época, e de Hudson Braga, então titular da Secretaria de Obras. Eles
listaram os benefícios fiscais obtidos por Eike, justificando que as empresas
atendiam os critérios estabelecidos pelo governo e listaram as obras pelas
quais a Delta era responsável. A principal explicação para a dispensa de
licitação naqueles contratos da empreiteira eram as tragédias em decorrência
das chuvas em Angra dos Reis, Niterói e na Região Serrana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Depois do ofício, o promotor Emerson Garcia, responsável pela
condução do procedimento à época, sugeriu ao procurador-geral o arquivamento e
descreveu que as suspeitas de favorecimento aos empresários ficavam apenas no
plano das “conjecturas”. Claudio Lopes acatou a sugestão e decidiu pelo
arquivamento. Por força da lei, no entanto, um arquivamento do procurador-geral
precisa ser analisado pelo Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). Lá,
o caso foi relatado pela procuradora Dirce Ribeiro de Abreu, que deu seu
parecer em 13 de junho de 2012 – um ano depois da queda do helicóptero.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">A BOLA DA VEZ<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Preso em operação de procuradores
federais, Jorge Picciani também está longe de investigação estadual.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Ela concordou com a opção de Claudio Lopes e escreveu que “as
suspeitas sobre eventual promiscuidade na relação entre o governo do estado e
empresários foram devidamente rechaçadas pela presente investigação”. Para ela,
havia uma “ausência clarividente” de que “a amizade entre o governador e os
empresários teria redundado em favorecimentos ilícitos a estes últimos”. E
ainda completou que o governador estava “livre para manter laços de amizade e
companheirismo com quem bem entender”. O procurador Sérgio Ulhôa Pimentel,
então conselheiro, chegou a pedir vista do processo, mas, posteriormente,
concordou com Dirce Abreu e Claudio Lopes. Pimentel argumentou que não se
poderia fazer uma “devassa” nos contratos porque eles passaram pelo crivo do
TCE. Não se havia apontado nenhuma “irregularidade real”. Sob discordância de
alguns integrantes, o arquivamento foi confirmado por maioria no fim de junho
de 2012. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Nesse mesmo período, já havia sido aberto inquérito sobre as
viagens de Sérgio Cabral e seu secretariado a Paris, episódio que ficaria
conhecido como a “farra dos guardanapos”. A ausência de perguntas do MP se
repetiu. As diferentes imagens mostravam cenas de momentos distintos. Algumas
foram registradas em 2009, durante o aniversário de Adriana Ancelmo, mulher de
Cabral, em um jantar em Mônaco no qual o casal estava acompanhado de Cavendish.
Outras mostravam uma festa em Paris na qual alguns secretários de Cabral
apareceram dançando com guardanapos atados na cabeça – também em 2009. Em 8 de
maio de 2012, Claudio Lopes, ainda procurador-geral, encaminhou ao
ex-governador um pedido de informação sobre as viagens noticiadas na imprensa,
a comitiva que o acompanhou e a justificativa de cada uma delas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">RELAÇÕES PERIGOSAS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Marfan Vieira Martins foi
procurador-geral durante o governo de Sérgio Cabral e jantou com o deputado
Edson Albertassi, às vésperas da prisão deste em Operação da Polícia Federal. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Cabral</span></b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"> emitiu um ofício de resposta logo no
dia seguinte. No documento, sustentou que as imagens publicadas tratavam de duas
viagens distintas ocorridas em 2009. Segundo o ex-governador, a primeira teria
sido custeada com recursos próprios e era privada, por ocasião do aniversário
de sua mulher. Ele não apresentou qualquer comprovante e sequer mencionou a
data específica dessa ocasião. Já a segunda viagem, em Paris, teria caráter
oficial e o ex-governador listou a série de compromissos relacionados à
campanha pela escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016. Oito meses se
passaram sem que nenhum outro pedido de informação da procuradoria-geral a
Cabral fosse realizado. Em 9 de janeiro de 2013, o procurador Charles Van
Hombeeck Junior, designado por Claudio Lopes para o caso, “à míngua de qualquer
indício de ilegalidade”, opina pelo arquivamento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Nesse período, terminou o mandato de Claudio Lopes e Marfan
Vieira Martins foi eleito procurador-geral de Justiça do Rio. De modo
irregular, o inquérito sobre as viagens não foi enviado para o Conselho
Superior do MP e ficou esquecido por outros quatro meses. Quando ele finalmente
chegou ao órgão, um ano depois de sua abertura, o relator Alexandre Araripe
Marinho não se deu por satisfeito e solicitou mais explicações. Questionou as
datas em que cada situação ocorreu e a declaração de que não houve pagamento de
passagens e diárias na viagem particular. Pediu comprovantes dos compromissos
oficiais. Mas as perguntas pararam por aí. Um novo ofício de Régis Fichtner,
chefe da Casa Civil, afirmou que não houve pagamento e foi o suficiente para o
relator do caso. Assim, em 15 de outubro de 2013, um ano e meio depois da
divulgação das fotos, Marinho pediu o encerramento dos trabalhos. Ele
considerou que o “noticiário sobre as viagens a Paris parece ser requentado ou
mais do mesmo” em relação ao publicado um ano antes e concluiu pela “inexistência
de indícios”, tanto para uma ação civil pública como para o prosseguimento das
investigações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">As conclusões receberam severas críticas de quatro
integrantes do conselho, já que Cabral nem sequer comprovou o pagamento das
despesas na viagem. Após a apresentação do voto, dois conselheiros pediram
vistas e quatro solicitaram que fosse apurada a origem dos recursos da viagem.
O pedido não foi aprovado e, após muito bate-boca, em 11 de novembro de 2013, o
inquérito foi, enfim, arquivado por 6 votos a 4. Marfan Vieira Martins chegou a
registrar seu voto nos autos. Escreveu à época que “nem mesmo as ilações
formuladas pela imprensa” ofereciam um caminho para a investigação e “seria no
mínimo inusitado que o MP requisitasse do Chefe do Executivo a apresentação de
provas de que não praticou um ilícito”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Um dos últimos inquéritos de que Cabral foi alvo antes do fim
de seu mandato teve como foco o uso indiscriminado dos helicópteros do estado
para compromissos particulares, sobretudo as idas à casa de Mangaratiba. O
procedimento foi aberto na época em que se encerrava o das viagens a Paris, em
outubro de 2013, e seguiu o mesmo script. Foi arquivado sem delongas no ano
seguinte. Martins determinou que Sérgio Ulhôa Pimentel conduzisse a
investigação na procuradoria-geral. Paralelamente à apuração, os procuradores
sugeriram que o governador criasse uma norma para a utilização das aeronaves, o
que inexistia. Cabral atendeu por meio de um decreto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">O ex-governador informou ainda que o uso dos helicópteros se
deu devido a recomendações da Subsecretaria Militar da Casa Civil e da
Secretaria de Segurança devido a ameaças recebidas contra ele e a família por
causa da política de segurança implantada. A procuradoria chegou a solicitar à
Infraero as relações de voo dos seis meses anteriores aos flagrantes. Segundo
ele, foram identificadas três viagens em três meses. Assim, ao final, a
conclusão foi de que outra vez o assunto era tratado com exagero na imprensa. O
parecer de Pimentel aprovado por Martins afirma que o uso das aeronaves estava
“inteiramente justificado” tanto por “razões de segurança” como pela
“otimização de seu tempo, dado que é de conhecimento público a condição caótica
do trânsito da cidade do Rio”. O relator no conselho foi outra vez Alexandre
Marinho, que, igualmente, achou a explicação coerente. No caso de Mangaratiba,
segundo ele, seria até “questionável a economicidade da via terrestre em
relação ao transporte aéreo, tendo em vista o critério custo x
benefício”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">"É questionável a
economicidade da via terrestre em relação ao transporte aéreo, em vista do
custo/benefício" </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">ALEXANDRE ARARIPE MARINHO, PROCURADOR, EM
DEFESA DO USO DE HELICÓPTEROS POR CABRAL.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Cabral</span></b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"> nunca apresentou aos procuradores as
ameaças recebidas, as recomendações de segurança ou mesmo o custo aos cofres
públicos das viagens realizadas. Mas ele também não tinha sido questionado até
o momento. Novas rixas se instalaram. O procurador Claudio Henrique da Cruz
Viana pediu vistas e registrou que o MP, “lamentavelmente”, não investigou como
deveria. “Quis saber pouco.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">E m julho de 2014, foi mantido o arquivamento por 6 votos a
4. Pouco depois disso, a Operação Lava Jato chegava a Cabral, por meio da
delação premiada de Paulo Roberto Costa. Sérgio Ulhôa Pimentel, Alexandre
Araripe Marinho e Marfan Vieira Martins são todos subprocuradores-gerais de
Justiça, escolhidos pela atual chefia do MP. Dirce Abreu foi eleita para o
Órgão Especial do MP, e Claudio Lopes para o Conselho Superior do MP. Na outra
ponta, políticos e empresários estão envoltos até o pescoço com a Lava Jato.
Cabral foi condenado quatro vezes na primeira instância do Judiciário e acumula
sentenças que somam quase 90 anos de prisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br />
<br />
Hudson Braga está preso. Cavendish e Eike Batista cumprem prisão domiciliar.
Régis Fichtner responde ao processo em liberdade. Claudio Lopes também é alvo
de investigações devido a ações em sua gestão como procurador-geral. Ele
responde uma sindicância interna e um inquérito penal no CSMP, sob acusação de
vazar uma operação de busca e apreensão em 2010. Já Marfan Vieira Martins foi
flagrado pela Polícia Federal, às vésperas da Operação Cadeia Velha, jantando
com o deputado estadual Edson Albertassi, preso naquela ocasião. Os mais
críticos temem que, no caso de Picciani, acusado de enriquecimento ilícito, a
história se repita e nada seja apurado pelos procuradores do estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">O Ministério Público informou, por meio de nota,
que deve concluir até o final do mês a investigação de Picciani. Acrescentou
que as investigações de Cabral foram conduzidas de acordo com as informações
disponíveis à época e que novos elementos de provas só surgiram na Operação Lava
Jato. De acordo com a instituição, não cabe reavaliação das decisões tomadas anteriormente.<o:p></o:p></span></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-11549346560218980352018-02-02T14:00:00.001-08:002018-02-02T14:00:47.609-08:00“Razão x felicidade” e outras notas<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 15.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para
petistas, Lula foi condenado sem provas. Para mim, ele merece cadeia tanto pelo
que deixou de fazer pelo país como pelo que foi e ainda será condenado<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por Augusto Nunes, 01/02/2018, <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">www.veja.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Texto de Valentina de Botas<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Embarcaram
no metrô na estação Faria Lima sentido Paulista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELA: Você
disse na Vital Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELE: Eu
não disse na Vital Brasil, eu disse no Butantã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELA: Você
disse na Vital Brasil, tenho certeza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELE: Eu
disse no Butantã, até pensei que era na Vital Brasil, mas você disse no
Butantã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELA: Eu
não disse no Butantã, não diga o que eu não disse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELE: Você
disse no Butantã, que conhecia o lugar e que era no Butantã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELA: Mas
era você que estava com o endereço e disse que era na Vital Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELE: Eu
não disse na Vital Brasil, eu disse no Butantã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELA: Você
pensa ter dito Butantã, mas disse Vital Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELE: Você
nem escuta o que eu digo, não vai saber o que penso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">ELA: Você
que pensa. Tanto escuto que escutei você dizer na Vital Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Desceram
na estação seguinte ainda discutindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Variações
sobre o mesmo tema<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">“A
prisão é cabível, mas não deixa de causar certos traumas a prisão de um
ex-presidente</span></i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">” (juiz
Sérgio Moro, junho/2017, na sentença em que condenou Lula a 9 anos de prisão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">“A prisão
de Lula incendiaria o país”</span></i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> (Marco Aurélio, janeiro/2018, ministro do STF, em entrevistas
depois de o TRF4 confirmar a condenação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">“Lula
deve ser vencido nas urnas”</span></i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> (um monte de gente sem noção que nunca venceu Lula nas urnas e que
aparentemente ignora o trio de “eleitores” do TRF4). Tiremos nossas conclusões,
os cidadãos que cumprem a lei e, se não a cumprissem, nenhum juiz se
preocuparia com os traumas ou o poder comburente de nossa prisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para
petistas e alguns poucos analistas, Lula foi condenado sem provas. Para mim,
ele merece cadeia tanto pelo que deixou de fazer pelo país como pelo que foi e
ainda será condenado. Recebeu o Brasil pronto para crescer e ter consolidadas
as reformas iniciadas por FHC. Preferiu roubar como nunca para ficar no poder
para sempre, podando nosso futuro e nos mantendo num tempo arcaizante. Mesmo
solto com o seu PT que morre um pouco mais todo dia de petismo, que nunca mais
se erga da cova moral que sua alma e práxis obscenas cavaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">STF:
tese e antítese<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
guardião da Constituição Federal formou maioria no ano passado, sem concluir a
votação, determinando que a presunção da inocência, garantida na Constituição
então desguardada, já se desfaz com a condenação em segunda instância e o
condenado pode, a critério do juiz, ter a bondade de se encaminhar à cadeia
designada. A votação ainda precisa ser definida para a redação do acórdão, a
formalização da jurisprudência que pautará decisões futuras. Mas Cármen Lúcia,
em outra de suas frases de imprestável bolo de aniversário demagógico,
apequenou o STF ao recitar que não colocará o assunto em pauta porque o
Tribunal se apequenaria se mudasse a votação em função de Lula. Assim, fazendo
de Lula uma referência quando há outros casos esperando o fechamento da mesma
questão, a presidente do STF apequena a Corte e a si mesma num desgaste
triplamente desnecessário: outros ministros com casos pendentes terão de trazer
o assunto à pauta; se a decisão for mantida, Lula (se chegar a ser preso)
recorrerá e será solto em horas; se revista a decisão, Lula permanecerá solto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">STF:
síntese<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para
aqueles que continuam achando que ministro do STF tem de ser popular (só o
santo Antonin Scalia na causa!), deem um tempo nas pancadas em Gilmar Mendes,
olhem para o conjunto do STF e atentem para o lembrete: o relator da Lava Jato
no STF, o ministro que decide habeas corpus no âmbito da operação, é Edson
Fachin. Admirador do MST, cabo eleitoral de Dilma Rousseff e escolhido
republicamente por ela para o STF com todo o apoio de Álvaro Dias e João Stédile,
é ele quem decidirá o claro enigma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Soltem
Cabral, prendam Bretas<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É este o
bordão dos defensores do juiz Marcelo Bretas, criticado por ter recorrido de
uma decisão do Conselho Nacional de Justiça que veta a casais de juízes o
recebimento do imoral auxílio-moradia (garantido e ampliado por liminar do
ministro Luiz Fux, que há 4 anos evita sua apreciação). O infantilismo
patológico de marmanjos que enxergam mitos e salvadores da pátria em seres
humanos passíveis de erros, como quaisquer outros, leva juízes e procuradores
da Lava Jato a serem tratados (inclusive entre si) com a mesma adoração que
petistas dedicam a Lula e fanáticos admiradores de Bolsonaro devotam ao
deputado, numa ídolo-dependência que trava a objetividade. Por mais
extraordinário que seja o trabalho da Lava Jato, os respectivos integrantes não
pairam em dimensões superiores ao espírito humano. O mote da defesa a Bretas
traduz que o fato de o juiz ter condenado Cabral legitima o esbulho da
sociedade por uma casta de privilegiados. Confrontado no Twitter por rejeitar a
moralidade exigida nos outros, Bretas se inspirou em Mae West. A atriz dizia
que, arrependida da vida dissoluta que levava, decidiu mudar: parou de se
arrepender. Atracado a seus privilégios, Bretas também se arrependeu: resolveu
sair do Twitter. E assim, torna-se obrigatório evidenciar o óbvio para quem não
o vê cegado pelo fanatismo: o combate à corrupção dispensa auxílio-moradia,
auxílio-creche, auxílio-paletó, auxílio-livro, etc., e a mãe de todos os
auxílios: tudo livre de impostos. Quero os delinquentes punidos e o fim de
privilégios sustentados pelo Estado quebrado porque, entre ser roubada por uma
súcia de políticos e exaurida por uma casta de privilegiados, prefiro a
civilização. Tem jeito ou está difícil?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Coordenadas:
Cristiane Brasil<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
desnecessário ministro do Trabalho num inútil Ministério do Trabalho ser
determinante para a fundamental Reforma da Previdência reafirma: o modelo
presidencialista brasileiro se esgotou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Não
fique triste que este mundo é todo teu<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esta
chuva… este cheiro de dama-da-noite… estas reticências. Sei lá, né, Antônio
Maria? <i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">“A única maneira de lidar com um mundo sem liberdade é tornar-se
tão absolutamente livre que sua existência seja um ato de rebeldia”</span></i>,
frase de Albert Camus. Gosto dela e de outras tantas afirmações bacanas que
teorizam sobre fazer as coisas de um jeito inteligente, eficaz, bom, corajoso,
generoso, independente, livre, inovador, original, justo, certo, paciente,
arrojado e tal. Pena que não parece muito o jeito da gente, que a profundidade
retórica delas não alcance a trivialidade do real e nenhuma delas cogite a pia
cheia de louça, o metrô que parou por quase meia hora, o pensamento disperso no
cheiro de dama-da-noite que sobe do jardim do condomínio e invade a pequena sala
do apartamento já ocupada pela voz de Orlando Silva (ó jardineira, por que
estás tão triste/mas o que foi que te aconteceu?), a grana curta, a humildade
ou a coragem insuficientes para aceitar o que é imutável e mudar o que já não é
mais, sem falar desta espinha dispensável e inflamada no queixo. E a gente
ainda é chamada de exigente por querer resolver coisas tão triviais. Bem, só
posso terminar com outra frase, desta vez da Clarice Lispector: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">“Não aguento a resignação. Ah,
como devoro com fome e prazer a revolta”</span></i>.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-20808682985024487492018-01-11T13:10:00.006-08:002018-01-11T13:10:57.874-08:00Dinheiro que paga dívida trabalhista de Cristiane Brasil sai de conta de funcionária<div class="MsoNormal" style="line-height: 21.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: dimgrey; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dinheiro é usado para quitar acordo
de Cristiane Brasil com ex-motorista<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 21.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: dimgrey; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 21.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 7.5pt; mso-outline-level: 2; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black", sans-serif; font-size: 12pt;">Por
Juliana Castro, 06/01/2018,</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> www.oglobo.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">RIO — O dinheiro usado para pagar as parcelas de uma dívida
trabalhista que a futura ministra do Trabalho, Cristiane Brasil, tem
com um ex-motorista tem saído da conta bancária de uma funcionária lotada em
seu gabinete na Câmara. O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse
na sexta-feira que o Planalto não vai recuar da nomeação da deputada por causa
da condenação dela em uma ação trabalhista, e que a posse será na próxima
terça-feira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">PERFIL:</span></b><b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"> </span></b><b><span style="font-size: 16pt; line-height: 107%; text-decoration-line: none;"><a href="https://oglobo.globo.com/brasil/perfil-cristiane-brasil-filha-de-roberto-jefferson-22251283">Cristiane Brasil, a filha de
Roberto Jefferson</a></span></b><b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Cristiane foi processada na Justiça trabalhista por dois
ex-motoristas que alegaram não ter tido a carteira assinada enquanto eram
empregados dela, conforme divulgou a TV Globo. Uma das ações foi movida por
Leonardo Eugênio de Almeida Moreira e, nesse caso, a nova ministra fez um
acordo para pagar a ele R$ 14 mil, divididos em dez parcelas que começaram a
ser repassadas em maio do ano passado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">O advogado do motorista, Carlos Alberto Patrício de Souza,
notou que têm saído mensalmente da conta bancária de Vera Lúcia Gorgulho Chaves
de Azevedo — e não de Cristiane — os R$ 1,4 mil mensais. O GLOBO confirmou que
Vera Lúcia é funcionária do gabinete de Cristiane Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">— É um absurdo. O dinheiro sai da conta dessa pessoa e entra
na do escritório (para ser repassado ao motorista) ao invés de sair da conta da
Cristiane Brasil. Cabe à ministra esclarecer os motivos pelos quais uma
assessora parlamentar efetua o pagamento, cuja devedora é a própria ministra —
disse o advogado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Na ação trabalhista, Leonardo relatou ter trabalhado para
Cristiane de junho de 2014 a outubro de 2015. Inicialmente, a defesa da
ministra negou que o motorista tivesse sido funcionário dela. No entanto,
Cristiane fez um acordo com Leonardo na primeira instância, tempos depois que a
ministra já havia sido derrotada em outro processo trabalhista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Leonardo disse ter ficado indignado com a nomeação de
Cristiane para o ministério do presidente Michel Temer:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">— Quando vi que ela estava sendo nomeada, achei irônico.
Fiquei indignado. A pessoa não garante os direitos de quem trabalha para ela,
como vai garantir o direito de todos os trabalhadores?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">DONA DA CONTA É DO PTB<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">A dona da conta de onde sai o dinheiro para pagar a dívida
trabalhista é filiada ao PTB e recebe da Câmara um salário líquido de R$ 10,8
mil. Também é mãe de Carolina Chaves, que sucedeu Cristiane na Secretaria de
Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida na gestão Eduardo Paes. Atualmente,
Carolina é diretora-geral do Arquivo Nacional, por indicação da futura
ministra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Além de Leonardo, o outro motorista que entrou com ação
contra Cristiane foi Fernando Fernandes Dias. Foi nesse caso que a ministra do
Trabalho foi condenada a pagar R$ 50 mil. Ele contou ter recebido uma ligação
de uma assessora de Cristiane, pedindo que ele não desse entrevista e
prometendo pagar o valor devido. Fernandes se disse indignado com a nomeação da
antiga patroa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">— Acho que ela não deveria assumir esse cargo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">A escolha de Cristiane para o Ministério do Trabalho foi
anunciada pelo ex-deputado Roberto Jefferson, pai dela e presidente do PTB.
Jefferson chegou a chorar ao conversar com jornalistas, dizendo que a indicação
da filha é um resgate ao nome da família, doze anos depois de eclodir o
mensalão. Responsável por denunciar o escândalo e réu confesso, ele foi
condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e passou 14 meses preso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Em nota, Cristiane diz que “contestou ambas as acusações por
entendê-las injustas, porém respeita as decisões dos magistrados, pois fazem
parte do processo democrático e dos princípios constitucionais”. Sobre o
pagamento das parcelas feito por meio da conta de sua funcionária, a ministra
disse que Vera Lúcia é chefe de seu escritório político no Rio e que a
representou na audiência. De acordo com a assessoria, por esse motivo, a
deputada “entendeu que o dever de garantir o cumprimento do acordado em termos
de pontualidade nos pagamentos cabia a ela”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">“Assim, por estar representando a deputada e por mera questão
de praticidade, cadastrou a despesa na sua conta pessoal para transferência
automática a fim de evitar quaisquer atrasos. Importante ressaltar que os
valores pagos são reembolsados pela deputada, restando quitadas ambas as
despesas judiciais e pessoais".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Vera Lúcia está de férias e não foi localizada pela
reportagem.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-5685867438686446462018-01-10T14:29:00.005-08:002018-01-10T14:29:59.847-08:00A franquia Brasil<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por Mentor Neto, 21/07/2017,<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 1; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"> </span></b><a href="http://www.xn--isto-epa/"><b><span style="color: windowtext; font-family: "Arial Black", sans-serif; font-size: 12pt; text-decoration-line: none;">www.istoé</span></b></a><b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">.com.br<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">É realmente impressionante a habilidade do
presidente Temer de se esquivar dos ataques dirigidos contra ele.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
Fosse o PT um partido sério, não essa bandinha de bate-bumbos para Lula dançar,
estaria todo de bloquinho nas mãos, como residentes em um hospital, anotando as
aulas do Dr. Temer sobre como se fazia política no século passado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Neste século, infelizmente, não se criou
nenhum método novo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
A tentativa do PT de inovar retirando dinheiro de estatais e transferindo
diretamente aos congressistas se provou completamente ineficiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Muito fácil de ser descoberta, além de criar
ciumeira e o escambau.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
<b>Amadores.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b>
O Mensalão, o Petrolão, o Empreiterão, a JBSona provaram que a falta de método
é o problema real do PT e por isso seu projeto de se perenizar no governo não
deu certo como deu para o PMDB.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Zé Dirceu
que o diga.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ou Aécio, que esqueceu a habilidade do PSDB e
destrambelhadamente saiu pedindo empréstimo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
Deselegante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
Muito mais chique é se encontrar com empresários, deputados e senadores na
calada da noite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Fazer conchavos secretos, que você e eu não
seríamos capazes de entender nem se escutássemos numa gravação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
Politicamente correto é trocar apoio <b>por
cargos.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b>
<b>E não por dinheiro vivo.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Com Temer, voltamos confortavelmente à velha
política.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
A política em que as empresas públicas são uma espécie de <b>franchising.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b>
<b>Funciona assim:</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O governo do PT entuchou um monte de
apadrinhados nas empresas públicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Aí, de acordo com a necessidade, foi abrindo
as torneirinhas de dinheiro e distribuindo o dito cujo para conseguir o que
queria.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
<b>Percebe que coisa cafona?</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Coisa de
novo rico.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na velha política quatrocentona é diferente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Você entrega as estatais para serem
exploradas pelos partidos. Como quem não quer nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma franquia
mesmo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Empresas públicas, que já provaram ser minas
de ouro para quem quer surrupiar dinheiro público, precisam ser cuidadas com
carinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Você dá essa lojinha para o sujeito e explica
como fazer para ganhar dinheiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Pode indicar parente, pode disfarçar despesa
como investimento, pode até mexer no balanço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas com calma, sem muita sede ao pote, para
não chamar a atenção.<br />
Se for descoberto, o partido sabe que ninguém vai protegê-lo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
Feito o acordo, o agraciado rapidamente aprende que não se trata de um caixa
eletrônico, como nos anos do PT.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na velha política, tudo funciona mais como um
investimento de médio prazo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Os políticos
da velha guarda não dão o peixe. Eles ensinam a pescar.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Quando a
relação está madura, é só pedir em troca o que se deseja.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Quem sabe
uma aprovação? Um acordo? Um adiamento? Um quórum aqui, um veredito ali.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Percebe? Sem a grosseira troca de dinheiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E só há vantagens, pois é um esquema muito
mais difícil de ser investigado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Outra vantagem é que essa rede de franquias
pode ser construída até quando não se tem os cargos principais do Executivo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
<b>Basta estar próximo do poder.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Trocar um ou outro favor por uma estatal e
pronto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
O PMDB, por exemplo, está nessa posição há mais de 30 anos, imagine.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br />
<b>A lição é essa. Calma e perseverança.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Diferente de um PT que foi com tanta sede ao
pote que deu no que deu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Perdeu a
franquia.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na velha política, tudo funciona mais como um
investimento de médio prazo. Os políticos da velha guarda não dão o peixe. Eles
ensinam a pescar. Diferente do PT que foi com sede ao pote e deu no que deu.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-63603058274162471132017-12-31T13:27:00.002-08:002017-12-31T13:27:11.154-08:00Um ano novo bate à porta<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">Decore o coração de
alegria renove as esperanças e novas realizações com muita paz, saúde e
felicidade junto aqueles que te cercam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"> Feliz 2018, Boas Festas.<o:p></o:p></span></div>
COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-86668798360888691502017-12-08T13:56:00.000-08:002017-12-08T13:56:00.417-08:00Teatro mambembe<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Uma peça digna de teatro mambembe a
encenação de governo e PSDB para dar a impressão de que não há derrotas nem
derrotados<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Dora Kramer, 14/11/2017,<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"> www.veja.com.br</span></b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A pretexto de montar uma saída elegante, conforme
recomendou o governador Marconi Perillo, o PSDB comete a suprema deselegância
de se juntar ao governo Michel Temer para contar lorotas à sociedade. Tanto o
presidente quanto tucanos de primeiro escalão se disseram “surpresos” com o
pedido de demissão de Bruno Araújo do ministério das Cidades que, por essa
versão, vai precipitar as mudanças na equipe que inicialmente seriam
feitas em abril quando os ministros candidatos às eleições deveriam se
desincompatibilizar dos cargo. Oficialmente, nada a ver com a urgência de o tucanato
mostrar ao público que não estava sendo posto para fora e a necessidade do PMDB
de colaborar com a salvação da honra do partido a fim de não queimar pontes e
caravelas que poderão ser bastante úteis em 2018.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Verdadeiramente, é o que acontece. Ou o leitor e a
leitora atentos se esqueceram de que na semana passada Michel Temer deu como
“consolidada” a saída do PSDB? Lembram-se também de que depois disso, Aécio
Neves _ a âncora que mantinha o partido atrelado ao Planalto - se apressou em
constatar a aproximação do momento do desembarque. Puxando um pouco mais pela
memória devem se recordar do seguinte: tão logo o país ficou sabendo das
tratativas entre Aécio e Joesley Batista, Bruno Araújo anunciou, e depois
recuou, que deixaria o ministério aliado ao grupo que preconizava pelo
afastamento àquela época. Isso faz seis meses. Nesse período, Araújo se manteve
silente sobre seu recuo e palavra pública não deu mais sobre a questão do sai
ou fica.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É de se perguntar, então, qual a surpresa? Nenhuma.
Apenas a direção o liberou para retomar a decisão original devido às
circunstâncias. O PSDB precisava urgentemente fazer um gesto que marcasse a
saída como iniciativa própria. A ajuda do Planalto veio na forma de versão bem
ajeitada sobre a “reforma ministerial” que não reformará coisa alguma. Apenas
acomodará os valdemares da costa neto da vida que reivindicavam, ao feitio de
chantagem, postos mais robustos dos pontos de vista eleitoral e orçamentário
para voltarem a conversar sobre a hipótese de votar assuntos de interesse do
governo no Congresso.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Temer topou, inclusive porque um PSDB conflagrado,
queixoso e desprovido da antiga condição de boa grife já não lhe servia para
praticamente nada. O Planalto obteve sua solução. Já o PSDB continua às
voltas com um problemão.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7633083668655398695.post-13929917453213631312017-12-08T13:51:00.002-08:002017-12-08T13:51:20.990-08:00Teatro mambembe<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Uma peça digna de teatro mambembe a
encenação de governo e PSDB para dar a impressão de que não há derrotas nem
derrotados<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; mso-outline-level: 2;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Dora Kramer, 14/11/2017,<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.75pt; mso-line-height-alt: 9.0pt; text-align: center;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;"> www.veja.com.br</span></b><span style="font-family: "Arial Black",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
pretexto de montar uma saída elegante, conforme recomendou o governador Marconi
Perillo, o PSDB comete a suprema deselegância de se juntar ao governo Michel
Temer para contar lorotas à sociedade. Tanto o presidente quanto tucanos de
primeiro escalão se disseram “surpresos” com o pedido de demissão de Bruno
Araújo do ministério das Cidades que, por essa versão, vai precipitar as
mudanças na equipe que inicialmente seriam feitas em abril quando os
ministros candidatos às eleições deveriam se desincompatibilizar dos cargo.
Oficialmente, nada a ver com a urgência de o tucanato mostrar ao público que
não estava sendo posto para fora e a necessidade do PMDB de colaborar com a
salvação da honra do partido a fim de não queimar pontes e caravelas que
poderão ser bastante úteis em 2018.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Verdadeiramente,
é o que acontece. Ou o leitor e a leitora atentos se esqueceram de que na
semana passada Michel Temer deu como “consolidada” a saída do PSDB? Lembram-se
também de que depois disso, Aécio Neves _ a âncora que mantinha o partido
atrelado ao Planalto - se apressou em constatar a aproximação do momento do
desembarque. Puxando um pouco mais pela memória devem se recordar do seguinte:
tão logo o país ficou sabendo das tratativas entre Aécio e Joesley Batista,
Bruno Araújo anunciou, e depois recuou, que deixaria o ministério aliado ao grupo
que preconizava pelo afastamento àquela época. Isso faz seis meses. Nesse
período, Araújo se manteve silente sobre seu recuo e palavra pública não deu
mais sobre a questão do sai ou fica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É de se
perguntar, então, qual a surpresa? Nenhuma. Apenas a direção o liberou para
retomar a decisão original devido às circunstâncias. O PSDB precisava
urgentemente fazer um gesto que marcasse a saída como iniciativa própria. A
ajuda do Planalto veio na forma de versão bem ajeitada sobre a “reforma
ministerial” que não reformará coisa alguma. Apenas acomodará os valdemares da
costa neto da vida que reivindicavam, ao feitio de chantagem, postos mais
robustos dos pontos de vista eleitoral e orçamentário para voltarem a conversar
sobre a hipótese de votar assuntos de interesse do governo no Congresso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 20.25pt; margin-bottom: 15.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Temer
topou, inclusive porque um PSDB conflagrado, queixoso e desprovido da antiga
condição de boa grife já não lhe servia para praticamente nada. O
Planalto obteve sua solução. Já o PSDB continua às voltas com um problemão.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
COIOTEhttp://www.blogger.com/profile/00276567247731354580noreply@blogger.com0