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domingo, 28 de setembro de 2014

ELEITORES NÃO SE CONTENTARÃO COM POUCO



Por Vicente Nunes, 17/09/2014,


Não será fácil a vida do próximo presidente da República, seja quem for o vencedor. Diante da dramática situação da economia e da onda de desconfiança que mina, sem dó, o Produto Interno Bruto (PIB), não bastará apenas um tradicional choque de credibilidade para que a situação volte o controle. Fazer um ajuste fiscal consistente, deixar o dólar flutuar e levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, serão temas de início de conversa. Os eleitores vão exigir muito mais daquele que comandará o país a partir de 2015.

“Ajuste fiscal, câmbio flutuante e inflação na meta foram fundamentais para que Lula, recém-reeleito, conquistasse a confiança do país e virasse o jogo em 2003”, diz Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Partners. “Agora, as demandas vão muito além desse tripé que vem sustentando a estabilidade econômica. Um choque de credibilidade exigirá reformas importantes que destravem o Brasil, reduzindo o custo de produção e da mão de obra e ampliando a competitividade”, acrescenta.

A exigência maior do eleitorado, sobretudo dos mais escolarizados, reflete a frustração com o pouco avanço do Brasil nos últimos anos a fim de garantir um futuro melhor. A despeito da força política com que chegaram ao Palácio do Planalto, os governantes pouco se empenharam para aprovar as mudanças de que o país tanto precisa, seja para dar maior produtividade à indústria, que está se esvaindo, seja para fortalecer o mercado de trabalho. Ao menor sinal de dificuldade — ou de perda de popularidade —, preferiram manter o Brasil com um pé no atraso.

Muita gente ainda não se deu conta, mas o adiamento das reformas custará muito caro quando o mundo recuperar as forças. O atual governo gosta de atribuir o fraco desempenho do PIB à crise internacional, renegando os erros em série que cometeu. Independentemente do atoleiro em que se encontram, muitos países, especialmente os da Europa, trataram de promover mudanças estruturais importantes, que vão lhes permitir saírem bem mais competitivos das dificuldades que enfrentam.

O Brasil, para desespero dos agentes econômicos, continua apostando na sorte. Acredita que tirará proveito, como todos, da retomada da economia mundial. Difícil acreditar. No máximo, se manterá como grande produtor e exportador de commodities, condição que não combina com a ambição de estar entre as maiores economias do planeta.

Alumínio derrete 

» Não é à toa que o empresariado anda tão descontente com o governo Dilma Rousseff. Base da indústria brasileira, o setor de alumínio está na UTI. A fabricação, que já chegou 1,6 milhão de toneladas em 2007, fechará este ano em apenas 900 mil — um tombo de 44%. Com isso, diz Milton Rego, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o Brasil se tornará, pela primeira vez, importador líquido do produto. As exportações somarão 446,9 mil toneladas, e as importações, 625, 9 mil. Desde que Dilma tomou posse, a produção de alumínio no Brasil caiu 33,3%.

Energia ficou mais cara

» Para Milton Rego, que esteve ontem com Alessandro Teixeira, chefe da equipe econômica da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, se o Brasil não fizer uma política industrial que tenha o custo de energia como um de seus pilares, estará condenando vários setores, como de alumínio, à extinção. No entender do presidente da Abal, o governo fez um grande carnaval para anunciar a redução do custo da eletricidade a partir de 2013. O argumento principal era de que precisava reduzir os custos da indústria. “O que vimos, porém, foi aumento de tarifas”, afirma.

Parceiros se aproveitam

» O que mais assusta os produtores de alumínio é o descaso do poder público. Em 2012, o governo criou um grupo de trabalho envolvendo vários órgãos para dar maior competitividade às indústrias do setor. Nunca se aprovou qualquer medida. Ao mesmo tempo, três parceiros do país no Brics ampliaram substancialmente a produção. A China já responde por metade do alumínio ofertado no mundo, com 22 milhões de toneladas. A Rússia despeja 3,7 milhões de toneladas no mercado. A Índia, 1,6 milhão. Isso, apesar de o Brasil ter bauxita de excelente qualidade — o mineral é a matéria-prima do alumínio — e um mercado consumidor forte. A demanda, agora de 1,5 milhão de toneladas, cresce, em média, ao ritmo de 5% ao ano.

Aumento de imposto

» Está cada vez mais forte no mercado a aposta de que o próximo presidente da República, seja quem for, terá que aumentar impostos se quiser fechar as contas públicas e apresentar um superávit primário (economia para pagar juros) superior a 2% do PIB.

Estoque contra a inflação

» Não está fácil a vida das famílias. Com a inflação no governo Dilma insistentemente próxima ao teto da meta, de 6,5%, muitos chefes de casa tiveram que reduzir as idas aos supermercados. Nas vezes em que vão, compram mais produtos para estocar, temendo a disparada dos preços. Trata-se de comportamento semelhante aos dos períodos de hiperinflação.


RETRATO DO DESASTRE



Por Vicente Nunes, 18/09/2014,
www.correiobraziliense.com.br.


Em campanha aberta para tentar atrair o apoio do empresariado à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o quase ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem lançando, no afogadilho, pacotes com o intuito de criar fatos positivos — e, quem sabe, garantir uns votos a mais a chefe. As medidas, como ocorreu em todo o atual governo, terão efeito limitado. Além de serem mal-elaboradas, muitas não saem do papel. São puro produtos de marketing, que funcionam bem em programas eleitorais.

A gestão de Mantega à frente da Fazenda no governo Dilma vai se encerrar de forma melancólica. Não bastasse a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ter cortado a previsão de crescimento para o Brasil, de 1,8% para 0,3% neste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou que rebaixará a perspectiva para o país e, pior, avisou que a inflação, mesmo com recessão, não cairá tão cedo, o que obrigará o Banco Central a promover uma nova rodada de aumento dos juros.

Nas palavras do FMI, o Brasil que Dilma entregará ao próximo governo, que pode estar sob o comando dela, caso vença as eleições de outubro, será desastroso. Será um país com economia estagnada, envolto em uma onda de desconfiança que há décadas não se via, inflação no teto da meta, de 6,5%, preços administrados represados, juros em alta, contas públicas no vermelho e déficit externo recorde. 

O resumo do fracasso que foi a tal da “nova matriz econômica” de Dilma será debatido pelo FMI na reunião do G20, na Austrália, neste fim de semana. Estrategicamente, Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, optaram por não irem ao encontro. Preferiram enviar subordinados para não serem confrontados com um quadro tão ruim da economia brasileira. O pior é que não há nada no horizonte que mostre uma reversão do desastre tão cedo.

Horizonte nebuloso

Na avaliação de Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho, apesar do discurso do governo de que a atividade vai se recuperar neste segundo semestre, os sinais de fragilidade são evidentes. “O crescimento do Brasil neste ano será mínimo”, diz. Ele ressalta que, a despeito desse resultado frustrante, a inflação continuará muito elevada. No Banco Central, o sentimento é visão é semelhante. Técnicos da instituição dizem que, em julho, depois de ir ao fundo do poço, a indústria realmente mostrou um desempenho melhor. Mas, no mês passado, voltou a tombar. O varejo, por sua vez, sofre com as dificuldades enfrentadas pelas famílias, que tiveram o poder de compra corroído por um longo período de inflação no teto da meta e se atolaram em dívidas.

Alívio temporário

» O comunicado do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, avisando que os juros na maior economia do planeta continuarão baixos por um “período relevante”, deixou uma sensação de alívio no Banco Central. Mas em nada diminuiu a disposição do time comandado por Alexandre Tombini de estender, para além de 2014, as intervenções no câmbio por meio de contratos de swap.

Dólar entre R$ 2,60 e R$ 2,80

» Dentro do governo, há estimativas de que o dólar poderá atingir, até o fim do ano, entre R$ 2,60 e R$ 2,80. A possível arrancada da moeda norte-americana, que ajudaria as exportações, é vista com cautela, pois pressiona a inflação e arrebenta o caixa da Petrobras. No período em que a divisa dos EUA andou perto de R$ 2,20, a defasagem entre os preços dos combustíveis no país e no exterior diminuiu bastante, minimizando os estragos da política populista do governo, de vender gasolina aqui mais barata que no exterior.

Déficit à vista

» Quem acompanha o dia a dia das contas públicas garante que, excluídas todas as manobras realizadas pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) está próximo de zero, podendo se transformar em déficit até o fim do ano. Para o FMI, está passando da hora de o Brasil fazer um ajuste fiscal consistente, que realmente coloquem a dívida bruta em trajetória de queda.

Clima azedou

» Os investidores aumentaram ontem as apostas na possibilidade de vitória de Marina Silva no segundo turno das eleições presidenciais. Acreditam que o movimento anti-PT levará a maioria dos votos de Aécio Neves para a candidata do PSB. No Palácio do Planalto, o clima anda para lá de azedo.

Torcida pela saída de Mantega

» Um grupo de funcionários do ministério da Fazenda foi retirado ontem auditório no qual estavam reunidos para a coletiva à imprensa de Guido Mantega. Ao serem avisados da entrevista, um deles perguntou: “O ministro vai avisar que saiu?”. Ao ser indagado se era isso que queria ouvir, não titubeou. “Sim”, respondeu.

Concessionárias respiram

» A decisão dos bancos de reduzirem as taxas de juros para veículos deu um alívio às concessionárias. Do total de carros novos vendidos em agosto no Distrito Federal, quase 15% foram financiados em até dois anos. No mesmo mês de 2013, foram 10,7%, segundo o Itaú Unibanco, que baixou sua taxa de 1,3% para 0,99% ao mês.





Juízes querem bolsa moradia e bolsa escola



Postado por Juremir Machado da Silva, 23/09/2014,
 www.correiodopovo.com.br.
Nunca verei tudo na vida destas minhas retinas já tão fatigadas de ler as mesmas poesias.
Depois da tal Parcela Autônoma de Equivalência, juízes querem um novo auxílio moradia, mesmo para quem tem casa própria e já se aposentou. É o bolsa mamata domiciliar. Uma teta dessas exige uma vaca generosa, inesgotável e amoral.
Parece que os juízes querem também auxílio para colocar os filhos na escola.
E não querem saber de comentários. Afinal, coisas de justiça não devem ser comentadas por leigos.
Entro com o refrão: teta, tetinha, tetão. Se político mama, por que juiz não?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Escola do Crime do Adolescente – ECA?



Próximo de comemorar 23 anos de existência a instituição criada para reeducar e ressocializar jovens infratores se transformou na Escola do Crime do Adolescente – ECA. Num país onde o crime é punido de acordo com quem comete e não de acordo com a Lei temos: O crime do colarinho branco nos quais se enquadram políticos, autoridades, empresários, banqueiros e famosos com status de estrela e filhos que, são protegidos e blindados por corporativismo desta elite; onde políticos estendem a imunidade parlamentar aos demais. Depois o crime praticado pelo ladrão de galinha, assaltantes, traficantes, e daqueles que fazem retiradas em caixas eletrônicos e bancos com cartões de saques 38 e 45 e outros calibres, e do sequestro relâmpago, estes quando são presos sofrem as agruras da lei; e por fim alunos da Escola do Crime do Adolescente/Eca, que já estão sendo requisitados por quadrilhas devido à proteção e outras benesses? As garantias dada a jovens da escola do crime do adolescente se espraiou pelo país, tanto que hoje jovens adolescentes se iniciam no crime na tenra idade; com extensa ficha criminal, com diversas passagens pela polícia; mas o agravante e que não são punidos, pois a escola/eca tipifica como simples infração com a polícia fazendo anotações sem poder fazer nada. Neste caso a escola/eca abriga os alunos por três anos, e o sensacional e que após cumprirem este estágio saem; livres com suas fichas criminais zeradas?  Ou seja, seguem a mesma escola dos parlamentares intocáveis. Assim como a imunidade parlamentar, uso abusivo de recursos protelatórios vem permitindo ao ex-senador Luiz Estevão condenado em 2003 há mais de 30 anos de prisão, e, ninguém fala em julgamento final? Em resumo os alunos da escola do crime/eca não têm acesso direto às verbas públicas, mas no resto possuem os mesmos privilégios dos colarinhos brancos.
No entanto, assim como parlamentares não são punidos, pelos crimes impetrados contra o erário público, o cidadão perde a vida nas ruas quando é assaltado e não possuir dinheiro na carteira para entregar aos jovens alunos adolescentes do eca para uma emergência? Pois resumindo, enquanto no Brasil houver e persistir os exemplos dados por parlamentares e parlamentos que, deveriam servir de modelo à sociedade; mas com está prepotência de estarem acima da lei e da ordem, seguem estimulando a cultura de que o crime compensa! A crescente onda de criminalidade praticada por adolescentes não afetou parlamentares que já deveriam rever o ECA, admitindo a maior idade aos 16 anos mesmo contrariando causas pétreas; pois deveria dar a população uma resposta imediata. Sem trabalhar na busca de soluções que possam tranquilizar a sociedade estamos todos sem segurança, uma obrigação e dever do Estado. Promessas não resolvem mais, pois prometerão colocar políticos e autoridades corruptas na cadeia, mas os nobres políticos seguem protegidos por lacunas da lei e estatutos descolados de forma que seguem a infringir a lei se beneficiando e se apoderando de recursos públicos. Basta é hora de começar a trabalhar e tentar achar um caminho, a começar por colocar na cadeia todos que, estão aguardando recursos na justiça; uma maneira eficaz de acabar com este quadro de violência. Enquanto tivermos pendentes estes exemplos, os alunos do eca vão aprendendo e diversificando seus crimes. Pois neste estado de total insegurança, nenhuma família se sente segura, e nossos políticos conseguem dormir, a imunidade parlamentar protege políticos, mas não é extensiva e nem dá garantias aos familiares, todavia deveriam pensar no bem comum a todos?
Um Abraço,
07/07/2013.