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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Rosemary indiciada por três crimes?



Rosemary já está indiciada por três crimes, diz ministro da Justiça

Por Antonio Cruz, 04/12/2012,
 Fonte Agência Brasil e AE,

Ex-chefe de gabinete responderá por falsidade ideológica, tráfico de influência e corrupção ativa


A ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, foi indiciada por três crimes no inquérito que está sendo conduzido pela Polícia Federal (PF): falsidade ideológica, tráfico de influência e corrupção ativa, segundo informou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta terça, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

O ministro acrescentou que ela não foi indiciada por formação de quadrilha porque, segundo critérios técnicos da PF, não estaria ligada à cúpula do grupo criminoso investigado pela Operação Porto Seguro. “Claro que isso não a abona em absolutamente nada”, enfatizou o ministro.

Ele acrescentou que, também por critérios técnicos, ela não foi alvo de escutas telefônicas. “(Essas escutas) não existem para apurar a vida das pessoas, mas para cumprir objetivos claros e para pegar situações em curso”, disse o ministro. Como, segundo ele, não houve decisões judiciais nesse sentido, também não há diálogos gravados entre ela e terceiros. “Sempre recebi reclamações por excesso de grampos. Agora é por falta de grampos”, ironizou.

Para ministro, envolvimento de Lula “está desmentido”

José Eduardo Cardozo negou o envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas irregularidades investigadas na Operação Porto Seguro. A suspeita foi levantada pelo deputado Anthony Garotinho (PDT-RJ), pelo fato de Lula ser amigo íntimo de Rosemary Noronha e de tê-la nomeada chefe do escritório da Presidência em São Paulo desde seu primeiro governo. “Imaginar que o ex-presidente estivesse envolvido por trás disso está a meu ver desmentido.”

Para Cardozo, a suspeição sobre Lula foi construída a partir de uma interpretação forçada em cima de e-mails pinçados seletivamente pela imprensa do inquérito, que soma 11 mil páginas. Ele disse que as autoridades que conduziram o inquérito são sérias, agiram tecnicamente e nada indica que Lula teve qualquer relação com os fatos. “Os delegados não sofreram nenhuma injunção política e à luz da lei penal, não havia como enquadrar Rose por formação de quadrilha, nem Lula com os fatos apurados”, garantiu.

O que se sabe sobre a amiga do ex-presidente é que “ela tinha contatos ilegais, relações indevidas e foi duramente enquadrada em três tipos criminais, mas não participava do núcleo central da quadrilha, ao contrário, foi escanteada pelos seus membros, como mostram alguns diálogos interceptados”, explicou. “O que ela fazia era, usando sua condição de chefe do escritório, facilitar contatos de membros da quadrilha em troca dos favores.”

Cardozo minimizou o e-mail em que Rose, falando com um membro da quadrilha, o manda “se aproximar do PR” e lhe promete que depois disso “eu caio matando”. Segundo ele, os delegados “foram extremamente criteriosos” e teriam dado outra interpretação se assim entendessem.

Adams

Cardozo também defendeu a permanência no cargo do advogado-geral da União, Luís Adams. Ele rechaçou a suspeita, levantada pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), de envolvimento de Adams no esquema de venda de pareceres em órgãos do governo, pelo fato de ter nomeado como seu adjunto o advogado José Weber de Holanda Alves, um dos indiciados pela Operação Porto Seguro. “Não podemos jamais ser tão implacáveis. As escolhas humanas geram situações que nos decepcionam. Até nas nossas famílias ocorrem decepções”, afirmou.





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