Bravatas do amarelão em recurso
ao STF mostram o desespero para escapar de Sérgio Moro
Por Felipe Moura Brasil, 01/03/2016,
www.veja.com.br
Lula, o amarelão, alegou ao STF ser alvo de um “calendário de
achincalhamento público” por parte do Ministério Público.
Escrevem seus advogados:
“É descabida e censurável a afirmação de que haveria suspeita de que o
autor pode ter recebido vantagens ilícitas durante o mandato presidencial, pois
não há qualquer elemento concreto que possa dar suporte a essa afirmação, senão
um exacerbado entusiasmo associado a um pensamento desejoso.”
Descabido e censurável é exigir “um elemento
concreto” para que uma suspeita seja investigada, sendo a investigação
justamente a busca de elementos concretos que tornem a suspeita um
fato verificado.
A suspeita, na verdade, depende de indícios
coletados pelos investigadores – e, embora a defesa de Lula prefira investir na
confusão semântica, alguns destes já são públicos e notórios.
O sítio em Atibaia freqüentado pelo
ex-presidente foi comprado por amigos da família em 2010, dois meses antes
de Lula deixar o governo.
O envolvimento de empreiteiras do petrolão e de seu
amigo atualmente preso José Carlos Bumlai em obras realizadas no sítio – pagas
em dinheiro vivo – implicam forçosamente a suspeita de que Lula possa ter
recebido vantagens ilícitas durante o mandato, independentemente das eventuais
datas das reformas.
O fato de pedalinhos com nomes dos netos de
Lula – apontados em
furo deste blog que repercutiu sem crédito nem link
pelos portais de notícia – terem sido comprados para o sítio por um segurança do
ex-presidente aumentam ainda mais a desconfiança de que ele é o verdadeiro dono
do imóvel, assim como o fato de Lula alegar só ter sabido da compra do sítio três dias depois de sua mudança anunciada
uma semana antes pela imprensa ter ido para lá.
“Só as ditaduras políticas ou midiáticas gostam de escolher os
acusadores públicos a seu talante [arbítrio]”,
delira a defesa lulista.
É de um cinismo exemplar que Lula se faça de
vítima de “achincalhamento público” após décadas achincalhando os pagadores de
impostos brasileiros como uma elite preconceituosa que governou o país por
500 anos, odeia os pobres e não admite “dividir a poltrona do avião“, como ele expressou dias
atrás na TV.
O que os pagadores de impostos não admitem é que
haja político acima da lei, especialmente se seu governo institucionalizou
o maior esquema de corrupção da história nacional, que, junto a uma filosofia
no mínimo irresponsável de gastos públicos, resultou na crise econômica que ele
agora tenta imputar exclusivamente à sucessora que emplacou.
Hoje, o Ministério Público sustenta a tese de
que uma mesma quadrilha, possivelmente gestada na Casa Civil do governo Lula,
orquestrou o esquema do petrolão e espalhou tentáculos pela Petrobras, estatais
do setor elétrico, usinas hidrelétricas e autarquias do Poder Executivo.
É com base nesta tese do MP, segundo VEJA, que todos os processos deveriam estar nas mãos do
mesmo juiz. No caso da Lava Jato, em primeira instância, nas mãos de
Sérgio Moro, o maior representante dos pagadores de impostos
brasileiros, de quem Lula, o amarelão, tenta escapar a qualquer
custo, com o cinismo, as bravatas políticas e o
achincalhamento público (das instituições) de sempre.
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