Total de visualizações de página

terça-feira, 7 de maio de 2013

Pela ampliação da maioridade moral.

E pelo aumento do nosso rigor ao exigir o cumprimento da lei de governantes que querem aumentar o rigor da lei (e também dos que não querem).
E
u acredito na indignação. É dela e do espanto que vêm a vontade de construir um mundo que faça mais sentido, um em que se possa viver sem matar ou morrer. Por isso, diante de um assassinato consumado em São Paulo por um adolescente a três dias de completar 18 anos, minha proposta é de nos indignarmos bastante. Não para aumentar o rigor da lei para adolescentes, mas para aumentar nosso rigor ao exigir que a lei seja cumprida pelos governantes que querem aumentar o rigor da lei. Se eu acreditasse por um segundo que aumentar os anos de internação ou reduzir a maioridade penal diminuiria a violência, estaria fazendo campanha neste momento. Mas a realidade mostra que a violência alcança essa proporção porque o Estado falha – e a sociedade se indigna pouco. Ou só se indigna aos espasmos, quando um crime acontece. Se vivemos com essa violência é porque convivemos com pouco espanto e ainda menos indignação com a violência sistemática e cotidiana cometida contra crianças e adolescentes, no descumprimento da Constituição em seus princípios mais básicos. Se tivessem voz, os adolescentes que queremos encarcerar com ainda mais rigor e por mais tempo exigiriam – de nós, como sociedade, e daqueles que nos governam pelo voto – maioridade moral. Se é de crime que se trata, vamos falar de crime. E para isso vale a pena citar um documento da Fundação Abrinq bastante completo, que reúne os estudos mais recentes sobre o tema. Mais de 8.600 crianças e adolescentes foram assassinados no Brasil em 2010, segundo o Mapa da Violência. Vou repetir: mais de 8.600. Esse número coloca o Brasil na quarta posição entre os 99 países com as maiores taxas de homicídio de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Em 2012, mais de 120 mil crianças e adolescentes foram vítimas de maus tratos e agressões segundo o relatório dos atendimentos no Disque 100. Deste total de casos, 68% sofreram negligência, 49,20% violência psicológica, 46,70% violência física, 29,20% violência sexual e 8,60% exploração do trabalho infantil. Menos de 3% dos suspeitos de terem cometido violência contra crianças e adolescentes tinham entre 12 e 18 anos incompletos, conforme levantamento feito entre janeiro e agosto de 2011. Quem comete violência contra crianças e adolescentes são os adultos. Será que o assassinato de mais de 8.600 crianças e adolescentes e os maus tratos de mais de 120 mil não valem a nossa indignação? 
D
iante desse massacre persistente e cotidiano, talvez se pudesse esperar um alto índice de violência por parte de crianças e adolescentes. E a sensação da maioria da população, talvez os mesmos que clamam por redução da maioridade penal, é que há muitos adolescentes assassinos entre nós. É como se aquele que matou Victor Hugo Deppman na noite de 9 de abril fosse legião. Não é. Do total de adolescentes em conflito com a lei em 2011 no Brasil, 8,4% cometeram homicídios. A maioria dos delitos é roubo, seguido por tráfico. Quase metade do total de adolescentes infratores realizaram o primeiro ato infracional entre os 15 e os 17 anos, conforme uma pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E, adivinhe: a maioria abandonou a escola (ou foi abandonado por ela) aos 14 anos, entre a quinta e a sexta séries. E quase 90% não completou o ensino fundamental. Será que não há algo para pensar aí, uma relação explícita? Não são a escola – como lugar concreto e simbólico – e a educação – como garantia de acesso ao conhecimento, a um desejo que vá além do consumo e também a formas não violentas de se relacionar com o outro – os principais espaços de dignidade, desenvolvimento e inclusão na infância e na adolescência?
É demagogia fazer relação entre educação e violência, como querem alguns? Mas será que é aí que está a demagogia? É sério mesmo que a maioria da população de São Paulo acredita que tenha mais efeito reduzir a maioridade penal em vez de pressionar o Estado – em todos os níveis – a cumprir com sua obrigação constitucional de garantir educação de qualidade? Não encontro argumentos que me convençam de que a redução da maioridade penal vá reduzir a violência. E encontro muitos argumentos que me convencem de que a violência está relacionada ao que acontece com a escola no Brasil. A começar pelo recado que se dá a crianças e adolescentes quando os professores são pagos com um salário indigno.   Aqueles que escolhem (e eles são cada vez menos) uma das profissões mais importantes e estratégicas para o país se tornam, de imediato, desvalorizados ensinando (ou não ensinando) outros desvalorizados. Será que essa violência – brutal de várias maneiras – não tem nenhuma relação com a outra que tanto nos indigna? Teríamos mais esperança de mudança real se, diante de um crime bárbaro, praticado por um adolescente a três dias de completar 18 anos, o povo fosse às ruas exigir que crianças e jovens sejam educados – em vez de bradar que sejam enjaulados mais cedo ou com mais rigor nas prisões que tão bem conhecemos. Vale a pena pensar, e com bastante atenção: a quem isso serve?  É uma mentira dizer que os adolescentes não são responsabilizados pelos atos que cometem. O tão atacado Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê a responsabilização, sim. Inclusive com privação de liberdade, algo tremendo nessa faixa etária. Mas, de novo, o Estado não cumpre a lei. Numa pesquisa realizada pelo CNJ, apenas em 5% de quase 15 mil processos de adolescentes infratores havia informações sobre o Plano Individual de Atendimento (PIA), que permitiria que a medida socioeducativa funcionasse como possibilidade de mudança e desenvolvimento. Alguém pensa em se indignar contra isso? Se você se alinha àqueles que querem que os adolescentes sejam encarcerados, torturados e sexualmente violados para pagar pelos seus crimes, pode se alegrar. É o que acontece na prática numa parcela significativa das instituições que deveriam dar exemplo de cumprimento da lei e oferecer as condições para que esses adolescentes mudassem o curso da sua história, como mostrou uma reportagem do Fantástico feita por Marcelo Canellas, Wálter Nunes e Luiz Quilião. Segundo a pesquisa do CNJ já citada, em 34 instituições brasileiras, pelo menos um adolescente foi abusado sexualmente nos últimos 12 meses, em 19 há registros de mortes de jovens sob a tutela do Estado, e 28% dos entrevistados disseram ter sofrido agressões físicas dos funcionários. Sem contar que, em 11 estados, as instituições operam acima da sua capacidade. Será que a perpetuação da violência juvenil decorre da falta de rigor da lei ou do fato de que parte das instituições de adolescentes funciona na prática como um campo de concentração? Antes de tentar mudar a lei, não seria mais racional cumpri-la? É o que o bom senso parece apontar. Mas é previsível que, num ano pré-eleitoral e com 93% dos paulistanos a favor da redução da maioridade penal, segundo pesquisa do Datafolha, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prefira enviar ao Congresso um projeto para alterar o ECA, passando o período máximo de internação dos atuais 3 anos para 8 anos em casos de crimes hediondos. Uma medida tida como enérgica e rápida, num momento em que o Estado de São Paulo sofre com o que o próprio vice-governador, Afif Domingos (PSD), definiu como “epidemia de insegurança” – situação que não tem colaborado para aumentar a popularidade do atual governo. Vale a pena registrar ainda que o número de crimes contra a pessoa cometidos por adolescentes diminuiu – e não aumentou, como alguns querem fazer parecer. Segundo dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, entre 2002 e 2011 os casos de homicídio apresentaram uma redução de 14,9% para 8,4%; os de latrocínio (roubo seguido de morte), de 5,5% para 1,9%; e os de estupro, de 3,3% para 1%. Vale a pena também dar a dimensão real do problema: da população total dos adolescentes brasileiros, apenas 0,09% cumprem medidas socioeducativas como infratores. Vou repetir: 0,09%. E a maioria deles cometeram crimes contra o patrimônio. 
É
 claro que, se alguém acredita que os crimes cometidos pelos adolescentes não têm nenhuma relação com as condições concretas em que vivem esses adolescentes, assim como nenhuma relação com as condições concretas em que cumprem as medidas socioeducativas, faz sentido acreditar que se trata apenas de “vocação para o mal”. Entre os muitos problemas desse raciocínio que parece afetar o senso comum está o fato de que a maioria dos adolescentes infratores é formada por pretos, pardos e pobres. (São também os que mais morrem e sofrem todo o tipo de violência no Brasil.) Essa espécie de “marca da maldade” teria então cor e estrato social? Nesse caso, em vez de melhorar a educação e as condições concretas de vida, a única medida preventiva possível para quem defende tal crença seria enjaular ao nascer – ou nem deixar nascer. Alguém se lembra de ter visto esse tipo de tese em algum momento histórico? Percebe para onde isso leva? Há que ter muito cuidado com o que se deseja – e com o que se defende. Assim como muito cuidado em não permitir que manipulem nossa indignação e nossa aspiração por um mundo em que se possa viver sem matar ou morrer. Se eu estivesse no lugar dos pais de Victor Hugo Deppman, talvez, neste momento de dor impossível, eu defendesse o aumento do número de anos de internação, assim como a redução da maioridade penal. Não há como alcançar a dor de perder um filho – e de perdê-lo com tal brutalidade. Diante de um crime bárbaro, qualquer crime bárbaro e não apenas o que motivou o atual debate, os parentes da vítima podem até desejar vingança. É uma prerrogativa do indivíduo, daqueles que sofrem o martírio e estão sob impacto dele. Mas o Estado não tem essa prerrogativa. O indivíduo pode desejar vingança em seu íntimo, o Estado não pode ser vingativo em seus atos. Do Estado se espera que leve adiante o processo civilizatório, as conquistas de direitos humanos tão duramente conquistadas. E, como sociedade, nossa maturidade se mostra pelo conteúdo que damos à nossa indignação. É nas horas críticas que mostramos se estamos ou não à altura da nossa época – e de nossas melhores aspirações.
De minha parte, sempre me surpreendi não com a violência cometida por adolescentes – mas que não seja maior do que é, dado o nível de violência em que vive uma parcela da juventude brasileira, a parcela que morre bem mais do que mata. E só testemunhei a sociedade brasileira olhar de verdade – olhar para ver essa realidade – uma única vez: quando o Brasil assistiu, em horário nobre do domingo, ao documentário
 Falcão - Meninos do tráfico. É um bom momento para revê-lo.
S
abe por que a violência praticada por adolescentes não é maior do que é? Por causa de seus pais – e especialmente de suas mães. A maioria delas trabalha dura e honestamente, muitas como empregadas domésticas, cuidando da casa e dos filhos das outras. Contra tudo e contra todos, numa luta solitária e sem apoio, elas se viram do avesso para garantir um futuro para seus filhos. O extraordinário é que, apesar de sua enorme solidão, sem amparo e com falta de tudo, a maioria consegue. Àquelas que fracassam cabe à dor que não tem nome, a mesma dor impossível que vive a mãe de Victor Hugo Deppman: enterrar um filho.
Em 2006, espantada com uma geração de brasileiros, a maioria negros e pobres, cuja expectativa de vida era 20 anos, andei pelo país atrás dessas mulheres. Elas respiravam, mas não sei se estavam vivas. Lembro especialmente uma, a lavadeira Enilda, de Fortaleza. Quando o primeiro filho foi assassinado pela polícia, ela estava com as prestações do caixão atrasada. O pai do menino tinha ganhado um dinheiro fazendo pão e, em meio à enormidade da sua dor, eles correram para regularizar o pagamento. Quando conversei com ela, Enilda pagava as prestações do caixão do segundo filho. O garoto ainda estava vivo, mas em absoluta impotência, essa mãe tinha certeza de que o filho morreria em breve. Diante da minha perplexidade, Enilda me explicou que se precavia porque testemunhava muitas mães nas redondezas pedindo esmola para enterrar os filhos – e ela não queria essa humilhação. Enilda dizia: “Meu filho vai morrer honestamente”. Nunca alcancei essa dor, que era não apenas de enterrar um filho, mas também de comprar caixão para filho vivo, o único ato de potência de uma mulher que perdera tudo. Enilda vivia numa situação de precariedade quase absoluta, tentando trancar nas peças apertadas da casa os filhos que restavam, num calor infernal, para que não fossem às ruas e se viciassem em crack. É claro que perdia todas as suas batalhas. A certeza de ser honesta era, para ela, toda a sanidade possível. (leia
 aqui). O que podemos dizer a mulheres como Enilda? Que agora podem ficar tranquilas porque o país voltou a discutir a redução da maioridade penal e o aumento do período de internação? Que é por falta de cadeia logo cedo que seus filhos vendiam e consumiam drogas, roubavam e foram assassinados? Que, ao saber que podem ir presos aos 16 em vez dos 18 anos, seus filhos ainda vivos aceitarão as péssimas condições de vida e levarão uma existência em que não trafiquem, roubem nem sejam mortos? Que é disso que se trata? Quando o primeiro filho de Enilda foi executado, ele tinha 20 anos – e já tinha passado por instituições para adolescentes e pela prisão. Antes de tornar-se algoz, a maioria das crianças e adolescentes que infringiram a lei foi vítima. E ninguém responde por isso.
Não há educação sem responsabilização. É por compreender isso que o ECA prevê medidas socioeducativas. Mas, quando a solução apresentada é aumentar o rigor da lei – e/ou reduzir a maioridade penal –, pretende-se dar a impressão à sociedade que os adolescentes não são responsabilizados ao cometer um crime. Essa, me parece, é a falsa questão, que só empurra o problema para a frente. A questão, de fato, é que nem o Estado, nem a sociedade, se responsabilizam o suficiente pela nova geração de brasileiros.
Educa-se também pelo exemplo. Neste caso, governantes e parlamentares poderiam demonstrar que têm maioridade moral cumprindo e fazendo cumprir a lei cujo rigor (alguns) querem aumentar. Por ELIANE BRUM, 22/04/2013, colunista época.com.br.  



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Direitos Fundamentais (Fonte: CP 05/05/2013).

N
o século XIX, direitos e deveres dos indivíduos sofreram transformações passando para o texto das constituições. A Constituição brasileira de 1988 conferiu significado especial aos direitos fundamentais. Consagrou a eficácia imediata e vinculante dos direitos e garantias fundamentais. A aplicabilidade imediata é essencial. A força jurídica consagra o princípio da constitucionalidade. A validade das leis depende de sua conformidade com a Constituição, afirmando a fiscalização do legislador pelo Judiciário e garantindo a função concretizadora dos tribunais.  
N
o controle de constitucionalidade das leis, o papel reservado ao poder Judiciário e ao Supremo Tribunal Federal é decisivo para que os direitos fundamentais sejam eficazes, preservados e respeitados. Nem o poder constituinte derivado nem o poder legislativo ordinário possuem força jurídica para deliberar em oposição a esse comando. Os direitos fundamentais são balizadores da ordem constitucional. Asseguram a possibilidade de impor-se diante do poder político. Não há direitos fundamentais sem reconhecimento frente ao poder político. Não há direitos fundamentais em Estado totalitário. Não há direitos fundamentais sem soberania popular. Não há direito fundamentais sem Estado de Direito. Não basta que um direito seja reconhecido e declarado, é necessário garanti-lo. A supremacia da Constituição e a independência do poder Judiciário são essenciais ao modelo republicano.
C
ampos Sales, ministro da Justiça do Governo Provisório (1890), proclamava: “A função do liberalismo foi opor um limite ao poder dos reis. Hoje, é opor um limite ao poder dos parlamentos. Missão do poder Judiciário”. Seabra Fagundes, 1952, analisando o Judiciário na República, afirmou: “Vínhamos, em 1981, do Império, onde Justiça não tinha nenhuma expressão política. Pela força dos valores da República, o Judiciário ganhou importância na vida política do país. Guardar os direitos individuais contra atos do poder Executivo e do poder Legislativo, quando esses atos se afastem da Constituição”. O Judiciário preserva as próprias instituições republicanas. Vivenciamos momentos de fé e esperança!
                             Jarbas Lima, Professor de Direito.

sábado, 4 de maio de 2013

O que consagra a existência de organização criminosa!

Ao que parece os ministros do STF divergem, quanto ao conceito final que possa e venha a definir o crime de formação de quadrilha. Pois temos assistido a diferentes conceitos e definições, nas suas sustentações para avaliar e caracterizar a formação de quadrilha?  Mas que a nosso ver o entendimento de que: a formação de quadrilha estaria relacionada a crimes como: seqüestro, roubos e a outros crimes de menor periculosidade. Remete-nos a uma enorme dúvida, pois ao tomarmos conhecimento de divergências em caracterizar um crime; aumenta a preocupação, pois esta mudança de critérios abrupta deixa um lapso desigual na percepção do real saber jurídico? “Como em sã consciência podemos sustentar que o crime de: formação de quadrilha”, “organização criminosa” e “associação criminosa”; não se aplica ao crime praticado por agentes públicos, soa como uma heresia. Podemos admitir que ainda não teve uma punição exemplar sequer, mas  aceitar está teoria de que o crime praticado; por agentes do colarinho branco  mereça um critério a parte, é  um modo nada sutil de chamar a sociedade de mentecaptos, é duvidar da formação cultural da maioria, em tese é a própria formação e qualificação profissional do STF que está sendo colocada em dúvida? Há falta de coerência, da corte nas sessões de julgamento; do mensalão cresce que nem cola de cavalo? Entretanto ao dizer e alegar, que deva existir parâmetros diferentes para apreciação jurídica; de crimes praticados por um cidadão comum, e agentes públicos de colarinho branco já estão a admitir benesses. Não fica estabelecida a igualdade de direito, mas dá aos agentes públicos tratamento diferenciado. Há grosso modo estabelece uma relação de continuidade, e de práticas abusivas sem esclarecer; que as três expressões utilizadas pelo ministro relator é consistente. Pois a quadrilha precisa ser implementada ou formada: como uma organização e associação de pessoas para fins de praticar o crime. Isso independe da opção e dos crimes a serem praticados; pois sem estes elementos fundamentais, e essenciais a sua formação, e êxito da sua execução põe em risco a mesma como organização criminosa? Pois usando o chargão policial  está fadada como união de pé de chinelo que se reuniu para a prática de crime sem co-autoria; pois sua criação foi movida pelo impulso e necessidade imediata?
E
xistem matérias da existência de organização criminosa venha bancando a formação de profissionais, que seriam depois inseridos em setores vitais da coisa pública. Com a devida função de facilitar, e dar acesso e cobertura liberando; e adotando medidas que favoreçam os interesses da organização? Estamos longe de acreditar que tal situação possa se concretizar. Mas devido às circunstâncias não custa deixar as barbas de molho, onde devido à importância do julgamento do mensalão; que acima de tudo é político e as forças contrárias a punições de políticos, que não aceita uma punição e condenação imposta pela nossa mais alta corte. Pode até parecer um fato “ocasional”, mas, sobretudo visa desacreditar ministros e o STF; acenando a existência de um julgamento sem critérios estar o STF fazendo pouco caso e vistas grossas, sem empenho e a seriedade empregada, com a obsessão de alguns para anistiar a todos os réus envolvidos; e principalmente com aqueles que ainda estão exercendo mandatos?
M
as, o problema do judiciário não se localiza nas instâncias inferiores, onde suas decisões são mantidas. Ele começa nos tribunais superiores onde sua indicação é política nos poderes: federal, estadual e municipal; que são indicados e sabatinados e posteriormente nomeados pelo poder executivo nas diversas instâncias. Com isso carregam e não se desprendem daquele ato de servir a quem os nomeou? São pressionados das mais diversas formas, e aceitam está servidão; sem qualquer reação de independência que o cargo lhes propicia sem temer represálias? Contudo isso fica comprometido pela forma de escolha, que dá ao executivo a opção de definir de uma lista tríplice a indicação que venha ao encontro de seus interesses, impondo ao indicado uma relação de interesses políticos. Como uma forma de retorno, e compensação nos atos praticados; que vissem preservar interesse políticos de nossos Governantes?
                                                         Um Abraço,
                                                         19/10/2012.  

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Melhor esperar sentado?

ABERTURA DA PÁGINA 10, QUE, NESTA TERÇA-FEIRA, ESTÁ NA 12.
Quem já andava receoso de que o metrô continuasse no terreno dos sonhos dos porto-alegrenses tem boas razões para temer que o projeto nunca saia do terreno das promessas. Quando se esperava que o prefeito José Fortunati anunciasse o vencedor da proposta de manifestação de interesse (PMI), veio a má notícia: o processo, que andava a passos de tartaruga desde o anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff, em outubro de 2011,retrocedeu. Como nenhuma das duas propostas apresentadas é viável, um novo edital será lançado para que as empresas interessadas apresentem uma alternativa no modelo possível – e mais barato do que o ideal.
O metrô ideal correria em trilhos 20 metros abaixo da superfície, abertos por uma máquina conhecida como tatuzão, que escava por baixo da terra, causando transtornos mínimos ao trânsito. O problema é que esse modelo, tecnicamente conhecido como shield, custaria R$ 9,5 bilhões, conforme proposta apresentada pelo consórcio Invepar/Odebrecht. E o orçamento inicial do metrô é de escassos R$ 2,4 bilhões.
Se não dá para fazer o ideal, Fortunati vai tentar o plano B, o modelo “corta e cobre”, em que os túneis são escavados trecho por trecho, pouco abaixo da superfície, e cobertos por chapas de concreto. Imagina-se que nesse modelo será possível fazer o metrô por cerca de R$ 3 bilhões. Será possível construir o metrô no modelo “corta e cobre” por menos de um terço do “tatuzão”? Embora Dilma tenha sido veemente na defesa do metrô, se não houver dinheiro, não haverá como executar a obra. Estará o governo federal disposto a ampliar sua participação para além do R$ 1 bilhão prometido e dos empréstimos à prefeitura e ao governo do Estado?
Fortunati contou na Rádio Gaúcha que pretendia anunciar o resultado da licitação fracassada no dia 10, mas o Ministério do Planejamento pediu que esperasse passar a visita da presidente. Essa informação indica que, ao defender o metrô dirigindo-se ao prefeito, Dilma estava dando uma satisfação aos gaúchos e não puxando a orelha de Fortunati, como pareceu para boa parte dos que assistiram ao discurso dela no Auditório Araújo Vianna. Por Rosane de Oliveira, 16/04/2013, zerohora.com.br.


Comentários

·         O Arroto diz: 16 de abril de 2013.
Por manifesta incompetência, mesmo com a Dilma, do PT, derramando caminhões de dinheiro nas obras da copa, fazem 18 meses que o Oportunati só enrola e o metrô de POA virou osso de minhoca...
- Fora Oportunati!
·         Valkíria diz: 16 de abril de 2013.
Isso serve àqueles que dizem que Fortunati é um bom prefeito, por isso foi reeleito. Está recebendo bilhões do governo federal por causa da Copa, as obras estão por toda a cidade e mesmo sabendo que a capital está com um trânsito insuportável, não tem projeto algum para modificar isso. Há décadas que a população espero por essa obra, existe dinheiro mas sua realização está esbarrando na falta de projeto? O nome disso é incompetência administrativa. Se alguém achar que é outra coisa, eu aceito críticas.
·         Daniel Ribeiro diz: 16 de abril de 2013.
O metrô de Porto Alegre, jamais sairá. Ipso factum!
·         Milton Ubiratan Rodrigues Jardim diz: 16 de abril de 2013.
Eu acho que é melhor esperar deitado, porquê sentado vai cansar. Alguém conhece algum projeto neste país que não tenha sido demorado, isto quando sai do papel? É sempre assim. No início é todo mundo querendo aparecer que é para enrolar o povo mais uma vez, é claro, e o final já se sabe, vai falta verba. Sabe quando vamos ter um metrô no RS? Nunca!!
·         Newton diz: 16 de abril de 2013.
Para quem sonha com um cais do porto útil para a população da cidade, aeroporto que funcione em dias nublados, estradas que fluam nos feriados e não tenham mortos em todos os trechos, atendimento de saúde de qualidade, educação, segurança. Só nos resta sonhar com metro. Sonhar! Porque nossos administradores públicos não estão interessados em que o publico quer, mas somente no que lhes traz mais lucro ou ascensão de poder.
Por favor, me digam se temos alguém mais para votar que realmente faça acontecer, ou devo me mudar de estado, ou até mesmo de pais?
·         Luis Paulo diz: 16 de abril de 2013.
A Dilma faz um discurso e todo mundo fica feliz da vida. Nova ponte do Guaíba? Extensão da pista do aeroporto? Metrô? 2,4 bilhões em investimentos? Acredite se quiser. Jah para os estádios superfaturados da FIFA (quero dizer copa), que depois vão virar elefantes brancos, não vai faltar dinheiro. Republiqueta de terceiro-mundo eh isto.
·         Carlos Guilherme diz: 17 de abril de 2013.
Em resumo:
A Dilma MENTIU. O PT mentiu.
Como é o padrão de comportamento do PT. Mentiras + Mentiras + Mentiras para o povo acreditar. São milhões para isso, são bilhões para aquilo e na realidade é nada, ou muito pouco. Se a extensão do metrô sair (deve sair) será feita uma obra tecnicamente ultrapassada (diagnóstico técnico), só para o PT falar que fez o metrô.
Infelizmente o povo brasileiro ainda continua acreditando nas mentiras diárias da dupla Dilma/Lula do PT.
·         Marcelo diz: 17 de abril de 2013.
Dilma não  esta despejando milhões de dinheiro pra copa. Isso é MENTIRA. Tanto que a caixa não esta cumprindo o acordo de liberar verbas.
Carlos Guilherme diz: 17 de abril de 2013.                                                                                                         
Frase da Dilma, do PT:
"Não negociaremos com a inflação!".
É exatamente o contrário. É a inflação que não negocia com governos irresponsáveis e perdulários, que gastam muito mais do que podem e seguram artificialmente o preço dos combustíveis para manter a popularidade em alta. Quando a fatura vem, vem alta Dilma do PT.
Esse é o domínio do fato!!!