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domingo, 16 de novembro de 2014

Hora de varrer a corrupção e outras irregularidades!



A
pós muitos acordos o relator da CPI do Cachoeira, deu por encerrada a mesma. Alegando não ter encontrado provas suficientes para prosseguirem com a CPI. Iniciamos 2013, com a posse em 5.564 municípios do país; sendo empossados prefeitos e vereadores eleitos no pleito passado. Deveria ser lembrado aos prefeitos e vereadores que a posse é apenas um ato formal que lhes dá a legitimidade de exercerem suas funções? Nada mais que isso, onde o fato de serem empossados; não lhes dá o direito de legislar, e nem permite que saiam a governar, em causa própria ou do partido? A lida com a coisa pública deve ser feita com transparência, se a política não for levada a sério; feita com transparência e ética, teremos em 2013; a continuidade da corrupção, fraudes e outras irregularidades. A permanente impunidade que floresce viçosa; a passos largos protegendo seus mentores? E não vamos nem explanar que a corrupção já tirou o brilho daquilo que havia sido feito, e da contribuição agregada, mas que escoou ralo abaixo? Entretanto cabe aos prefeitos e vereadores eleitos e empossados, além de legislar, fiscalizar e cobrar pedindo esclarecimentos quando necessário. Seria desnecessário dizer que ao menor sinal de irregularidades investigarem, afastando o culpado.
U
ma gestão transparente não comunga e nem convive, dando guarida a atos e práticas de irregularidades a companheiros e outros possíveis mentores?Alguma coisa precisa sofrer mudanças na política brasileira, pois a política pública não é afeita há que gestores públicos usem e façam da política um meio de enriquecimento fácil e ilícito? Não queremos que prefeitos e vereadores, fiquem devaneando com projetos mirabolantes; sem proveito nenhum, apenas para satisfazer vaidades. Mas, com certeza já seria um enorme presente para 2013: projetos simples pé no chão e a prestação de melhores serviços, isso já ficaria marcado por contrariar certa bandeira que hoje prega, e enaltece a continuidade da corrupção e sua plena impunidade?
                                               Um Abraço,
                                                 1º/01/2013.   

A conta vai para o povo.



Por Carlos Alberto Sardenberg,
30/06/2013, veja.com.br.
Eis a difícil situação em que estamos nos metendo. As pessoas estão certas na sua bronca: pagam caro (nas tarifas e nos impostos) por serviços ruins. Não aconteceu por acaso, mas por anos de gestão pública ruim — com gastos elevados em custeio, pessoal e previdência e muito baixos em investimentos, sem abertura de espaço para o investimento privado. Acrescente a inflação que o governo federal deixou escapar e, para o problema ficar completo, só falta o festival de gastos que o Congresso está preparando. Derrubar tarifas é politicamente inevitável. Mas do jeito que está sendo feito, vai levar a mais déficit público, juros maiores, mais inflação e menos crescimento. Ou seja, a conta vai de novo para o povo.

A insustentável tese do ‘golpe’ eleitoral



Editorial O Globo, 14/10/2014.
O estranho é a candidata se mostrar indignada com a publicação de relatos de Costa e Youssef, mas não com o conteúdo das revelações sobre a Petrobras.

Não se duvida que depoimentos prestados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, sobre um avantajado esquema de corrupção montado na estatal, sejam ruins para a campanha à reeleição da presidente Dilma, o PT e partidos aliados envolvidos na trama, PMDB e PP.
Daí, porém, considerar tudo uma conspiração para sabotar a campanha da petista, vai enorme distância. Bem como dizer que a vitória será de Aécio Neves devido à divulgação de trechos dos testemunhos.
“Golpe” foi o termo usado pela própria candidata-presidente para qualificar a publicação pela imprensa de texto e áudio “vazados” de depoimentos de Paulo Roberto e Youssef`ao Ministério Público e à Justiça sobre as delinquências cometidas dentro da estatal para drenar dinheiro público da empresa, a fim de financiar políticos, partidos e, como nunca deixa de acontecer, o enriquecimento de pessoas físicas.
O juiz federal do Paraná Sérgio Moro, responsável pelo processamento judicial das acusações feitas contra Costa, Youssef e outros a partir de provas colhidas pela operação Lava-Jato, da PF, negou que tenha havido qualquer vazamento. Moro esclareceu, em despacho, que, por se tratar de ação penal, ela é pública. Tanto que o próprio juiz havia liberado os depoimentos para a CGU e à CPI mista sobre a Petrobras.
Numa avaliação sensata dos fatos, conclui-se que seria necessária uma inverossímil conspirata coordenada entre a PF, o juiz federal paranaense e um ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, a quem é remetido o material sobre o envolvimento de políticos com foro privilegiado, para que esses depoimentos fossem prestados a tempo de influenciar num eventual segundo turno das eleições.
A Lava Jato começou em 17 de março e os interrogatórios de Paulo Roberto e Youssef foram marcados em 19 de setembro. E quem acusa o juiz do Paraná se esquece que o segredo de justiça protege apenas o material de responsabilidade do ministro Zavascki.
Mas como eleições são terreno propício a teorias conspiratórias, cria-se um enredo de ficção de uma intrincada coordenação entre braços do Estado tão independentes entre si.
Causa estranheza é a primeira reação da candidata-presidente ter sido se indignar com o fato de partes dos depoimentos de Alfredo Youssef e Paulo Roberto Costa virem a público, sem dar qualquer importância ao gravíssimo conteúdo do que estava sendo revelado.
Isto, sim, deveria levar Dilma Roussef a vociferar contra a corrupção praticada por um esquema montado em sua jurisdição. Pois, quando Paulo Roberto foi nomeado diretor de Abastecimento da estatal, em 2004, Dilma já acumulava o posto de ministra das Minas e Energia com a presidência do Conselho de Administração da Petrobras, deixada por ela apenas em 2010.

O pânico se espalha




Por Reinaldo Azevedo, 24/09/2014,
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É grande o pânico no mundo político. O doleiro Alberto Youssef resolveu aceitar a proposta de delação premiada. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o notório Kakay, que adora um cliente complicado, anunciou ter deixado o caso porque se opõe à decisão. Ainda que quisesse, não teria como permanecer, não é mesmo? A chance de o doleiro implicar outros, digamos, nomes de sua carteira de defesas é imensa.
Como todo mundo já sabe, os benefícios da delação só são realmente concedido se aquele que faz o acordo contribuir efetivamente para desvendar a ação criminosa. Assim, se Youssef quer mesmo se livrar de muitos anos de cana, terá de colaborar de verdade. Até onde pode ir? É o que se perguntam todos aqueles que fizeram negócios com ele — muitas cabeças coroadas da República. Há gente disputando governo de Estado por aí que, a esta altura, deve estar com medo de ir parar na cadeia.
Se Paulo Roberto Costa produziu um bom tremor de terra ao falar, Youssef, se quiser, causa um verdadeiro terremoto. A desenvoltura com que ele se infiltrou — ou foi infiltrado — no estado brasileiro é assombrosa. O caso do laboratório de fachada Lobogen ilustra a bandalheira. Uma empresa que se dedicava, à lavagem de dinheiro apontam a Polícia Federal e o Ministério Público, tinha celebrado um convênio com o Ministério da Saúde para a produção de remédios.
É a segunda vez que Youssef faz um acordo dessa natureza. O outro estava relacionado ao escândalo do Banestado. Ele colaborou, pagou uma multa e se livrou da cana. Mas voltou a delinquir e perdeu aquele benefício, razão por que acabou condenado a mais de quatro anos de cadeia.
Sem a delação, Youssef certamente ficaria muitos anos na cadeia. Se ela colaborar para elucidar e desmontar uma quadrilha que vive do assalto aos cofres, tanto melhor.

NADA A DECLARAR



Por Vicente Nunes, 02/09/2014,
 www.correiobraziliense.com.br.

É impressionante a incapacidade da presidente Dilma Rousseff de defender a política econômica de seu governo. Seja em entrevistas, seja nos debates eleitorais, em vez de usar argumentos concretos para explicar o porquê de o Brasil estar em recessão e o que, efetivamente fará, caso reeleita, para retomar o crescimento e levar a inflação ao centro da meta, de 4,5%, a petista prefere recorrer a argumentos pobres, inconsistentes, que só alimentam o pessimismo em relação ao país.

Não há dúvidas sobre o desastre da política econômica de Dilma. Mas é preciso reconhecer que a presidente teve que assumir uma herança maldita deixada pelo presidente Lula — parte dessa herança ressalte-se, construída em 2010 com o intuito de eleger a petista. Nos últimos anos da era lulista, o governo levou ao limite os incentivos ao consumo e ao endividamento das famílias. A infraestrutura se esgotou. Os cofres públicos ficaram em frangalhos, tamanha a gastança para manter o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que sustentasse o apoio a mais quatro anos de mandato para o PT.

Dilma ainda teve contra ela uma economia internacional menos favorável. Se o mundo continuasse crescendo como na era Lula, certamente muitas das escolhas erradas da presidente teriam sido amenizadas. A realidade cruel, no entanto, se impôs. E todas as falhas de gestão do atual governo se agigantaram, fazendo com que tenhamos quase meia década perdida. O ano de 2014, por sinal, poderá ser esquecido em termos de crescimento econômico, depois da recessão nos primeiros seis meses.

Muitos dos problemas na economia poderiam, contudo, terem sido evitados se a candidata petista desse um choque de gestão, a começar pelas contas públicas. Ao contrário de pregar austeridade, que permitiria ao Banco Central fazer um manejo mais favorável da política de juros e de combate à inflação, ela sancionou todas as manobras fiscais que minaram a credibilidade do país. Interveio na economia, mudando contratos no setor elétrico e congelando os preços dos combustíveis. Por ideologia, atrasou obras vitais de infraestrutura, que, se tivessem prontas hoje, ajudariam a levar a carestia para a meta.

A reputação do governo está tão ruim que poucos conseguem perceber que, depois de muito apanhar, de muito insistir nos erros, o governo, ao conceder aeroportos, rodovias, ferrovias e portos à iniciativa privada, criou boas condições para a retomada do crescimento do país quando o ajuste nas contas públicas e o controle mais efetivo da inflação forem realidade.

Dilma poderia aproveitar para, como candidata que aceita dar entrevistas e permite o confronto de ideias, fazer o exercício da humildade e se comprometer que, quando 2015, tudo será diferente. Que o equilíbrio fiscal, o combate à inflação e o crescimento sustentado não serão meras promessas. Os brasileiros não merecem a repetição dos últimos quatro anos. A fatura paga foi alta demais.

Crise de confiança

A sova que o governo está tomando por causa da recessão na qual o Brasil mergulhou explicita a falta de equipe da presidente Dilma Rousseff. Não houve nenhuma voz do primeiro escalão do governo que usasse argumentos consistentes para justificar o momento tão ruim que a economia atravessa. Nos quatro últimos trimestres, em apenas um, o último de 2013, o PIB registrou alta. Sem alternativas, o Palácio do Planalto escalou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para defender o legado da petista. Infelizmente, ao longo dos últimos anos, como executor das políticas equivocadas do governo, Mantega queimou todo o seu capital de credibilidade. Nada do que ele diz é levado a sério.

Mercado monta ministério

» O mercado financeiro começou a montar o eventual ministério de Marina Silva, caso ela vença as eleições em outubro próximo. Estão cotados para o Ministério da Fazenda José Serra, Eduardo Giannetti e Marcos Lisboa. Para o Banco Central, Eduardo Loyo, economista-chefe do Banco BTG Pactual, e André Lara Resende.

Autonomia de Serra

» Quem conhece bem José Serra não recomenda a Marina à indicação dele para a Fazenda, apesar de todo o conhecimento técnico do candidato a senador pelo PSDB paulista. Certamente, Serra ganharia autonomia demais e defenderia políticas intervencionistas, muito parecidas com as do governo Dilma.

Recados de Tombini

» O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já mandou todos os sinais possíveis ao Palácio do Planalto avisando que a taxa básica de juros (Selic) fica no nível que está, em 11% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que acaba amanhã. Não há recessão econômica que, neste momento, demova os diretores do BC dessa ideia.

PT, de joelhos, implora ao BC.

» Apesar de todas as indicações de Tombini, há integrantes do PT ajoelhados pedindo para que o Banco Central desça do pedestal técnico e se vista do uniforme político para criar um fato positivo à campanha da presidente Dilma Rousseff. Afinal, dizem eles, durante os quatro últimos anos, o BC sempre fez tudo o que o Palácio do Planalto queria. “Por que tudo tem que ser diferente agora?”, indaga um dos petistas.