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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Meu manifesto contra a corrupção

Por Juremir Machado da Silva, 15/11/2014, 

Faz tempo que eu ando como vontade de me manifestar. Uma manifestação que se preze tem de ser sob a forma de manifesto. Meu manifesto é contra tudo e contra todos como deve ser um bom manifesto anarquista. Eu me manifesto, antes de tudo, contra o PT, que, para distribuir migalhas aos pobres tem praticado a velha corrupção que marca o Brasil através dos séculos. Em segundo lugar, eu me manifesto contra os tucanos, que, não conseguem combater o PT sem praticar a velha corrupção que atravessa o Brasil desde sempre. Em terceiro lugar, eu me manifesto contra os aliados do PT, como o PMDB, que joga dupla ou triplo e pratica a velha corrupção ao mesmo tempo em que a condena. O PT, porém, por estar no poder há 12 anos, merece ser mais criticado.
Ou se livra de vez da corrupção ou vai apodrecer com ela.
Quero me manifestar contra todos os simplórios, reducionistas e ideológicos que tapam o sol com a peneira escondendo a corrupção de uns e valorizando seletivamente a de outros.
A crítica mais justa contra o petismo é a que o apresenta como o sucessor do malufismo:
– Rouba, mas faz.
O PT precisa de um tranco, um banho de vergonha na cara, um choque elétrico para acordar da racionalização primitiva que o faz se ver como um Robin Hood surrupiando dos ricos para dar aos pobres. Dilma Rousseff terá mais quatro anos para provar que é possível governar bem sem mensalão nem petrolão. Está disposta a cortar na carne para limpar o chiqueiro em que o Brasil se converteu? A descrença de muitos na política tem a ver com esse “todos farinha do mesmo saco” cada vez mais verdadeiro. Mas isso não pode servir de álibi para quem está no poder continuar se atolando na sujeira. Eu me manifesto contra todos os partidos políticos que jogam o mesmo jogo e se justificam dizendo que jogam conforme as regras do jogo jogado.
– Fala sério!
Foi-se o famigerado coronel José Sarney. Ficou o implantado capilar com voo oficial e pensão paga à namorada por empresa amiga Renan Calheiros. Querem que eu acredite na transparência de quem tem um aliado desse quilate? O petismo afundou na lama do seu “realismo” e não consegue mais colocar a cabeça de fora. Também não faz muito esforço. Transforma o larápio em herói baseado na tese de que os larápios alheios não são julgados nem condenados. O PT alimenta o antipetismo com a sua indolência diante do argumento que pode liquidá-lo, a complacência com a corrupção. A sua única resposta é:
– Os outros também fazem.
Meu manifesto é visceral, caboclo, barroco, tropicalista, libertário e esponjoso. Diz não a tudo e a todos. Parafraseando o anarquista alemão Max Stirner, os partidos e eu somos inimigos. Mais ainda, o poder e eu só nos encontramos na contramão. Pobres dos incautos que imaginam o contrário. A minha bandeira se resume assim:
– Não confiem em mim.
Meu manifesto termina aqui. É só o começo de uma ira que se espalhará pelos tempos. Vai, Brasil, toma jeito. Vai, PT, toma tento.


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