O
presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), classificou na
manhã desta quinta-feira como...
O
presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), classificou na
manhã desta quinta-feira como "insustentável" a situação da Comissão
de Direitos Humanos, que está em guerra desde a eleição do deputado e pastor
Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente. Alves prometeu uma solução para o
caso até a próxima terça-feira. Ele tem cobrado do PSC a saída de Feliciano do
cargo, mas o pastor se recusa a renunciar. "Do jeito que está se tornou
insustentável a situação. Eu asseguro que será resolvida até terça-feira da
semana que vem", afirmou Alves.
Ele disse
que o clima de "radicalização" não pode ser aceito na Casa e assumiu
a responsabilidade por encontrar uma saída para o impasse. "Agora passou a
ser também responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados".
A escolha
de Feliciano para a comissão gerou a revolta de grupos ligados a direitos dos
negros e de homossexuais devido às declarações dele em redes sociais sobre o
tema. Um vídeo publicado por um assessor com ataques a adversários e rituais
africanos nessa semana aumentou ainda mais a pressão pela renúncia. O pastor,
porém, resiste e seus aliados argumentam que uma saída significaria uma
concessão ao grupo rival.
Feliciano
reafirmou na manhã desta quinta-feira, em entrevista à Rádio Estadão, que não
vai renunciar "de maneira alguma". Tentou minimizar os protestos dos
quais tem sido alvo e as acusações de atitudes homofóbicas e intolerantes.
Garantiu representar "mais de 50 milhões de evangélicos diretamente, mais
um sem-número de pessoas e de famílias que têm a mesma visão que eu".
Na
quarta-feira, 20, Feliciano foi alvo de manifestantes dentro da Comissão e
deixou o local após oito minutos de sessão. Ele minimizou a presença dos
ativistas, a quem definiu como "vinte e poucas pessoas gritando,
promovendo bagunça, dizendo que estavam ali para tumultuar" e afirmou que
"isso não vai acontecer mais". O deputado disse que é
"praxe" o presidente da Comissão se retirar em sessões que promovem
audiências públicas e afirmou que a imprensa foi "sensacionalista" ao
divulgar o fato.
Estelionato
Em
relação ao processo por estelionato a que responde no Supremo Tribunal Federal
- ele teria recebido R$ 13 mil por um culto que não ministrou no Rio Grande do
Sul - Feliciano afirmou já ter depositado em juízo o valor, com juros, e se
disse vítima de uma tentativa de extorsão.
"Eu
adoeci, não pude ir. (..) Minha equipe ligou e eles disseram que iam remarcar o
evento. Ficamos aguardando remarcar e o evento não foi remarcado. Quando
tentamos entrar em contato, já haviam feito um processo gigantesco, quase uma
extorsão, pedindo um milhão de reais", afirmou. Por EDUARDO BRESCIANI, 21/03/2013, estadao.com.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário