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A solução poderá
chegar com a primeira lua cheia da Copa do Mundo.
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Estive alguns poucos dias afastados de Porto
Alegre e do RS. Esperava retornar e encontrar nosso Rio Grande e nossa
Capital, na seara da segurança, no mesmo patamar em que a deixei. E não foi
diferente. Os assassinatos de seis taxistas, três na Fronteira e três em
Porto Alegre, não me espantam, ainda que possam ter sido cometidos por uma
única pessoa. Mas notei que tal espanto envolve mentes sherloquianas da mídia
e alguns pronunciamentos escorregadios de autoridades que pensam em cercar a
violência e a criminalidade com a água benta distribuída nos inexplicáveis
territórios da paz instituídos pela transversalidade do governo gaúcho.
Aponto, aqui de minha torre, que os assassinatos dos seis taxistas são
episódios que revelam uma crise aguda num quadro de uma paciente - a
sociedade - que está, hoje, na UTI. E que ninguém venha escorregar para
governos passados. Os casos poderão vir a ser esclarecidos pelos
profissionais da segurança. Não pelos palacianos, não pelos menudos
perfumados em ricos desvios de função, mas pelos que atuam na linha de frente
da Brigada Militar, da Polícia Civil, do IGP (Instituto-Geral de Perícias) e
da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários). No entanto,
episódios semelhantes poderão se repetir e se agravar se a miopia dos
governantes (entenda-se como governantes os Três Poderes em todos os níveis)
continuar a monitorar os organismos da segurança pública como meros vassalos
do rei para manter a sociedade anestesiada com promessas de dádivas que
chegarão com a primeira lua cheia da Copa do Mundo.
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Ordem
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Delegados deverão priorizar a investigação de
crimes envolvendo taxistas e postos de combustíveis. A ordem da Chefia da
Polícia Civil foi repassada em reunião envolvendo os titulares das delegacias
distritais de Porto Alegre. Bonita a ordem. Mas quantos policiais compõem cada
DP e quantos casos estão em investigação? É preciso reconhecer que o mapa
está pronto. Os bairros onde mais ocorreram assaltos a taxistas foram
Partenon, São Geraldo, Mário Quintana, Cavalhada e Cristal.
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Michels
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Frase atribuída pela mídia ao secretário da
Segurança, Airton Michels, sobre os assassinatos de motoristas: "Jamais
foi visto algo parecido no RS". Vinda de um executivo da Segurança, esta
reação não é nada tranquilizadora.
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Crime e castigo
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Um homem foi morto a tiros, ontem, na Zona Norte
da Capital, após assaltar um taxista no bairro Rubem Berta. O bandido roubou
um GPS, celular e dinheiro, e fugiu a pé. O motorista registrou ocorrência em
um posto da Brigada Militar. Ao retornar ao local, a vítima encontrou o
ladrão morto em um terreno.
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Companheiro
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No dia dois deste mês de abril, o CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) criou um grupo de trabalho para avaliar a real
necessidade da existência da Justiça Militar Estadual, no caso do RS, o
Tribunal da Brigada Militar. O PT, que sempre pregou o fim deste órgão,
estuda a nomeação de um companheiro para a corte antes que ela termine.
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Por Wanderley Soares,
05/04/2013, Osul.
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