Dizem que a história não se
repete, mas, olhando ao redor, não dá para deixar de lembrar a idade média.
Época em que o rei cobrava altos impostos dos súditos produtivos para manter as
mordomias da leviana corte, esta formada por barões escolhidos por interesses
políticos e sem qualquer critério de competência, muito parecido com a atual
indicação de dirigentes de estatais e cargos de confiança. Impotente, porque
desarmada inclusive do voto, à população restava ser dizimada por pestes. E, se
o leitor imagina que a cobrança de pedágio nas estradas se constitui numa
sórdida invenção dos tecnocratas atuais, os reis e barões da idade média se
apropriaram das estradas abertas, e depois abandonadas, pelos romanos e, mesmo
sem conservá-las, passaram a cobrar pedágio pelo seu uso. Enfim, uma diferença
e uma semelhança: não havia a fantástica tecnologia da atualidade, mas a
incompetência, gerencial, era a mesma.
Sérgio Becker, Porto Alegre
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