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a edição do dia 5/7/12, Zero
Hora, em reportagem de duas páginas, retrata bem o que acontece nos hospitais
públicos, por culpa de anos de má gestão de “muquiranas” no poder, como disse
David Coimbra em sua coluna outro dia. E é verdade. Em decorrência da
ineficiência, do descaso, da incompetência absoluta chegamos ao ponto de hoje
no sistema de saúde. Sabemos todos que, tanto quanto os doentes que agonizam
pelos corredores, esse sistema necessita de tratamento, mas não com métodos de
aplicação de mero paliativo, para ali adiante voltar, talvez em estado pior que
o atual. Precisamos de soluções buscadas por pessoas capazes, comprometidas com
o atendimento de desvalidos, doentes, desde crianças em tenra idade até aqueles
de idade avançada, que se encontram deitados no chão dos corredores dos
hospitais ou sustentando o corpo alquebrado pela doença em uma cadeira de
rodas. Sem local para tomar sequer um banho quente ou fazer suas necessidades
fisiológicas. Com seu quadro de dor e miséria exposto os quantos transitam por
aqueles locais de atendimento dos hospitais que atendem pelo SUS.
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uem sabe venha à solução da tal
comissão da verdade, criada pelo governo para apurar fatos do passado, sem que
se visualize resultado outro que não aquele de originar mais gastos aos cofres
públicos, com o pagamento de indenizações aos “perseguidos” do regime de
exceção que vigorou no país, sem culpa da esmagadora maioria dos cidadãos de
bem, que hoje têm que ajudar a pagar indenizações milionárias a quem dela não
necessita, pois estão muito bem, obrigado, grande parte integrando os poderes
da República. Quem sabe nos insurgimos e ao menos uma vez contra este estado de
coisas deploráveis que está acontecendo em nosso país e nosso estado e
conseguimos mudar o rumo investigativo da tal comissão da verdade e ela passe,
então, a procurar os culpados pelos desmandos, pela ineficiência, pela má
gestão dos serviços públicos. E assim vamos também economizar com o não
pagamento das indenizações cujo valor servirá para ajudar a resgatar, um pouco
que seja, a dignidade e respeitar um mínimo dos direitos humanos de nossos
pobres doentes.
Noêmia da Silva
Lopes,
Advogada,
Cientista Política
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