Postado por Rogério
Mendelski, 02/08/2013, www.radioguaiba.com.br.
Paulo Chagas:
Liberdade para quê?
Liberdade para quem?
Liberdade para roubar, matar,
corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?
Liberdade para ladrões,
assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e
hipócritas?
Falam de uma “noite” que durou 21
anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que,
à luz do dia, já dura 26!
Fala-se muito em liberdade!
Liberdade que se vê de dentro de
casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos
vidros fumê!
Mas, afinal, o que se vê?
Vê-se tiroteios, incompetência,
corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia
Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita
hipocrisia.
Olhando mais adiante, enxergamos
assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos,
vemos “bullying”, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças
drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças
assassinadas.
Da janela dos apartamentos e nas
telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras
invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos à mão armada.
Vivemos em uma terra sem lei,
assistimos a massacres, chacinas e sequestros.
Uma terra em que a família não é
valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos,
patrícios e estrangeiros.
Mas, afinal, onde é que nós
vivemos?
Vivemos no país da
impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido,
recompensado, indenizado e transformado em herói!
Onde bandidos de
todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem
sentenças!
Nesta terra, a propriedade
alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos
são assaltados e os caixas explodidos.
É aqui, na terra da “liberdade”,
que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela
polícia!
Vivemos no país da censura
velada, do “micro-ondas”, dos toques de recolher, da lei do silêncio e da
convivência pacífica do contraventor e com o homem da lei.
País onde bandidos comandam o
crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras
destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas cientificas
de anos, irrecuperáveis!
Mas, afinal, de quem é a
liberdade que se vê?
Nossa, que somos prisioneiros do
medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada
que a controla?
Afinal, aqueles da
escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?
E estes em que vivemos, são anos
de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?
Quanta falsidade, quanta mentira
quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a
indignação nos traga de volta a vergonha, a autoestima e a própria dignidade?
Quando será que nós, homens e
mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?
Nota:
O texto acima tem a autoria do general da reserva do
Exército Brasileiro, Paulo Chagas.
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