O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou
nesta terça-feira (1) ter sido um erro o partido adotar práticas que seriam...
O
presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta terça-feira (1) ter sido um erro o
partido adotar práticas que seriam "correntes" entre outras legendas,
numa menção indireta à tese de caixa dois, a que recorreu o PT como argumento
para sustentar que não houve o mensalão. A declaração foi dada ao fazer uma
análise sobre os dez anos do PT no governo federal.
"Houve
mais acertos do que erros. Os erros, talvez, em não localizar adequadamente
quem são nossos principais adversários, em demorar em fazer algumas alianças e,
principalmente, por termos em alguns momentos enveredados por práticas que são
correntes entre os outros partidos, mas pelas quais o PT não deveria ter
enveredado", disse Falcão, durante a posse de Fernando Haddad (PT) como
prefeito de São Paulo.
Em 2005, quando
estourou o escândalo do mensalão com a denúncia de Roberto Jefferson,
presidente do PTB, de que o PT comprava apoio de políticos no Congresso, o
partido afirmou que as irregularidades diziam respeito a um caixa dois feito
pela legenda nas campanhas eleitorais.
Para o
presidente do PT, "grandes grupos econômicos" são adversários do PT.
"Há uma oposição extrapartidária, localizada em grandes grupos econômicos,
que não se conformaram até hoje com transformações que o País está sofrendo.
Não querem abdicar de seus privilégios." Ele não quis nomear quais seriam
as empresas. "Atuam diariamente, fazem opinião", afirmou. Questionado
se ele se referia a grupos de mídia, disse: "São grupos econômicos
poderosos, muitos deles monopolistas".
Falcão
criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal de cassar os mandatos dos
parlamentares condenados no mensalão e defendeu a posse de José Genoino na
Câmara, que ocorrerá nesta semana. "Há um perigo muito grande de o
Judiciário procurar assumir funções que não lhe competem." O petista disse
também que, em 2013, o PT vai iniciar uma campanha pela reforma política, com
financiamento público de campanha. "Quem sabe até com coleta de
assinaturas na rua." "As informações são do jornal "O Estado de
S. Paulo, por JULIA DUAILIBI,
02/01/2013, estadao.com.br.
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