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sábado, 16 de julho de 2016

TERRORISMO - Por enquanto 84 mortos na França



Ação tem a cara do Estado Islâmico, que estaria na raiz do atentado ainda que tivesse sido praticado por outro grupo

Por Reinaldo Azevedo, 14/07/2016,
  www.veja.com.br

Ao menos 84 mortos e 100 feridos. Esse é o saldo de um dos maiores atentados terroristas da história da França. Um caminhão avançou contra uma multidão nas comemorações do 14 de Julho, o dia nacional daquele país, que marca a Queda da Bastilha.

Até há pouco, ninguém havia reivindicado a autoria do atentado, mas parece haver poucas dúvidas sobre quem — ou o quê — está na origem de um ato tão bárbaro. A ação, embora inédita como método de terror tem a cara do Estado Islâmico, a saber: sorrateiro, o inimigo letal surge do nada e provoca um estrago de grandes proporções.

Que resposta há pra isso? Pois é… Sabem aquele edital tarado da Universidade Federal do ABC? Um dos itens daquele magnífico programa é “Islamofobia”. Nada se diz lá sobre terroristas que, tendo medo da democracia, decidem eliminar os democratas.

Quando é que isso vai ter fim? Pois é… Temos de entrar na economia dos erros cometidos pelos países ocidentais; erros que contribuíram para jogar o mundo nesta insegurança. Mas isso só faria sentido caso se estivesse em busca de uma mudança de postura.

O terrorismo nunca dominou antes área tão extensa, como a que está sob o controle do Estado Islâmico, e com uma fonte de receita garantida: poços de petróleo. Enquanto houver essa “Pátria do Terror”, mais pessoas serão mobilizadas Europa e mundo afora para ações dessa natureza.

Já se disse à larga: o terrorismo islâmico contemporâneo, e isto começou com a Al Qaeda, não precisa de estruturas ligadas hierarquicamente a um centro para operar. A Al Qaeda criou as células, e o Estado Islâmico, os “homens-célula”. Basta que um se sinta tocado pela palavra para que possa agir. Na sua mente perturbada, a recompensa é certa.

E a França é um dos alvos principais por duas razões: integra a frente internacional de combate ao terrorismo; abriga um imenso contingente muçulmano, o que permite que extremistas se disfarcem de cidadãos comuns.

Não ouso chamar de saída, mas não tenho dúvida de que resposta é imperiosa. As maiores máquinas de guerra do planeta têm de se unir para eliminar da Síria e do Iraque as forças do Estado Islâmico. Refiro-me a ação terrestre e ocupação do território enquanto for necessário. É duro? É duro. Mas o fato é que o mundo não pode ter uma pátria do terror, que funciona como uma área de recrutamento e que pretende até fundar uma ética da morte.

O remédio administrado até agora só está tornando o mal mais agudo.

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