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relatos de sobreviventes podemos constatar: que uma tragédia anunciada na Boate
Kiss era prevista? A qualquer momento uma questão de tempo? A estrutura
montada, desde a porta de entrada e saída; era semelhante a um curral com barreiras
e arapucas no seu entorno que transformou o caminho do recinto em um labirinto
sem retorno. Do tipo de bretes construídos para a condução e abates de reses em
matadouros. Os frequentadores da Boate Kiss, eram tratados como animais para
abate, sem a mínima possibilidade de escapar; sair do recinto diante de
qualquer evento e/ou ação, que viesse a provocar um pânico gerando um estouro
da massa? Na realidade, a casa noturna não estava em condições de ser aberta,
liberada ao público; estava dentro de uma ratoeira, uma arapuca que não
permitiria aos frequentadores a mínima chance de escoar para fora do recinto no
caso de uma emergência?
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quando a emergência surgiu, não havia saídas
de emergências; vidas foram ceifadas nesta “tragédia anunciada”. Entretanto não
queiram agora fugir da responsabilidade e dos erros praticados: pelo poder
público que tinha a função de fiscalizar e de liberar os alvarás e habite-se;
como dos responsáveis pela Kiss de zelar pela segurança de todos, inclusive dos
seus funcionários? Não podemos aceitar que prevaleça a Lei do mais forte, mas
não amparado segundo os fatos pela Lei; passando toda a responsabilidade para
os músicos. Hão de convir todos errarão, contudo a responsabilidade maior recai
sobre nossas autoridades responsáveis pela fiscalização. Pois quando da
liberação de habite-se para um empreendimento residencial, se toda a
documentação não estiver nos trinques o proprietário não recebe o alvará; não é
admitido jeitinho nem a postergação de documentos, o proprietário só terá o OK
quando as exigências e cumprimento das formalidades forem aceitos pelos órgãos
de fiscalização. Então como aceitar que recintos públicos, que terão grande
afluência de pessoas venham; a funcionar via jeitinhos onde locais são
adaptados: como se autoridades e responsáveis não tivessem responsabilidade por
eventuais danos ocasionados a terceiros? O que não foi o caso: houve um
pandemônio, vidas ceifadas, pela inalação de gás tóxico, corpos pisoteados,
cenas estarrecedoras; tendo como pano de fundo que providências, só serão
realizadas depois do fato acontecido; por “conivência ou omissão dos órgãos
públicos responsáveis”.
Um Abraço,
03/02/2013.
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