Uma semana
depois do surgimento das primeiras informações sobre a Operação Porto Seguro,
com detalhes da investigação pingando a conta-gotas todos os dias, ninguém tem
dúvida de que Rosemary Noronha é uma bomba com nome de mulher. O conjunto de
informações disponíveis sobre a ex-chefe de gabinete da Presidência em São
Paulo e suas relações com o ex-presidente Lula é suficiente para afirmar que
ela tinha muito poder nas nomeações para cargos importantes, estava envolvida
com uma quadrilha que vendia pareceres de agências reguladoras e movimentava
grandes somas de dinheiro.
Ao longo da semana, jornais e sites de notícias insinuaram que Rose e Lula têm (ou tiveram) um caso amoroso. Na tradição brasileira, relações extraconjugais de políticos só viram notícia quando se configura a mistura entre o público e o privado ou quando vira disputa judicial, caso do senador Renan Calheiros, que teve um filho com a jornalista Mônica Veloso e se desentenderam em relação ao pagamento da pensão. A imprensa não explorou, por exemplo, a história do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou a registrar como dele o filho da jornalista Miriam Dutra. Quando já estava fora do poder, um exame de DNA comprovou que FH não era o pai do jovem.
No caso de Rose, o problema é a mistura entre público e privado. Seja qual for a natureza de sua relação com Lula, são abundantes as provas de que ela fazia tráfico de influência. Há comprovação de que passaram por ela as nomeações dos irmãos Paulo e Rubens Vieira para a Agência Nacional de Águas (ANA) e para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os dois foram preso na Operação Porto Seguro e libertados na sexta-feira à noite.
É natural que, sendo chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, passassem por Rose os currículos de candidatos a vagas nos cargos mais cobiçados do governo. É assim mesmo que as pessoas se candidatam a vagas em cargos de confiança. O que a investigação da Polícia Federal mostra é que a relação dela com os indicados continuou depois, envolvendo troca de favores. O uso de linguagem cifrada nos e-mails reforça a convicção da polícia de que participavam de uma organização criminosa. Em um dos e-mails, claramente irritada com cobranças de Paulo Vieira, Rose escreve: “Quanto ao pagamento que está para chegar, considero que você não está me fazendo nenhum favor. Não nasci ontem. Não sou boba. Se você acha que não está correto, aborte o envio dos 30 livros”. A PF acha que livro é usado como sinônimo de dinheiro.
Ao longo da semana, jornais e sites de notícias insinuaram que Rose e Lula têm (ou tiveram) um caso amoroso. Na tradição brasileira, relações extraconjugais de políticos só viram notícia quando se configura a mistura entre o público e o privado ou quando vira disputa judicial, caso do senador Renan Calheiros, que teve um filho com a jornalista Mônica Veloso e se desentenderam em relação ao pagamento da pensão. A imprensa não explorou, por exemplo, a história do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou a registrar como dele o filho da jornalista Miriam Dutra. Quando já estava fora do poder, um exame de DNA comprovou que FH não era o pai do jovem.
No caso de Rose, o problema é a mistura entre público e privado. Seja qual for a natureza de sua relação com Lula, são abundantes as provas de que ela fazia tráfico de influência. Há comprovação de que passaram por ela as nomeações dos irmãos Paulo e Rubens Vieira para a Agência Nacional de Águas (ANA) e para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os dois foram preso na Operação Porto Seguro e libertados na sexta-feira à noite.
É natural que, sendo chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, passassem por Rose os currículos de candidatos a vagas nos cargos mais cobiçados do governo. É assim mesmo que as pessoas se candidatam a vagas em cargos de confiança. O que a investigação da Polícia Federal mostra é que a relação dela com os indicados continuou depois, envolvendo troca de favores. O uso de linguagem cifrada nos e-mails reforça a convicção da polícia de que participavam de uma organização criminosa. Em um dos e-mails, claramente irritada com cobranças de Paulo Vieira, Rose escreve: “Quanto ao pagamento que está para chegar, considero que você não está me fazendo nenhum favor. Não nasci ontem. Não sou boba. Se você acha que não está correto, aborte o envio dos 30 livros”. A PF acha que livro é usado como sinônimo de dinheiro.
Rosane
Oliveira, Colunista Zero Hora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário