Marco Maia (PT-RS), na reta final de
seu mandato como presidente da Casa, decidiu ver crise institucional onde não
existe e, repetindo procedimento padrão dos petistas, achou que poderia
intimidar o Supremo. Anteviu que, se o tribunal decidisse contra a sua
pretensão – segundo ele, mandatos só podem ser cassados pelas respectivas casas
do Congresso –, haveria um choque de Poderes ou algo assim.
Pois é… Então ele terá agora um choque.
E como vai administrar? Pedirá a seus partidários que cerquem o Supremo? Maia
se esqueceu de que os Poderes, numa República, são independentes e harmônicos,
mas quem tem a última palavra em matéria constitucional é o Supremo, não a
Câmara dos deputados.
E era disto que se cuidava e se cuida:
de interpretar a Constituição. Sim, a Carta carrega ambiguidades no que diz
respeito à cassação de mandatos, mas também apontava, como destaquei aqui, a
solução.
E agora? De que modo Maia pretende
descumprir uma decisão do Supremo?
Por
Reinaldo Azevedo, 10/12/2012, veja.com.br.
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