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terça-feira, 25 de junho de 2013

Olhar crítico: A Ilha da Fantasia (Fonte: Metro, Poa, 08/01/2013).

O
s gaúchos estão vivendo um novo momento. Único, Magistral, incomparável! O Rio Grande do Sul se transformou na Ilha da Fantasia brasileira de dois anos para cá. Não existe nada que passe sequer perto da revolução positiva que se está vivendo abaixo do rio Mampituba. Nem o Chile, aqui próximo, com suas duas décadas de crescimento constante é páreo para os gaúchos.
E
stou entusiasmado com as mensagens do governo Tarso nos últimos dias. Tudo que tenho lido, ouvido e assistido me encanta. A enxurrada de propagandas do governo deste Estado é empolgante. “Mais gaúchos vivendo melhor. Mais motivos para comemorar” li em uma das peças, onde havia um montão de gente sorrindo e muitos fogos de artifício. Sim, fogos de artifício.
É como se tivéssemos ganho na Mega Sena, ou o Campeonato Mundial de Futebol, ou estivéssemos passando o Réveillon em Copacabana. Na verdade, nada se compara às conquistas dos últimos dois anos. Confesso que fiquei com vontade de entrar nas fotos, usufruir daquela felicidade toda. Que espetáculo! Como pude ficar tanto tempo longe deste lugar e deste governo? “Mais segurança para todos” diz a propaganda, lembrando a contratação de milhares de novos servidores. No Rio Grande do Sul de hoje não há mais assaltos, não há mortes, e tampouco violência. Há novos e dignos presídios. Os índices de insegurança caem vertiginosamente. O povo não sabe o que é viver com medo.
N
ão foi lá que em uma única noite seis postos de combustíveis foram assaltados. Também não foi lá que um dos mais prestigiados restaurantes da capital foi assaltado e os clientes sofreram um arrastão. Não foi lá que uma senhora de 68 anos, na antevéspera de Natal, perdeu a vida brutalmente assassinada com tiros na cabeça em um roubo de carro. Esse tipo de barbárie o povo de lá só conhece nas novelas. Não foi lá que uma quadrilha armada de fuzis até os dentes levou um monte de gente refém depois de um assalto na Serra. Não foi lá, não. Estas coisas não acontecem nesta terra maravilhosa. Sirvam nossas façanhas.
D
ecidi que vou me mudar para a Ilha da Fantasia. Quando eu desembarcar por lá quero ser recebido pelo senhor Roarke e pelo simpático anão Tattoo. Quero ganhar um colar havaiano e ser ciceroneado por belas mulheres. Vou me esbaldar nas delícias de um lugar perfeito, seguro, mágico. Um lugar onde uma mentira contada mil vezes pode até virar verdade.
                                Diego Casagrande, Jornal Metro.

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