Reajuste no
Supremo terá impacto de R$ 24,6 milhões nos cofres do Estado.
Aumento salarial no STF representará
a elevação dos subsídios no Ministério Público e no Tribunal de Justiça.
Aprovado na quarta-feira pela Câmara, o reajuste
concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) causará
impacto financeiro de pelo menos R$ 24,6 milhões nos cofres estaduais somente
em 2013.
Em efeito cascata, a medida representará a elevação
dos subsídios no Ministério Público e Tribunal de Justiça, que podem pagar aos
seus mais graduados servidores o limite de 90,25% da remuneração do STF.
Saiba mais:
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criação de 10 mil cargos
O projeto aprovado pelos deputados federais — que
precisa passar pelo Senado e pela sanção presidencial ainda em dezembro —
projeta o reajuste total de 15,8%, escalonado em três parcelas de 5% que
incidirão em janeiro de 2013, 2014 e 2015. A partir do próximo ano, o salário dos ministros (teto do serviço público)
passará de R$ 26,7 mil para R$ 28 mil.
Com isso, no RS, desembargadores e procuradores
poderão receber remuneração bruta de R$ 25,3 mil. Abaixo deles, também serão
beneficiados juízes e promotores que se dividem entre as faixas inicial,
intermediária e final. No Judiciário, há 1.166 magistrados ativos e inativos
que seriam beneficiados. No MP, o número chega a 906 procuradores e promotores.
TJ e MP enviaram projetos de lei à Assembléia para
criar o reajuste automático de seus subsídios. Se as propostas forem aprovadas,
os salários das categorias serão aumentados sempre que os vencimentos dos
ministros do STF tiverem alguma correção.
O gatilho livrará magistrados e promotores do
desgaste de ter de aprovar aumentos no Legislativo. No entanto, como não há
previsão de votação da proposta na Assembléia, a alternativa será solicitar a
concessão dos 15,8% separadamente.
Procurador-Geral diz que desgaste é natural
— Tão logo se torne lei, com a sanção presidencial,
mandaremos projeto à Assembléia. O reajuste de 15,8% sequer vai manter o poder
de compra. A inflação do período será maior — afirmou o procurador-geral de
Justiça, Eduardo de Lima Veiga.
— Todas as demandas salariais causam algum
desgaste. Encaramos com naturalidade — avaliou o desembargador Túlio Martins,
presidente do conselho de comunicação do TJ.
Os deputados estaduais somente poderão elevar os
seus vencimentos caso os federais façam o mesmo.
— A nossa tradição é corrigir os salários somente
no último ano de cada Legislatura — explicou o presidente da Assembléia,
Alexandre Postal (PMDB), jogando a discussão para 2014.
MUDANÇA NO CONTRACHEQUE
JUDICIÁRIO
Cargo — Salário atual — Com o aumento
Desembargador — R$ 24.117,62 — R$ 25.323,50
Juiz de entrância final — R$ 21.705,86 — R$
22.791,15
Juiz de entrância intermediária — R$ 19.535,28 — R$
20.512,04
Juiz de entrância inicial — R$ 17.581,75 — R$
18.460,84
Pretor (em extinção) — R$ 16.701,45 — R$ 17.537,80
MINISTÉRIO
PÚBLICO
Cargo — Salário atual — Com o aumento
Procurador de Justiça — R$ 24.117,62 — R$ 25.323,50
Promotor de entrância final — R$ 21.705,86 —
R$ 22.791,15
Promotor de entrância intermediária — R$ 19.535,28
— R$ 20.512,04
Promotor de entrância inicial — R$ 17.581,75 — R$
18.460,84
IMPACTO
FINANCEIRO EM 2013
Judiciário — R$ 15.921.978,02
Ministério Público* — R$ 8.735.784,20
Total — R$ 24,6 milhões
* O Ministério Público tem 259 inativos, mas não
soube informar ontem a distribuição deles nas diferentes categorias. Sem essa
informação, não foi possível incluir esses servidores no cálculo do impacto do
reajuste em 2013. Por Carlos.rollsing@zerohora.com.br.
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