Segundo
o ex-presidente, ideia de coalizão praticamente desapareceu das práticas do
País.
SÃO PAULO
- O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta segunda-feira, 27, em
um evento em São Paulo que a práticas políticas do País "são
deformadas". A declaração foi dada ao ser questionado se concordava com o
novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, segundo
quem o julgamento do mensalão condenou uma maneira de fazer política no Brasil.
O tucano
aproveitou, porém, para criticar seu sucessor no Planalto, o petista Luiz
Inácio Lula da Silva. "Isso independe do presidente, vem de muitos anos
(as práticas deformadas). (Mas), na verdade, houve uma regressão, principalmente
no governo Lula, para a República Velha", disse FHC, segundo quem, nesse
modelo reformado, a ideia de coalizão praticamente desapareceu. "Não há
como chamar de presidencialismo de coalizão, há dois lados só, governo e
oposição. Não é um bom sistema".
Um dos
patrocinadores políticos da candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à
sucessão da presidente Dilma Rousseff, sucessora de Lula e pré-candidata à
reeleição, FHC falou ao chegar cedo à Escola de Sociologia e Política, no
centro paulistano, onde foi o convidado de honra do evento que marcou os 80
anos da instituição.
O
ex-presidente comentou também a frase do governador Geraldo Alckmin (PSDB), na
semana passada, segundo a qual o ex-governador José Serra "pode ser
candidato" em 2014. "Temos muitos candidatos", avisou FHC.
"Ele (Serra) pode ser candidato ou não. Tem muita contribuição a dar, de
qualquer maneira". Repetiu que "ninguém resolve uma candidatura dois
anos antes" e garantiu que Serra não deixará o PSDB: "Ele foi
taxativo na convenção. Ele é um ser racional". Por Gabriel Manzano, 27/05/2013, estadao.com.br
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