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s
gaúchos estão vivendo um novo momento. Único, Magistral, incomparável! O Rio
Grande do Sul se transformou na Ilha da Fantasia brasileira de dois anos para
cá. Não existe nada que passe sequer perto da revolução positiva que se está
vivendo abaixo do rio Mampituba. Nem o Chile, aqui próximo, com suas duas
décadas de crescimento constante é páreo para os gaúchos.
E
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stou
entusiasmado com as mensagens do governo Tarso nos últimos dias. Tudo que tenho
lido, ouvido e assistido me encanta. A enxurrada de propagandas do governo
deste Estado é empolgante. “Mais gaúchos vivendo melhor. Mais motivos para
comemorar” li em uma das peças, onde havia um montão de gente sorrindo e muitos
fogos de artifício. Sim, fogos de artifício.
É
como se tivéssemos ganho na Mega Sena, ou o Campeonato Mundial de Futebol, ou
estivéssemos passando o Réveillon em Copacabana. Na verdade, nada se compara às
conquistas dos últimos dois anos. Confesso que fiquei com vontade de entrar nas
fotos, usufruir daquela felicidade toda. Que espetáculo! Como pude ficar tanto
tempo longe deste lugar e deste governo? “Mais segurança para todos” diz a
propaganda, lembrando a contratação de milhares de novos servidores. No Rio
Grande do Sul de hoje não há mais assaltos, não há mortes, e tampouco
violência. Há novos e dignos presídios. Os índices de insegurança caem
vertiginosamente. O povo não sabe o que é viver com medo.
N
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ão
foi lá que em uma única noite seis postos de combustíveis foram assaltados.
Também não foi lá que um dos mais prestigiados restaurantes da capital foi
assaltado e os clientes sofreram um arrastão. Não foi lá que uma senhora de 68
anos, na antevéspera de Natal, perdeu a vida brutalmente assassinada com tiros
na cabeça em um roubo de carro. Esse tipo de barbárie o povo de lá só conhece
nas novelas. Não foi lá que uma quadrilha armada de fuzis até os dentes levou
um monte de gente refém depois de um assalto na Serra. Não foi lá, não. Estas
coisas não acontecem nesta terra maravilhosa. Sirvam nossas façanhas.
D
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ecidi
que vou me mudar para a Ilha da Fantasia. Quando eu desembarcar por lá quero
ser recebido pelo senhor Roarke e pelo simpático anão Tattoo. Quero ganhar um
colar havaiano e ser ciceroneado por belas mulheres. Vou me esbaldar nas
delícias de um lugar perfeito, seguro, mágico. Um lugar onde uma mentira
contada mil vezes pode até virar verdade.
Diego
Casagrande, Jornal Metro.