Por Eduardo
Gonçalves, 17/11/2016,
www.veja.com.br
Além dos indícios de que os investigados estariam
tentando destruir provas e esconder recursos ilícitos, a grave crise econômica
do Rio de Janeiro sensibilizou o juiz Sergio Moro na hora de ele assinar os
mandados de prisão contra o ex-governador Sergio
Cabral e seus ex-assessores na 37ª fase da Operação Lava Jato. No despacho, Moro afirmou que
seria uma “afronta” deixar em liberdade os investigados usufruindo do “produto
milionário de seus crimes”, enquanto a população do Rio sofre com a “notória
situação de ruína das contas públicas”. “Por conta de gestão governamental
aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população
daquele Estado tamanhos sacrifícios, com aumentos de tributos e corte de
salários e de investimentos públicos e sociais. Uma versão criminosa de
governantes ricos e governados pobres”, escreveu o juiz que conduz a Lava
Jato em primeira instância em Curitiba. Aliado de Cabral, o governador Luiz
Fernando Pezão (PMDB) enfrenta dificuldades para aprovar na Assembléia
Legislativa um pacote de arrocho para reequilibrar as finanças do Estado.
Nesta quarta-feira, pela segunda vez em menos de um mês, o centro do Rio virou palco de confrontos entre o Batalhão de Choque
da Polícia Militar e servidores públicos de diferentes áreas que
protestavam contra as medidas.
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