O
|
mantra entoado por líderes do PT e de partidos
da base é que número de escândalos de corrupção – o último protagonizado pela
ex-chefe de escritório da Representação da Presidência da República em São
Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha – cresceu porque nunca antes a Polícia Federal
teve tanta autonomia. Pode ser apesar de não servir, como desculpa para
minimizar as sucessivas mazelas que atingem a estrutura administrativa e os
cofres públicos nos governos do PT. Além do mensalão, em 2005, e dos
sanguessugas, em 2006, diversos ministros caíram na gestão Dilma Rousseff por
denúncias de corrupção e de irregularidades, como Wagner Rossi, da Agricultura;
Carlos Lupi, do Trabalho; Orlando Silva, do Esporte; Alfredo Nascimento, dos
Transportes; Mário Negromente, das Cidades; Pedro Novais, do Turismo; e o todo
poderoso Antônio Palocci, da Casa Civil. Além da autonomia da PF, petistas e
aliados citam escândalos do governo Fernando Henrique Cardoso e de tucanas e do
Dem. como se estes servissem para justificar ou diminuir os episódios
envolvendo companheiros. O partido, que ao longo de sua história sustentou a
bandeira da ética como se fosse exclusividade sua, agora praticamente não se
diferencia dos demais, que atacou ferozmente até a chegada ao Planalto.
Taline Oppitz, colunista CP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário