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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Descompasso



(Fonte: CP 28/02/2013).

Primeiro, a chuva é culpada pelos estragos em Porto Alegre. Depois, o “descompasso”. Será que precisava o prefeito vir a público explicar que a destruição de uma rua pela chuvarada tinha como razão a falha na execução de uma obra? A existência de um “descompasso” entre o projeto e a execução da obra no conduto forçado, na Coronel Bordini, teria originado a destruição de parte da rua. Quem lê a natureza enxerga que o seu desrespeito traz consequências. Se o planejamento – ou a falta dele – permite a pavimentação de tudo quanto é espaço – ruas, calçadas, pátios – não será a natureza, perdendo sua capacidade de dar curso ao caminho das águas, que faria milagre. É mais fácil culpar a chuva pelos danos. Carlos Drummond de Andrade já pensava assim ao dizer que “a natureza não faz milagres; faz revelações”.
                                    Claudio Wurlitzer, Gravataí.

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