(Fonte: CP 28/02/2013).
Primeiro,
a chuva é culpada pelos estragos em Porto Alegre. Depois, o “descompasso”. Será
que precisava o prefeito vir a público explicar que a destruição de uma rua
pela chuvarada tinha como razão a falha na execução de uma obra? A existência
de um “descompasso” entre o projeto e a execução da obra no conduto forçado, na
Coronel Bordini, teria originado a destruição de parte da rua. Quem lê a
natureza enxerga que o seu desrespeito traz consequências. Se o planejamento –
ou a falta dele – permite a pavimentação de tudo quanto é espaço – ruas,
calçadas, pátios – não será a natureza, perdendo sua capacidade de dar curso ao
caminho das águas, que faria milagre. É mais fácil culpar a chuva pelos danos.
Carlos Drummond de Andrade já pensava assim ao dizer que “a natureza não faz
milagres; faz revelações”.
Claudio
Wurlitzer, Gravataí.
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