Por Augusto Nunes, 16/08/2015, www.veja.com.br
Texto de
Vlady Oliver
É impressionante como os políticos ─ e jornalistas,
em grande parte ─ tem a necessidade quase intestina de fazer uma leitura errada
das manifestações Brasil afora. Há muito o que comemorar no dia de hoje, meus
caros. Primeiro: a população em peso entendeu a real natureza dessa crise: FORA
PT. Não é somente a defesa do impeachment, mas o fim de uma época inteira de
roubalheiras representada por esta quadrilha. Não é pouca coisa.
A clareza que emana agora da população é muito
maior que em 2013, por exemplo. Agora sim nos livraremos desses calhordas, de
forma ordeira e democrática, no tabuleiro das leis e da ordem. A CUT e seus
canalhas ─ parece nome de banda de forró ─ entendeu o recado e foi cercar o
Instituto do vigarista e não o palácio do planalto. No canal da platinada, por
exemplo, na maior parte do tempo, jaz uma cadeira vazia no lugar daquela
cretina fundamental. Não é um avanço?
Outro foco das manifestações muito claro é o apoio
à Operação Lava Jato e ao juiz Sergio Moro. De sua pena afiada com certeza
sobrarão penas duras para boa parte dessa quadrilha. Apoiá-lo é fundamental
neste momento. Dona Dilma hoje escalou o ministrinho falante para servir os
salgadinhos, de boca fechada. Cardozinho, o outro, acompanha o bonecão do Lula
preso, encastelado na Esplanada, calado como cabe a um suspeito.
É evidente que os idiotas farão a leitura torta de
que o movimento de hoje é menor que os anteriores. Sabem por quê? Porque muita
gente deixou de acreditar numa manifestação como esta como forma de protesto.
Não acreditam que esta corja de políticos irmanados que aí está proporá outra
coisa que não a salvação da própria pele.
Não entendem estes calhordas que estão mortos para
as próximas eleições, quando a verdadeira repulsa por todos eles se fará sentir
nas urnas. O PT acabou. Seus bracinhos patéticos brandidos uma “luta de
classes” que não veio, deve fazê-los mesmo esvaziarem as gavetas, antes da
chegada dos camburões. Lula pode ir preso hoje sem medo. No máximo, os dirigentes
das organizações para militares que o cercam poderiam ser algemados juntos,
para lhes fazerem companhia.
O mito está morto. Até Aécio Neves desceu da janela
e criou coragem para sentir o “cheiro de povo” que amana das ruas verde
amareladas pelo sol de inverno que teremos pela frente para trilhar, em defesa
de nossas liberdades. A ficha caiu.
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