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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A CAMINHO DA BARBÁRIE



Por Rogério Mendelski, 26/02/2013,
 www.correiodopovo.com.br

“O lamentável episódio da madrugada de ontem, no Mercado Público, é chocante. É a imagem da barbárie. É a reação da sociedade completamente sem segurança, à mercê da bandidagem, fazendo justiça com as próprias mãos.
Quem é o verdadeiro responsável? É o Poder Público com suas carências de pessoas e de recursos técnicos e com seus medos de combater a bandidagem por causa das leis frouxas.
É responsável também o Judiciário com suas aplicações frouxas das leis. Não sejamos hipócritas. Quem de nós, uma vez assaltado, não teve vontade de “acabar” com o assaltante? Foi a vontade que tive quando meu filho foi assaltado – pasmem! – na Praça da Matriz, quase em frente ao Palácio Piratini, quando outro filho foi assaltado com uma faca bem em frente à Santa Casa, e quando um assaltante botou um revólver na cara de meu filho nas imediações da Reitoria da Urgs.
Certamente, o ilustre Conselheiro do Tribunal de Contas (Marcos Peixoto), assaltado pela terceira vez em curto espaço de tempo, teve a mesma vontade. Nisso tudo, só tenho uma certeza: será grande o empenho da polícia para identificar os autores da barbárie, assim como vem fazendo para incriminar aquela vovó, de Caxias do Sul, que atirou num bandido dentro da própria casa.
Enquanto a polícia gasta tempo "para incriminar os assaltados que reagem, os bandidos continuarão a assaltar nas residências, no Mercado Público e em todo e qualquer lugar”.

A coluna apenas reproduz uma mensagem enviada pelo desembargador Irineu Mariani (TJ/RS) que já sentiu na sua família a violência que se instalou em nosso país. Nestes tempos de igualdade e de emergência social, a bandidagem faz o mesmo, ocupando um espaço que antes era apenas da lei e das autoridades.
Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do extinto PL e atual PR, condenado pelo STF no julgamento da Ação Penal 470 (o nosso conhecido mensalão), se aposentou com o salário de R$ 43 mil mensais, na Câmara dos Deputados.
A condenação de Jacinto Lamas foi por corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Sua aposentadoria foi assinada pelo ex-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e publicada no Diário Oficial da União no início de outubro de 2012, na mesma semana em que recebeu a condenação da corte suprema. Lamas se aposentou no cargo de analista legislativo.

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