Por Reinaldo Azevedo, 12/08/2015, www.veja.com.br
Em que outra democracia do mundo,
pergunto, dinheiro de empresas públicas financiaram um ato cujo propósito é
pedir a cabeça do presidente da Câmara dos Deputados, o segundo na linha
sucessória, presidente à parte?
Ah, mas os nossos queridos colunistas
“progressistas” se dedicam a transformar Eduardo Cunha na besta-fera do país.
Porque ele foi acusado de envolvimento com a lambança? Não! Fosse assim, também
pediriam a cabeça de Dilma, não é mesmo?
A Marcha das Margaridas se transformou
num ato industriado contra o deputado Eduardo Cunha e, como Lula deixou
evidente na noite de ontem, trata-se apenas de um dos braços do petismo
operando.
E, vocês poderão constatar, quase não
haverá protesto de ninguém. Menos ainda na imprensa. Afinal, querem coisa mais
natural do que braços do Executivo financiar um movimento que cerca o Congresso
e pede a cabeça de um dos dois comandantes do outro Poder? Não pediram a de
Renan. Curioso…
Sabem a diferença entre a roubalheira
do petrolão e o financiamento oficial da Marcha das Margaridas? É só de grau, é
só de valor, é só de grana. Do ponto de vista moral, o lixo é o mesmo: é o
dinheiro público financiando uma máquina partidária.
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