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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Seja como for, presidente, não será no berro!



Por Reinaldo Azevedo, 07/08/2015,
 www.veja.com.br

A presidente Dilma Rousseff precisa esquecer a ditadura porque a ditadura já esqueceu Dilma Rousseff. Não tivesse esquecido, ela não ocuparia o cargo que ocupa.
Diz ela que ninguém vai lhe tirar a legitimidade. É? Não existe uma legitimidade na democracia que se confronte com a legalidade ou que a exclua. O contrário vá lá, pode até ser possível como especulação teórica.
Digamos que nada houvesse contra Dilma no terreno legal, ainda que 100% dos brasileiros a quisessem fora do governo. A legitimidade já teria ido para o vinagre, convenham. Mas restaria hígido o seu mandato.
Não é o caso.
Legitimidade não se mantém no berro. É preciso que seja reconhecida. Ninguém é legítimo numa determinada demanda se não é reconhecido como tal por aqueles que estarão submetidos às conseqüências dessa legitimidade.
Já a legalidade diz respeito àquilo que vai nos códigos. Maiorias de ocasião não fazem as leis, certo? Nem minorias barulhentas.
Seja com for, presidente, não será no berro.

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