Por Reinaldo Azevedo, 13/10/2015,
www.veja.com.br
Incrível
a pequena repercussão, quando se faz um juízo apenas comparativo, que teve a
informação de que, em sua delação, Fernando Soares, o Fernando Baiano,
confessou ter pagado despesas de R$ 2 milhões de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha
— aquele que Lulão já apelidou de seu “Ronaldinho” dos negócios.
Por
que um lobista envolvido com pagamentos de propina relativos a contratos na
Petrobras arcaria com as despesas pessoais do filho do ex-presidente da
República? A resposta é óbvia demais, não? Só é sustentado pelo esquema quem
pode ser útil à estrutura criminosa — ou, ao menos, é um protegido de quem é
útil a essa estrutura.
Não
deixa de ser fascinante verificar a desenvoltura com que a família Lula da
Silva, do pai aos filhos, evoluiu financeiramente no ambiente da política, não
é? Nesse sentido, vamos convir, os companheiros não inovaram, não é?
Daqui
já ouço a petezada a dizer que estão tentando, mais uma vez, envolver a família
de Lula, que tudo não passa de uma tentativa de desmoralizá-lo e coisa e tal…
Fiquemos
atentos ao desdobramento que terá isso. Vamos ver com que celeridade atua a o
Ministério Público Federal. Sempre que o escândalo do petrolão bate em Lula, o
tempo parece se desenvolver num outro ritmo.
O
Brasil certamente sairia ganhando se o MP tivesse em relação a todos os
políticos, muito especialmente os petistas, a celeridade que demonstrou no caso
Eduardo Cunha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário