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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

E AGORA, MINISTRO?



Postado por Rogério Mendelski, 17/09/2013,
 www.radioguaiba.com.br.

Foi à pergunta que fez o ministro Marco Aurélio Mello ao seu colega Celso de Mello (não são parentes) ao final da última sessão do STF quando se apreciava a aceitação ou não dos embargos infringentes. Essa pergunta que será respondida nesta quarta-feira é também a mesma que o Brasil decente fez pela boca do ministro Marco Aurélio.
Tudo o que se leu e ouviu até agora – “vai votar contra os embargos, vai votar a favor” – não passa de especulação e de achismo de quem entende e de quem toca de ouvido. Aquela velha máxima sobre “fundo de urna, barriga de mulher e cabeça de juiz ninguém sabe o que pode dar” fica valendo somente para última possibilidade.
Vale esclarecer que a ecografia e as pesquisas de boca de urna acabaram com os dois primeiros mistérios, restando, portanto, apenas o que vai pela cabeça de Celso de Mello. Ele já deu duas opiniões sobre o tema. É favorável aos embargos infringentes, mas também votou pela condenação dos mensaleiros.
Celso de Mello disse em sua decisão que o mensalão foi o episódio “mais vergonhoso da história do país, pois um grupo de delinquentes degradou a atividade política em ações criminosas”.
Se votar pelos embargos infringentes vai jogar o processo para um poço sem fundo, sabendo-se lá quando o mensalão será novamente levado a julgamento. Se negar os recursos dos advogados de defesa – podem ter certeza os leitores – o Brasil será um país mais decente.
Celso de Mello tem a sua consciência e a sua decisão esperando na porta da história deste país. É ele que vai direcionar a sua biografia e ela não lhe pertencerá mais assim que seu voto for divulgado.

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