Postado por
Rogério Mendelski, 17/09/2013,
www.radioguaiba.com.br.
Foi à pergunta que fez o ministro
Marco Aurélio Mello ao seu colega Celso de Mello (não são parentes) ao final da
última sessão do STF quando se apreciava a aceitação ou não dos embargos
infringentes. Essa pergunta que será respondida nesta quarta-feira é também a
mesma que o Brasil decente fez pela boca do ministro Marco Aurélio.
Tudo o que se leu e ouviu até
agora – “vai votar contra os embargos, vai votar a favor” – não passa de
especulação e de achismo de quem entende e de quem toca de ouvido. Aquela velha
máxima sobre “fundo de urna, barriga de mulher e cabeça de juiz ninguém sabe o
que pode dar” fica valendo somente para última possibilidade.
Vale esclarecer que a ecografia e
as pesquisas de boca de urna acabaram com os dois primeiros mistérios,
restando, portanto, apenas o que vai pela cabeça de Celso de Mello. Ele já deu
duas opiniões sobre o tema. É favorável aos embargos infringentes, mas também
votou pela condenação dos mensaleiros.
Celso de Mello disse em sua
decisão que o mensalão foi o episódio “mais vergonhoso da história do país,
pois um grupo de delinquentes degradou a atividade política em ações
criminosas”.
Se votar pelos embargos
infringentes vai jogar o processo para um poço sem fundo, sabendo-se lá quando
o mensalão será novamente levado a julgamento. Se negar os recursos dos
advogados de defesa – podem ter certeza os leitores – o Brasil será um país
mais decente.
Celso de Mello tem a sua
consciência e a sua decisão esperando na porta da história deste país. É ele
que vai direcionar a sua biografia e ela não lhe pertencerá mais assim que seu
voto for divulgado.
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