Faltam apenas sete dias para o
fim da farsa que Lula pariu e Dilma Rousseff amamentou
Por Augusto
Nunes, 24/08/2016,
www.veja.com.br
A última semana deste agosto é também a última
semana do mais longo e mais patético velório político da história do Brasil.
Daqui a sete dias, milhões de brasileiros estarão festejando o fim de uma farsa
que durou 13 anos e meio. Não é pouca coisa. Quando a primavera chegar, a Era
da Canalhice já será um cadáver em decomposição.
Por enquanto, o governo Michel Temer é uma
esperança espreitada por dúvidas. Melhor assim, atesta a comparação com a
certeza medonha parida pelos governos de Lula e Dilma: com a permanência dessa
dupla e seus comparsas no poder, seria proibido sonhar com a salvação de um
Brasil devastado pela inépcia, pelo cinismo e pela corrupção.
No mesmo instante em que Dilma foi despejada do
Planalto, sem que o presidente interino tivesse sequer esboçado uma única e
escassa mudança de rumo, tudo subitamente pareceu menos aflitivo, mais
respirável, menos desolador. Meia dúzia de decisões sensatas depois, o reinado
do lulopetismo se reduzira a uma lembrança tão remota quanto à chegada de
Cabral.
A reconstrução do Brasil não será fácil. Para
torná-la menos penosa, lembremo-nos o tempo todo do legado de Lula e Dilma.
Aconteça o que acontecer, o país que enfim se vai sempre será infinitamente
pior do que o país que está chegando.
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