O fato de a Secretaria de
Educação ter conduzido muito mal a questão não dá ao jornalismo o direito de
tratar ações criminosas de militantes de extrema esquerda, que estão impondo a
sua agenda a estudantes pobres, como se fossem um ato de resistência
democrática.
Por Reinaldo Azevedo 06/12/2015,
www.veja.com.br
A obstrução de vias públicas,
na esteira da invasão das escolas, deu ensejo a que a imprensa também
exercitasse o ódio brutal, irracional e ignorante que tem da Polícia Militar.
No mundo inteiro, policiais,
quando desafiados, não reagem com flores. Aliás, a nossa PM agüenta desaforos
dos militantes de esquerda impensáveis em ditaduras como EUA, França, Alemanha,
Suíça… Como? Esses países são democracias? Ah, eu me enganei.
Os extremistas de esquerda que
comandam as invasões das escolas dizem que lá continuarão: agora cobram a
revogação do decreto da reestruturação e, como é mesmo? A apuração e punição
dos “excessos policiais”.
Quais?
O bloqueio, por exemplo, da
Avenida Nove de Julho, que abriga um dos mais importantes corredores de ônibus
da cidade, durou cinco horas. Ao longo desse tempo, a PM negociou com os
“estudantes”. Estes fizeram uma assembléia com os seus 30 ou 40 gatos-pingados
e decidiram que a obstrução continuaria, sem data para acabar.
Bem, a PM fez o óbvio. Não é que
uma das líderes da ação, cheia de indignação cívica, desceu a língua porque,
ora vejam, os policiais os tiraram de lá na marra? Mais uma vez, a seleção de
imagens em algumas TVs, feita para demonizar a polícia, acho, mostrava o
comportamento inadequado de um homem ou outro como se fosse retrato fiel da
ação da PM. E é claro que isso é uma mentira. E como sei?
Não sei quantas foram as
intervenções da PM — muitas. Felizmente, não se tem notícia de feridos, numa
evidência clara, inequívoca, inquestionável mesmo, de que os policiais, na
esmagadora maioria dos casos, usaram apenas força necessária.
Reitero: o fato de a Secretaria
de Educação ter conduzido muito mal a questão não dá ao jornalismo o direito de
tratar ações criminosas de militantes de extrema esquerda, que estão impondo a
sua agenda a estudantes pobres, como se fosse um ato de resistência
democrática.
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