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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Oposição acusa Barbosa de ser mentor das pedaladas



Veja, 19/12/201, www.veja.com.br


Num sinal de que não haverá trégua em relação ao novo ministro da Fazenda, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), acusou Nelson Barbosa de ser o mentor das "pedaladas fiscais".
Os oposicionistas sustentam que ele pode aprofundar ainda mais a crise em razão da desconfiança em relação ao seu nome, mas destacaram que o problema está com a presidente Dilma Rousseff, a condutora da política econômica. Para os oposicionistas, a mudança na equipe econômica tem potencial de aumentar o desemprego, a queda nos investimentos e a perspectiva negativa sobre o futuro.
"Quando Barbosa estava na Secretaria de Política Econômica e era secretário executivo do Ministério da Fazenda, ele assinou portarias que autorizaram as pedaladas no BNDES", disse Caiado, aludindo ao fato de o ministro estar arrolado em um processo no Tribunal de Contas da União (TCU). "O temor agora é em relação às ilusões e mágicas que ele irá desenvolver."
Caiado lembrou também que a saída de Levy acontece dias após o rebaixamento do País pela agência de classificação de risco Fitch. "A saída de Levy demonstra o fracasso da tentativa do governo de ludibriar o mercado colocando um nome de respeito como fachada da política econômica, quando, na realidade, não estava interessado em mudar nada. Usaram o Levy como forma de tirar a atenção. Todos os equívocos na máquina pública que trouxeram o País a esta crise permanecem", afirmou.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que a escolha de Barbosa pode aprofundar a recessão. "É uma indicação ruim, de que a presidente Dilma continuará interferindo na política econômica e reforça também a manutenção do modelo que mergulhou o país nesta crise sem precedentes", criticou Sampaio, ao destacar que Barbosa responde pelas pedaladas comprovadas pelo TCU e que seriam base para o impeachment de Dilma Rousseff.
Para o tucano, a ida de Barbosa para a Fazenda revela também que a presidente não tem "peças de reposição", já que ninguém quer fazer parte de um governo que ameaçado pelo impeachment.
(Com Estadão Conteúdo)

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