Por Augusto Nunes, 15/12/2015,
www.veja.com.br
Antes de decidir que o Mensalão nunca existiu, Lula jurava de pés juntos
que não viu nem ouviu o que andaram fazendo ministros de Estado e dirigentes do
PT engajados na quadrilha chefiada por José Dirceu. Tampouco suspeitou da
ladroagem colossal promovida por protegidos que infiltrou no comando da
Petrobras, em parceria com sacerdotes da seita da qual é o único deus e
empreiteiros de estimação que retribuiriam os favores com cachês que o
transformaram no mais próspero palestrante do mundo.
O ex-presidente também garante não ter desconfiado que a segunda dama
Rosemary Noronha, entre uma reunião inútil e uma viagem no Aerolula, traficava
influência e angariava pixulecos com a venda de empregos federais. Não viu nada
de errado nas vigarices milionárias dos dois lulinhas. E agora faz de conta que
nada tem a ver com bandalheiras protagonizadas pelo amigo do peito José Carlos
Bumlai. “Não existe ninguém mais honesto que eu”, afirmou recentemente.
Ou Lula é uma ilha de honradez cercada de delinqüências por todos os
lados ou é o governante mais cínico que vicejou nestas terras desde o dia do
Descobrimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário