Então vamos parar com essa
conversa mole de que os truculentos estão infiltrados e de que o MPL é pacífico
Por Reinaldo Azevedo, 19/01/2016,
www.veja.com.br
A manifestação promovida pelos truculentos do
Movimento Passe Livre foi um grande mico. Ainda voltarei ao tema, com os dados
mais consolidados. Mas destaco um trecho da cobertura do Estadão:
Um Black bloc de camiseta vermelha e máscara branca dá as ordens à
frente do MPL, no ato que segue para o Palácio dos Bandeirantes. É ele quem diz
quem pode e quem não pode ficar junto do protesto. Mascarados de bicicleta
abordam repórteres que tentam ficar próximos à manifestação. “A orientação é
essa. Vocês não podem ficar aqui”, disse um dos ciclistas que ameaçou chamar
outros mascarados para tirar dois repórteres do local.
Em seu artigo na Folha e na entrevista à TV Folha,
Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, apontou e criticou a indistinção
entre os Black blocs e o Movimento Passe Livre. Ou por outra: a imprensa erra
quando trata os bandidos como infiltrados.
O que se narra acima, com clareza absoluta, é um Black
bloc — ou “red and white block” — dando as cartas no movimento.
Então vamos parar com essa conversa mole de que os
truculentos estão infiltrados e de que o MPL é pacífico. De resto, como não
notar? O Black bloc, desta feita, exibe as cores corretas: vermelho e branco.
As cores do PT.
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