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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Afinal o que mudou?



O Brasil quer mudar. Mudar para crescer, incluir, mas precisa acabar com a corrupção no setor público; acabar com a impunidade na gestão pública. Principalmente de servidores concursados, assim como punir com rigor infratores que: eleitos pelo voto fazem uso do mandato e da imunidade parlamentar para fraudar e roubar recursos públicos formando uma camarilha de corruptos e corruptores impunes. Esses foram os argumentos utilizados por Luiz Inácio Lula da Silva, na Carta ao povo Brasileiro em, 22/06/2002 tendo o seu aval e do partido. O que mudou agora os corruptos são blindados e protegidos por manobras corporativas da classe política e do próprio Governo; que finge investigar, mas por trás faz manobras e pressão e tudo o diabo para que o caso seja colocado embaixo do tapete. Pois quem deveria exigir e cobrar esclarecimento e punição, diante dos fatos e das provas e outras investigações; e o primeiro a alegar estar havendo ação inimiga para prejudicar o Governo e partido. Entretanto isso gera indignação, além do setor público não andar e se sustentar com recursos próprios; sabe e tem como alicerce para investimentos o caixa formado pela arrecadação de impostos: federais, estaduais, e municipais pagos por todos sem exceção. O que assume um caráter de traição já que pagamos também seus altos salários em todos os níveis da máquina pública que, todavia, deveria dar exemplo: fiscalizando e cobrando soluções demonstra despreparo, tanto que às denúncias por irregularidades é recorrente. Essa percepção de impunidade vem campeando pelo Brasil afora.
Comenta-se que o povo brasileiro tem memória curta. Esta pecha conduziu-me a leitura da “carta ao povo brasileiro” do PT que tinha o endosso e assinatura de Lula. Onde o PT e seus parceiros fazem um apelo à população para apoiar sua candidatura, com a plena consciência de que vencendo o pleito fariam as mudanças necessárias, mas que nem um milagre e nem passe de mágica iria ocorrer no país em benefício do povo de, um dia para o outro; e pelo visto e previsto por Lula para o povo a coisa mais ou menos se ajeitou. Se em algum momento, ao longo dos anos 2000, o atual modelo conseguiu despertar esperanças de progresso econômico e social, hoje a decepção com seus resultados são enormes. Passados 11 anos e nove meses depois, o povo brasileiro faz o balanço e verifica que as promessas fundamentais foram descumpridas e as esperanças frustradas, ou seja, voltamos ao ponto de partida da carta à necessidade de mudar. Contudo no segundo mandato de Lula começou a fazer água. E de lá até os dias de hoje só piorou, mas para o PT e seus parceiros tudo melhorou. Hoje, ascenderam e fazem parte da classe de elite “A”. Por isso, não podemos continuar insistindo nessa caminhada, com o PT se esquivando; das promessas e da responsabilidade e do compromisso assumido com todo o país. Relendo a carta chega-se a conclusão que a mesma era um conto de fadas, pois o PT que na oposição combatia a destituição da camarilha que estava no poder, se comprometeu trazendo aqueles que tanto combatia de volta ao poder como parceiros e aliados e retornaram ao mesmo ciclo econômico e político vigente a época.
Claro o modelo é velho com algumas correções e aperfeiçoamento daquilo que vinha dando certo. O que hoje conhecemos como Bolsa Família e mais bolsas e vales fazem das regiões norte e nordeste as duas regiões de maiores concentrações de usuários 48% cada uma, e transformando e tratando os beneficiários das regiões norte e nordeste como “gado” num curral de votos. O que deveria ser o caniço para depois ensinar a pescar, se transformou num assistencialismo; o que não passa de uma corrupção institucionalizada; que conta com o medo da perda dos benefícios, por isso aposta na votação maciça de usuários. As críticas são fundamentadas na forma com que governos tratam o projeto de forma assistencialista, mas que se manteve embora fora da lei por se tratar de corrupção legalizada, ou seja, a troca de numerário pelo voto.
Ninguém precisa entender e ensinar economia, para compreender porque em jun/jul/2013, a população e a sociedade organizada saíram às ruas com manifestações pacificas protestando com o rumo dado pelo governo a economia, que ficou exposta e vulnerável a pequenas marolas dos diversos setores que, por sua vez afetam a máquina administrativa sujeita a turbulência do mercado. Esse heim, hem, heim de que estão fazendo, ajustando e corrigindo é conversa fiada. Então onde estão os resultados, pois partindo do “BRIC”, só o Brasil não cresceu; devem explicar e contradizer os gráficos apresentados, e suponha-se que não haja maquiagens e muito menos manobras tendenciosas visando prejudicar nossos governantes.
O que não deixa de ser louvável, mas vem tardiamente, o aceno de mudanças como forma de reconhecer o erro; depois de tanto insistir com companheiros teóricos; mas de pouca prática e ação que deixaram o país em vias de sofrer um colapso econômico, social e moral. Entretanto chega-se ao ponto inicial da carta ao povo brasileiro: Tendo em vista a argumentação e exposição contida na respectiva missiva o que realmente mudou? Os governantes o resto continua a mesma coisa. Nada mudou tanto que serve com bom e forte argumento para o povo mudar.
Um Abraço,
13/09/2014.

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