Postado
por Augusto Nunes, 12/07/2014,
www.veja.com.br.
Texto de VLADY OLIVER:
Depois de duas fragorosas derrotas
sucessivas, a Seleção e sua comissão técnica ficam cada dia mais parecidas com
o bolivarianismo rombudo que professam por aqui na Latrino América,
caprichando na empáfia, nas desculpas esfarrapadas de sempre e na maldita mania
de substituir a verdade pelo que eles acham que seja a verdade para enganar
trouxas, cheia de furos, rombos e dinheiro escondido em cuecas, para a decepção
geral da patuleia sempre feita de besta a cada nova declaração destes meliantes
com cargo, crachá e sem a mínima vergonha na cara. O país não pode ser reduzido
a uma repartição pública, onde cretinos fundamentais culpam sua elite
trabalhadora pelo roteiro vigarista que promovem sem resultados e alardeiam sem
um pingo de escrúpulos para com a sociedade que lhes paga os salários
indecorosos.
Passou da hora de dar um basta nesta
camorra, meus caros. Já são vinte anos sucessivos de vigarice socialista,
barranco para encostar o lombo e dependência química das bolsas-miséria para
dar continuidade ao golpe em andamento. Formou-se uma geração inteira de
pedintes e dependentes desavergonhados. Se exportamos até futuros craques do
futebol é porque falimos até mesmo na administração de nossos próprios sonhos.
Não dou a mínima para o fato de perdermos de sete a um para a Alemanha: eu
perco diariamente de lavada quando sento diante de minhas máquinas para
trabalhar. É nesse momento que vejo o país-tribo, que se recusa a sair do pântano
e pedir ajuda, que cacareja uma ideologia porca e vê como inimigos aqueles que
têm alguma coisa a dizer e contribuir para sairmos deste beco em que nos
metemos.
É nesse mesmo momento que vejo as
escolhas erradas de um país brotar como um esgoto a invadir nosso meio campo,
comprometer nossa zaga e inviabilizar nosso contra ataque. O país vive uma
crise de educação sem precedentes, capitaneada por um bando de vigaristas que
não quer que o conhecimento ponha em risco suas intenções mundanas, que acha
mesmo que pingar um dinheirinho no cartão de um encostado é uma grande política
de inclusão social. Um bando de talibãs do esporte também acha que pode montar
um escrete canarinho e convocar duzentos milhões de técnicos para execrar nossa
obsolescência. São uns canalhas.
Modéstia à parte, eu me dei muito bem
na vida nos bastidores de algumas campanhas políticas vitoriosas que optaram
por dizer a verdade com algum talento, e não mentiras milionárias. Eu jamais
seria um João Santana de vida, porque sou honesto por premissa. Deve ser
difícil para um tal de “ícone do capitalismo rombudo” ter que embrulhar este
comunismo safado e este bolivarianismo tacanho para o consumo dos incautos, o
tempo todo. Minha conta num paraíso fiscal qualquer estaria abarrotada do nosso
rico dinheirinho público tungado pela quadrilha da vez que ora nos assalta.
Como deveriam fazer os Freds e os Felipões, além das Dilmas. Enganadores até a
medula querem morrer, abraçados ao dinheiro público como cracas em mares
revoltos.
Pois eu dou um conselho aos nossos
“oposicionistas”: coloquem TODOS OS DIAS no horário eleitoral gratuito as
declarações de nossa vigarista-em-chefe afirmando que SOMOS NÓS, a elite branca
deste país, os responsáveis pela indignação que estamos vendo pipocar em todo o
bananão glorioso. Eu disse TODOS OS DIAS, como um mantra, até que o desgosto
com essa prova acabada de estupidez mentirosa doa nos ouvidos eleitorado
decente, que quer ao menos um jogo limpo. Enquanto nossa Seleção fugia do campo
no fim do último jogo, a torcida aplaudia em campo os nossos algozes
vitoriosos. Era só um jogo, meus caros. Mas um jogo que mostra o quanto somos
mal educados, convencidos e tacanhos, além de jogar um futebol chinfrim e
mascarado diante de seleções verdadeiras. O país não suporta mais a mentira
como método, meus amigos. Que saibam perder, daqui pra frente. E que devolvam o
que nos roubaram nessa empulhação maldita.
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