Diante das provocações de Lula, ressalva o comentário de 1 minuto para o
site de VEJA, Aécio Neves não deveria limitar-se a deixar claro que nada houve de
irregular na construção de um “aeroporto” na cidade mineira de Cláudio. Já que
o ex-presidente descobriu que toda denúncia ou suspeita precisa ser
investigada, o principal adversário de Dilma Rousseff poderia convidá-lo a
revelar o que sabe sobre pelo menos duas histórias muito mal contadas: as
aventuras criminosas de Rose Noronha e o enriquecimento rapidíssimo do filho
Fábio Luiz, o Lulinha.
O que o palanque ambulante tem a dizer sobre as patifarias da amiga
especialmente íntima que reduziu a subsede de quadrilha o escritório paulista
da Presidência da República? Por que esconde da Polícia Federal, do Ministério
Público e do Judiciário informações que apressariam o completo esclarecimento
do caso? Por que o Instituto Lula banca as despesas de Rose e os honorários
(cobrados em dólares por minuto) da tropa de advogados contratados para
defendê-la?
Só o chefe e parceiro de Rose conhece os detalhes desse enredo. E só o
pai de Fábio Lulinha pode desvendar mistérios que há tempos intrigam milhões de
brasileiros. Se continuasse com o status de filho de metalúrgico, o jovem monitor
de zoológico teria virado empresário e pecuarista em menos de cinco anos? Teria
conseguido a carteira de sócio do clube dos milionários se não apresentasse na
portaria a carteira de identidade premiada?
Um vídeo de 58 segundos não comporta mais que dois exemplos. O timaço de
comentaristas está convidado a fazer a lista de vigarices, maracutaias e
safadezas que envolvem o chefe supremo da seita que só celebra missas negras. E
os candidatos oposicionistas que tratem de transformar o imenso acervo de safadezas
em munição para o combate ainda em seu começo.
Dilma avisou que em ano eleitoral costuma fazer o diabo. Lula e seus
devotos imaginam que, numa disputa pelo poder, o único pecado imperdoável é
perder. Aécio já mostrou que sabe disso. Precisa agora deixar claro que não
teme o bando de incapazes capazes de tudo. Só assim conseguirá identificar-se
com as multidões decididas a encerrar nas urnas a era da bandidagem.
Elegância não pode ser o outro nome da tibieza. Tolerância não é
sinônimo de capitulação. Acaba no chão quem tenta dançar minueto com quem só
conhece forró. Não se tira para uma valsa quem só sabe mover-se ao som de
quadrilhas. O avanço do primitismo não será detido com buquês de rosas. É
preciso escancarar a nudez do reizinho.
Se Lula continuar fantasiado impunemente de campeão da moral e dos bons
costumes, os pedófilos não demorarão a assumir o controle de todos os
orfanatos.
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