Ex-presidente faz ataque boçal ao
senador tucano Aloysio Nunes Ferreira, que propõe medida de proteção às
mulheres agredidas
Por Reinaldo
Azevedo, 16/08/2016,
www.veja.com.br
Luiz Inácio Lula da Silva pode, sim,
ser um sujeito asqueroso também quando o que está em pauta é a reputação
alheia. Não é um cara deletério apenas nos temas mais gerais, que dizem
respeito à política, à economia e à organização da sociedade. Nunca hesitou em
jogar a reputação alheia na fogueira e em fazer ilações absurdas sobre seus
adversários.
Este senhor participou nesta segunda de
um ato pelos 10 anos da Lei Maria da Penha, que foi aprovada pelo Congresso,
mas que ele privatiza sem nenhuma cerimônia. E o mesmo fazem os ditos
movimentos feministas — que são apenas aparelhos do petismo — que lhe deram
palanque.
Notem: o senador Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP) é relator de um projeto que altera a lei e aumenta a proteção às
mulheres. Por quê? Segundo o texto, os próprios delegados já podem adotar
medidas de proteção à vítima de agressões. Não é preciso esperar que o juiz o
faça. Ganha-se tempo. O delegado, claro! Tem de encaminhar as medidas a um
juiz, que deve referendá-las ou mudá-las num prazo de 24 horas.
Entenderam? As mulheres estarão mais
protegidas. Ocorre que as feministas do PT se querem donas das leis, das
mulheres e da verdade. E apelaram a Lula, o Macho Alfa do partido, para atacar
Aloysio. Afinal, se a medida não tem origem no “movimento”, então há
que ser descartada, ainda que as mulheres fiquem menos protegidas.
E Lula não teve dúvida. Atacou o
senador tucano, fazendo ilações, inclusive, sobre a relação de Aloysio com a
própria mulher. É uma coisa nojenta! Disse ele: “O senador Aloysio Nunes, um
homem que foi da UNE, que se diz de esquerda, avançado e socialista, é um
troglodita. Quer mudar a lei certamente para reprimir a mulher. Ele quer fazer
alguma coisa com ela e, por isso, mudou a lei”.
É fala de gente desclassificada.
No ato que deveria apenas comemorar os
10 anos da lei, Lula aproveitou para atacar a Operação Lava-Jato e para se
lançar candidato à Presidência da República em 2018:
“Eles que se preparem, que alimentem o ódio. Quanto mais ódio alimentarem, mais eu vou crescer. Daqui a pouco estou que nem um Pokémon. O objetivo deles é criar qualquer impedimento legal para não deixar que o PT volte a governar este país. Quando falo PT, é não deixar o Lula voltar a governar o país”.
Como tomo essas palavras? Como uma confissão.
Se, ao se falar PT, está se falando Lula, entendo que os crimes cometidos pelo
partido são, então, crimes cometidos por Lula, não é mesmo?
No surto costumeiro de megalomania,
mandou ver: “Não existiria Olimpíada no Brasil se não fosse eu”. E lamentou não
ter sido convidado para a abertura da Copa do Mundo de 2014. Que vá reclamar
com Dilma.
Segundo a Folha, disse ele: “Rei posto,
rei morto”. Se foi mesmo assim, o que é possível, inverteu as bolas: o certo é
“rei morto, rei posto”. Mas vai ver o petista está mesmo certo. Ele já se
imagina um rei posto, mas não passa mesmo é de um morto que ainda não recebeu o
recado do além. Não passa de um zumbi falastrão.
Ah, sim: o chefão do partido disse que
o PT volta ao poder em 2018.
Vai ter de combinar com o povo.
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