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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Um juiz de Brasília confirma a disseminação do exemplo de Moro



Lula deveria declarar-se perseguido por todos os juízes, todos os promotores e todos os agentes da Polícia Federal

Por Augusto Nunes, 08/01/2017,
 www.veja.com.br

MOMENTOS DE 2016

Publicado em 8 de agosto

O início da Olimpíada comprimiu numa nesga do noticiário o recorde estabelecido pelo juiz da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro horas antes da belíssima festa de abertura: Marcelo Costa Bretas sentenciou a 43 anos de prisão o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, condenado por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, organização criminosa e embaraço a investigação. É a maior de todas as penas impostas até agora aos delinqüentes desmascarados pela Operação Lava Jato e seus desdobramentos.

Uma dessas ramificações derivou da descoberta da ladroagem que, paralelamente ao grande assalto à Petrobras, sangrou em muitos milhões de reais o setor de energia, sobretudo o projeto nuclear. O esquema corrupto forjado por Othon, uma tropa de larápios e empreiteiros que acabaram encalhando no pântano do Petrolão funcionou anos a fio — e foi mais lucrativo do que nunca enquanto manipularam as licitações das obras da usina Angra 3. A denúncia contra o ex-presidente da Eletronuclear e seus 13 comparsas foi aceita pelo juiz Sérgio Moro em 3 de setembro de 2015.

O gatuno atômico mal disfarçou o entusiasmo quando, em 30 de outubro, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou a transferência do caso para a Justiça Federal no Rio. Longe da República de Curitiba, imaginou as coisas decerto andariam mais lentamente. E talvez fosse julgado por um magistrado menos inclemente com meliantes cinco estrelas.

Errou feio. Já em 2 de dezembro de 2015, o juiz Bretas aceitou a denúncia contra os 14 acusados. E neste 4 de agosto, passados apenas oito meses, puniu com histórica severidade o comandante do bando e mais 12 envolvidos nas patifarias. Talvez fosse mais sensato ter continuado em Curitiba, aprendeu Othon: a maior pena aplicada por Sérgio Moro desde o começo da Lava Jato puniu José Dirceu com 20 anos e 10 meses de prisão. Metade do tempo de gaiola fixado pelo juiz federal do Rio.

Os Moros são muitos, constatou o post publicado pela coluna quando Lula, um dia depois de pedir socorro à ONU fantasiado de vítima da perseguição do juiz de Curitiba, foi transformado em réu pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília. Estão por toda parte, e o caso do vice-almirante informa que alguns podem ser mais rigorosos que o original. Esses presságios recomendam a Lula ordenar aos seus advogados que reescrevam o documento enviado à ONU.

Em vez de atribuir todas as estações do calvário que percorre a Sérgio Moro, deveria declarar-se perseguido por todos os juízes, todos os promotores, todos os procuradores, todos os delegados e todos os agentes da Polícia Federal — fora a imprensa reacionária, a elite golpista e os loiros de olhos azuis. E também não custa registrar já no primeiro parágrafo que, com exceção desses cruéis perseguidores, os demais brasileiros sabem que ninguém é mais honesto que ele, nem existe no planeta viva alma tão pura.

O único risco é a comunidade internacional compreender que Lula sempre dividiu o mundo em duas tribos. Uma reúne os seus devotos. A outra é um bando de idiotas.

Comentários

Walter
 
Lulla na Cadeia! Isso ainda está faltando.

Tatu
 
Muito bom, mas a cereja do bolo será quando o Lula for à cadeia, pois ou ele vai ou será arrancado das ruas e enforcado em praça pública é o destino dele.

Vlady Oliver
 
PAÍS APRISIONADO

Toda vez que o nosso pobre país se submete à agenda picareta da esquerda dá nisso. É indisfarçável que o PT e seus asseclas na roubalheira andam por trás do financiamento de toda a gangue que eles encontram para deixar o país sob a ameaça de uma convulsão social, muito útil aos interesses rumbeiros dessa canalhada vigarista. É fato. Não é só incompetência, mas uma má fé ostensiva e militante, que resulta em presidiários custando ao país mais que seus universitários, além de uma política vagabunda, distraída, conivente com todo tipo de leniência que permita ficarmos eternamente sob o tacão de bandidos, reféns que somos de sua ideologia marreta, inclusista e distribuidora do nosso dinheiro público a fundo perdido, ameaçando indenizar as famílias dos presos nos “acidentes pavorosos”, enquanto quem fica aqui, do lado de fora da festinha, vai perdendo seu emprego sem direito a ajuda governamental nenhuma. É escabroso. Nojento. Asqueroso como querem dar um verniz de “convulsão social” ao que é manobra dos próprios agentes da vigarice. Ou será que parar o país para discutir bandidos presos não é a agenda de quem não quer discutir a política dos bandidos soltos? Inviabilizar o sistema é uma boa saída para evitar a prisão de todos os companheirinhos, não é mesmo? Este país é refém de uma agenda, meus caros. De uma ideologia tacanha. De um bando de boçais. De bandos e bandos de orangotangos – dançando um tango – pra te matar. De lulinhas e lulões, soltos, abastecendo seus iates de cem milhões de reais flagrados nas redes sociais, enquanto nos distraímos com as cabeças fora do corpo deflagradas pelo estado islâmico do Amazonas. Não vai me espantar que uma crise fabricada sob medida para acuar e culpar o Governo Federal por suas mazelas não tenha os mesmos ingredientes largamente utilizados em 2006 para tentar desestabilizar o Governo Estadual paulista. E por trás de tudo isso, um bando de “socialistas em botão”, ávidos por encontrar em Temer o que jamais conseguiram ver numa Dilma do chefe, o tempo todo em que ela nos desgovernou. Vai tentando me enganar nessa.

Alaor Batista Pinto
 
Logo o Lula poderá acrescentar a lista dos que o persegue o FBI. Não poderá viajar ao exterior, talvez possa ir até Cuba ou à Venezuela, por algum tempo…

Robson La Luna Di Cola
 
Existem ingênuos que acham que com a queda do PT, a corrupção vai diminuir no Brasil. Bobagem! A corrupção em nosso país é endêmica! Atingiu QUASE TODA A POLÍTICA. Quase toda a sociedade brasileira…

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