Por Augusto Nunes, 29/01/2016,
www.veja.com.br
Texto de Reynaldo Rocha:
Decididamente,
não há lugar no mundo para coincidências nem para probabilidades. Assim é, por
exemplo, com certos pratos culinários: são conhecidos por nomes diferentes,
mas, na prática, o resultado não varia ─ como diria Haruki Murakami.
Coincidência é a forma encontrada para explicar o inexplicável. Probabilidade é
a razão pela qual, a partir de fatos, se chega a uma explicação. Essa diferença
não muda o sabor do prato, mas demonstra como foi feito.
A OAS e a
Odebrechet são as maiores empreiteiras do Brasil e, também, as maiores
fornecedoras da Petrobras. Ambas gerenciaram boa parte dos recursos bilionários
do Petrolão, parte dos quais permaneceu nos cofres dessas empresas depois do
repasse de propinas ao PT e demais partidos envolvidos na ladroagem. Um
apartamento tríplex no Guarujá. Um sítio em Atibaia. E lá estão elas de novo.
Só não muda um personagem: Lula.
A
explicação inicial para a aquisição do apartamento evocava cotas que só existem
em consórcios. Não é o caso: o que houve foi uma venda, e por isso mesmo
declarada no Imposto de Renda. O apartamento tríplex de 250 metros
quadrados, de frente para o mar, custou R$ 47 mil. A fila seria de bom tamanho
se houvesse outros.
A OAS
esbanja incompetência no setor de construção de prédios e venda de apartamentos.
Vale lembrar que a reforma do apartamento de R$ 1 milhão e 800 mil
consumiu outros R$ 800 mil, também bancados pela OAS. Explicação: era
preciso “melhorar” o apartamento para facilitar a venda. O engenheiro
responsável pela “reforma” alega ter praticamente construído outro apartamento,
e que a família Lula era a única interessada na aquisição.
Isso não
teria acontecido porque o apartamento já tinha dono, como comprova a
declaração de renda de Lula? E por que a OAS vendeu por R$ 47 mil um apartamento
que valia R$ 1 milhão, sem contar os R$ 800 mil da reforma, tudo sem cobrar
nada de ninguém?
E o sítio
em Atibaia, onde a Odebrecht acaba de aparecer? São R$ 500 mil de material, R$
90 mil semanais para o pagamento de outra reforma (em dinheiro vivo) e um
engenheiro (adivinhem de qual empresa?) que trabalhou nas férias e de
graça. A dona da loja de materiais de construção afirma que quem pagou foi
a Odebrecht, que finge ignorar a existência do sítio.
O que une
a OAS e a Odebrecht, além do Petrolão? Lula, de novo. O ex-presidente que voava
nos jatinhos das duas empresas. O menino de recados e lobista tem apreço por
extravagâncias: gosta de visitar apartamentos que não compra e de freqüentar um
sítio pertencente ao filho de um companheiro petista que é sócio de um dos
lulinhas. Todas as despesas são bancadas pelas empresas às quais o pai presta
serviços e vassalagem.
Apostar
em coincidências para explicar casos do gênero é uma ofensa à inteligência de
alguém que saiba ler pelo menos uma frase. A probabilidade é o passo que
antecede a certeza. Assim, é provável que Lula seja um corrupto que possui
imóveis que não teria como comprar com os rendimentos que aufere legalmente.
O que liga empresas corruptas e uma quadrilha estatal tem um ponto em
comum: ele, sempre ele. Não é coincidência.
Comentários:
Diogo
30/1/2016 às 16h52min
Por muito menos do que isto o Collor foi cassado e
escorraçado, só que agora o Collor é aliado do lulalau e da Dilma.
30/1/2016 às 14h55min
Coincidência?
Há casos em que as pessoas nascem com o símbolo químico do cobre virado para a lua. O ex-deputado João Alves “ganhou” na loteria 221 vezes. Qual a explicação do nobre parlamentar: “Deus me ajudou e eu ganhei”. Simples assim!
Há casos em que as pessoas nascem com o símbolo químico do cobre virado para a lua. O ex-deputado João Alves “ganhou” na loteria 221 vezes. Qual a explicação do nobre parlamentar: “Deus me ajudou e eu ganhei”. Simples assim!
Agora, não estamos falando de um sujeito qualquer, é “O Cara
do Barak Obrahma”, da “viva alma mais honesta do Brasil”, a imaculada, a
purinha, a que sempre tem uma boa idéia na cabeça, diuturna e “noturnamente”,
sempre pensando em ajudar os companheiros carentes. Se o sol nasceu para todos,
o Solaris apareceu na vida dele sem que ele soubesse de nada. Ele nunca gostou
de Tríplex, ele gosta mesmo é de dose dupla. Que quando atinge a meta, ele
dobra a meta. 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, opa! Talvez o apto. 164, cuja dezena
(64), é Leão (do IR?), tenha sido um erro de cálculo. Ou, quem sabe, tenha sido
um milagre da Ditadura. Olha o 64, aí, gente!!! Aquele que, com o dinheiro do
contribuinte, deu tantas casinhas do Minha Casa, Minha Vida, desta vez tenha
sido “premiado” por algum TODO PODEROSO que construiu a cobertura e quis dar de
presente para o perseguido trabalhador. Surpresa de amigo secreto. E ele, tadinho,
não sabia de nada e foi envolvido no milagre dos outros. “Pura coincidência”. De
coincidência em coincidência… é mais fácil um certo honesto entrar no Reino da
Papuda do que a “oposição” falar uma palavra sobre todos estes acontecimentos.
Coincidência?
Haddammann
30/1/2016 às 13h58min
“Cumprei uma ‘córta’ ni num conçórçu pá póbri i mi déru um
trírpéxxi di 1 mirlão i mei, máis u bárracu tava pricisânu di rerfórma, i intão
tivéru qui gastá pá eu pargá us 47 mil e ainda fiz êis mi dá um sítiu di
brirnde, sinão num aceitávu”.
“I árssim qui a Pertobás ficá à venda vô tê qui arjudá a comprar as ação prirferênciau pá arjudá u povu barsilêru”.
“I árssim qui a Pertobás ficá à venda vô tê qui arjudá a comprar as ação prirferênciau pá arjudá u povu barsilêru”.
“Sô um surjêtu ôrnéstu i caridózu (num farlei carodôezu); i
se êis tivé um pirngu di ôrnêistidádi qui nem eu, daí eis bóta lá in cima dá
lárgi uma istáuta bem grandona, inté vô gôistá si fô mais maió qui aquele
Cristu qui cisma di ficá querênu tê árlma máis ôrnésta qui a minha; num dô érssas
môrleza, fui unrgídu pelus sindicátu, i é irssu qui u povu téin inrvéja”.
Ricardo-MG.
30/1/2016 às 13h43min
Rapaz!!! Essa “rapaziada” da PF, MPF capitaneadas pelo Dr.
Moro ainda tem muita, mas muitas mesmo “surpresinhas” a serem desembrulhadas
tempestivamente.
Perderam playboys e palygirls…
Não se exasperem, vocês também vão ganhar uma viagem ao
Paraná…
MARCUS
30/1/2016 às 13h27min
Estimado redator: Dúvida! Será que ainda dá tempo de tirar
meu nome do apartamento que eu comprei financiado (na verdade, agora que
percebi que apenas comprei cotas) pra eu poder declarar à Receita Federal que
eu apenas o freqüento?
Oliver
30/1/2016 às 12h36min
A BANDA PODRE
Sabem o que é nojento, o que é asqueroso, o que é abjeto? É
vermos que a maior quadrilha que já se apoderou da coisa pública mentindo,
manietando, achacando e ameaçando, o fez primeiro enganando suas hordas e
hordas de eleitores feitos de otários neste país. Da Bancoop à presidência de
uma república de bananas, nada escapou da sanha pilantra dessa gente rameira,
que vinha com a cartilha marxista debaixo do braço a brandir uma “justiça
achada no lixo”, mas que, na verdade, alimentavam mesmo é os seus sonhos
pequeno-burgueses dos anos setenta, capitalizando a coisa com o capital alheio,
como bem cunhou Reinaldo Azevedo. A constatação de mais essa vigarice não é
minha; é dos antagonistas. Mas salta aos olhos que esses canalhas “odeiem a
classe média”, mas queiram reproduzir sem o menor pudor os sonhos de consumo
barato de todo rato que sobe na vida: em São Paulo, é ter “um apartamento no
Guarujá e um sítio em Ibiúna ou adjacências”. Desculpem-me, amigos, mais isto é
coisa de pobre. Milionário, mas pobre. Gente que pensa com a cabeça ancorada no
século passado, como bem demonstrou a defesa inflamada da cartilha pilantra do
socialismo, essa coisa idiota parida antes dos emergentes e muito antes do
mundo digital, que escancara pra todo mundo ver do que é feito um pilantra
dessa “catchiguria”. Lulão e sua gangue foram desmascarados. Não vejo nas tevês
aparelhadas até a medula, no jornal cheio de moscas – que finalmente teve de
capitular e falar a verdade entalada em nove de cada dez brasileiros – algum
“cientista político, antropólogo ou economista” a explicar, em sonoro e
pusilânime bolivarianês, o significado estético de toda esse arquétipo
carcamano. Parece que a casa caiu mesmo. Não há o que justifique o que é roubo,
apropriação indevida, desvio de dinheiro público e o apadrinhamento na qual
vivia o séquito dos lula da silva e toda a sua quadrilha. Como chefe da seita
picareta que dirigia, da camorra que pilotava, do bando que se lambuzava com o
nosso dinheiro, lulão e suas malas de procedência duvidosa finalmente boiaram
na lama pútrida que nos governa todos esses anos. Pois eu quero saber hoje como
se sente um petralha, destes que queimam a VEJA em universidades públicas e
saem em passeata por algum “benefício” – como andar de ônibus de graça à custa
dos partidecos comunistas que abraçam a causa para subirem na vida. Não se
enganem, bando de otários com bandeirinhas vermelhas enfiadas na cueca. Por
trás de mais essa gratuidade, mais essa “bolsa-miséria”, mais esse mutirão de
catarata, esconde a real natureza do socialismo; subir na vida com dinheiro dos
outros, na lei do menor esforço. Quem não entendeu o significado do que está
sendo denunciado pela imprensa hoje merece mesmo ficar levando bomba de gás
lacrimogênio nos cornos, para ver se deixa de ser idiota. O tal de Vagner,
aquele que “pegaria em armas” para defender essa mamulenga e seu séquito de
pilantras pendurados nas tetas públicas também tem o seu apartamento conseguido
à custa dos otários. A Bancoop tem cara de igreja neo-pentecostal, não é mesmo?
Lá foi cimentada a barragem de rejeitos humanos que moldaram o PT e sua banda.
O problema é que era muita lama para acomodar em pouca iniciativa privada. Um
dia, a coisa toda viria abaixo. Veio.
Boa tarde, Oliver! O Augusto está fora, mas lerá a todos os
seus comentários assim que voltar. Abraço! Naomi.
Péricles
30/1/2016 às 12h25min
Um apartamento em ponto nobre do Guarujá, com 297 m², por R$
47695,38, sai por R$ 160,59 o m². Isto não é galinha morta, nem o galinheiro
inteiro; isto é um sítio em Atibaia.
Patrícia Regina Mosconi
30/1/2016 às 07h49min
O “não sabia” de Lula pode acabar esbarrando na Marisa. O
homem é tão mentiroso, que é bem capaz de negar a paternidade dos “lulinhas”,
frente aos escândalos que esses enfrentam.
Toninho Malvadeza
30/1/2016 às 03h18min
Lula ainda vai dar muitas alegrias aos brasileiros.
No dia que for PRESO!
No dia que for PRESO!
Valentina de Botas
30/1/2016 às 02h44min
Uma lição da cabala judaica diz que três homens encontraram
uma sacola com dinheiro. Um a viu e nem a tocou; o segundo a pegou e,
arrependido, voltou para devolvê-la; e o terceiro sumiu com ela. Quem aprendeu,
o espírito de qual deles deu um salto evolutivo? O segundo. Minha lista das
melhores coisas da vida inclui uma segunda chance depois de estragarmos tudo:
se falamos demais ou de menos ou na hora errada sobre ou para quem não merecia,
se deixamos de fazer o que podíamos ou fizemos mais do que deveríamos, se
forçamos a barra quando tudo pedia a paciência que só os ossos têm e que não
acha lugar no nosso coração desarrumado de desejo, ou se hesitamos diante do
cavalo selado à nossa porta, se recuamos covardes ou avançamos cegos, enfim,
quando escutamos no fundo da consciência aquele “ops!”. É aí que as pessoas de
caráter se arrependem: arrependimento é para os fortes. Na delação premiada
acordada em agosto na Lava Jato, o lobista Fernando Moura entregou JD, Renan
Calheiros, Renato Duque e Sílvio Pereira desde a fase larvar do petrolão.
Diante do juiz Sérgio Moro, neste 26 de janeiro, recuou. Dois dias depois,
recuou do recuo, assumiu as conseqüências de mentir a um juiz, reiterou tudo o
que dissera na delação, pediu uma segunda chance com Moro e, chorando
arrependido, relatou uma abordagem pavorosa em que os netos pequenos foram
ameaçados veladamente na véspera do depoimento a Moro. Constatando que os
comparsas são mais do que ladrões – são mafiosos –, o lobista decidiu mentir
para o juiz da Lava Jato. A perda dos prêmios da delação já se configurara no
recuo diante de Moro, não importando para esse efeito se o lobista mentira
antes ou depois, portanto não sei se foi isso que o levou ao arrependimento. Ou
se ponderou que chantagistas são insaciáveis e que os netos estariam mais
seguros se a verdade prevalecesse. O que sei é que para o Brasil submetido à
era da canalhice vale o pulsar do caráter mesmo entre os bandidos. No
depoimento desta quinta-feira, viu-se um criminoso se assenhorando de um
caráter, com aquela altivez que um pecador alcança ao se humilhar tangido pela
própria consciência. Não me ocupo aqui do perdão, isso é com Deus; nem do
restabelecimento dos prêmios da delação, isso é com a Justiça. Mas dos
vestígios de caráter, essa coisa imaterial que a era da canalhice comandada por
um jeca de sonhos totalitários de poder e de consumo pequeno-burguês-novo-rico
pretendeu aniquilar no Brasil, salgando a terra para garantir a efetivação do
projeto odioso. Se mesmo no meio da bandidagem, o caráter se ergue, no meio de uma
nação de presente arruinada e futuro saqueado, ele há de tocar os que não
cobraram o impeachment. Arrependidos? A cabala ensina que um homem arrependido
pode ser valoroso; a Lava Jato oferece a luxuosa segunda chance para milhares
de indignados demonstrá-lo cobrando o fim da era da canalhice. Um beijo
O Augusto está fora, Valentina, mas já me certifiquei que ele
leia o comentário assim que voltar. Um abraço! Naomi.
Nobile
30/1/2016 às 01h14min
Por que tudo na família Lula da Silva é nebuloso, enrolado,
obscuro, mal explicado, hein? Os membros dessa família têm uma peculiaridade
impressionante, coisa que merece um estudo psicanalítico: MORAR DE FAVOR NA
CASA DOS OUTROS!!! E como lazer, freqüentar, como se deles fossem (será que não
são?) sítios e apartamentos praianos sempre “dos outros”. Se forem tão honestos
assim, por que não fazem o que qualquer ser humano normal faz, quando junta
suas economias, fruto de seu trabalho, ou seja, simplesmente COMPRA as coisas
que pode comprar? Em São Bernardo do Campo essa família morou de favor anos e
anos numa casa de propriedade do “cumpadi” Roberto Teixeira, advogado
provinciano, que a partir de 2003 começou a captar clientes pesos pesado da
economia nacional, inclusive uma gigante da aviação civil. Nada nessa família é
feito às claras. Impressionante!
Fernando
29/1/2016 às 23h47min
Sinceramente o Brasil por incrível que pareça ainda tem
jeito… Mais quem faz uma nação é o povo… Se o Lula ganhar daí sim eu acredito
que o Brasil não tem jeito… Todo mundo sabe que o PT além de ser o partido mais
corrupto da história ainda não sabe gerir… Um “cara” (lula) que alega que nunca
soube, nunca viu, e ainda tem um instituto pra sair em defesa do seu nome ao
invés dele mesmo se defender, não pode ser sério. Não me lembro de um instituto
com nome de um ex presidente que não seja um museu de história por ex, o do
Lula é um *instituto* de lobby para seus interesses e de seus pares… Vamos ver
se esse país ainda tem jeito…
J Elias
29/1/2016 às 23h02min
Mais claro impossível. Até os idiotas daquela quadrilha
compreenderão este texto espetacular, embora saibam destas “coincidências” por
outras vias. Acho que é só o começo do desmanche do maior mau caráter da
história do país.
José Carlos
29/1/2016 às 21h11min
Famiglia Lulla: nove dedos e infinitos tentáculos.
José Luiz cordeiro
29/1/2016 às 19h53min
Lula tem que ir para a cadeia.
Se julga tão popular porque não vai para as ruas assim como
outros petistas e verão o que os espera.
Cambada de bandidos.
Maria-maria
29/1/2016 às 19h45min
O preço do triplex chega a ser irrisório se considerarmos o
valor da hora-palestra do ilustre multidoutor, mas, estranhamente, diante de
tantas evidências de macro-roubalheiras continuadas, foi essa propriedade até
modesta que possibilitou, pela primeira vez, que o energúmeno fosse convocado,
na condição de intimado, a prestar esclarecimentos ao MP.
Rose
29/1/2016 às 19h44min
RR, “A fila seria de bom ta se houvesse outros”, terceiro
parágrafo, e “além do Petrolão?” no penúltimo parágrafo, estão faltando algumas
letras. Abraço
Obrigado, Rose. Erros corrigidos. Um abraço
Marco Antonio -
Curitiba (PR)
29/1/2016 às 19h13min
Você não entendeu Reynaldo?
Lula foi favorecido pelo sistema de cotas para quem só tem 9
dedos.
Rosemary
29/1/2016 às 19h05min
Precisa dizer mais alguma coisa?
Realmente não é caso de coincidência; é caso de reincidência.
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