Com o sumiço dos empreiteiros,
dos reitores e dos companheiros, só a visita de advogados impede que o bunker
do ex-presidente fique mais deserto que enterro de indigente
Por Augusto
Nunes, 07/10/2016,
www.veja.com.br
O Instituto Lula anda mais deserto que enterro
de indigente. Os empresários que patrocinavam o camelô de empreiteiras
disfarçado de palestrante estão na cadeia ou usando tornozeleiras. Também se
evaporou a fila de reitores interessados em transformar em doutor honoris causa
o Exterminador do Plural que nunca leu um livro nem aprendeu a escrever. E os
candidatos que faziam o diabo para enfeitar o palanque com o campeão de votos
hoje fogem de Lula como o diabo da cruz.
Como até Dilma Rousseff tem mais coisas a fazer, o
réu da Lava Jato dispõe de todo o tempo do mundo para conversar com os
advogados que todo santo dia dão as caras por lá. O ex-presidente que não é
visitado por ninguém acorda e dorme sonhando com algum milagre capaz de
livrá-lo da visita à República de Curitiba ─ e com a algum álibi que torne
menos penosa a visita ao juiz Sergio Moro. Não vai conseguir nem uma coisa nem
outra.
O que já estava muito ruim ficou bem pior nesta
semana. O acervo de maracutaias envolvendo o chefão foi ampliado com negociatas
produzidas em parceria com seu sobrinho Taiguara Rodrigues. Há poucas horas, o
ministro Teori Zavascki anexou o ex-presidente ao balaio dos indiciados no
Quadrilhão.
Bom nome. No caso de Lula, quadrilha é pouco. Tudo
em que se mete é superlativo.
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