Por Augusto Nunes, 17/04/2016,
www.veja.com.br
“Ninguém pode negar a honestidade pessoal da
presidente”, repetem jornalistas federais agarrados à suposição de de que
Dilma Rousseff jamais engordou com dinheiro sujo a própria conta bancária.
Conversa fiada. Quem nunca embolsou propinas não é necessariamente honesto. O
juiz de futebol que inventa pênaltis por amor ao time é tão desonesto quanto o
que valida gols de mão por um punhado de pixulecos.
A candidata que mente, tapeia e faz o diabo para
continuar no Planalto é tão vigarista quanto o estelionatário que tunga a
poupança da tia com o conto do bilhete premiado. Fantasiada de faxineira, Dilma
sempre tentou varrer para baixo do tapete o lixo produzido pelos corruptos de
estimação. Disfarçada de supergerente durona, avalizou a roubalheira do
Petrolão. Caprichando na pose de bedel do colégio de freiras, promoveu Erenice
Guerra a melhor amiga.
Dilma aprendeu com Lula que honradez é coisa de
otário. Ambos são desonestos. A diferença está na moeda usada nas transações em
que se metem. A afilhada aprecia cargos públicos e poder. O padrinho prefere
receber em espécie, mas aceita doações em forma de imóveis.
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