Veja resumo das frentes jurídicas
contra a sujeira petista
Por Felipe
Moura Brasil, 07/04/2016,
www.veja.com.br
A batalha jurídica da oposição contra Lula, Dilma
Rousseff e o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, têm várias frentes.
1) Uma delas já rende
frutos: o juiz federal Augusto César Pansini Gonçalves, da 1ª Vara Federal de
Curitiba, determinou
abertura de ação “com urgência” contra Dilma e Aragão pela suposta (não para
este blog) tentativa de interferir nas investigações da Operação Lava-Jato.
“Intimem-se e em seguida citem-se os réus”,
escreveu Pansini em resposta à ação popular ajuizada pelo deputado
Fernando Francischini (SDD-PR).
Em seu despacho, o magistrado destaca as
intimidações petistas contra o trabalho policial:
“Próceres do Partido dos Trabalhadores,
especialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (investigado,
ressalte-se, na Operação Lava-Jato), vinham fazendo seguidas críticas à atuação
do antigo ministro da Justiça e atual Advogado Geral da União, José Eduardo
Cardozo, alegando que ele não controlava a atuação da Polícia Federal,
intimidações que, aliás, precipitaram a sua saída do Ministério da Justiça”.
Pansini afirmou ainda que a fala de Aragão
quando assumiu o cargo, de que promoveria uma remoção nos quadros da
PF caso sentisse “cheiro de vazamento”, serviria para
deter investigações:
“Nessas circunstâncias, soa inadequado o
pronunciamento de Eugênio Aragão. Sua fala sugere, prima facie, que a
troca de comando na PF não terá a finalidade de punir servidores faltosos, mas
a de manietar a Operação Lava-Jato”.
É
exatamente esta a intenção, senhor juiz. Parabéns por mostrar a eles que a
Justiça está de olho.
2) O DEM recorreu ao STF para impedir o
governo de liberar dinheiro em forma de emendas parlamentares em troca de votos
contrários ao impeachment de Dilma e para anular a execução das emendas já
liberadas com este propósito.
O senador Ronaldo Caiado – que, nesta
semana, também representou contra Dilma na PGR por uso político do Palácio do
Planalto -, acusa o governo de articular “negociatas políticas” em um
“verdadeiro balcão de negócios” em busca de apoios para enterrar o processo; e
afirma que, em plena crise econômica, foram liberados de forma seletiva
6,6 bilhões de reais em emendas individuais.
Isto, sim, é “vazamento seletivo”, querida.
3) Já o deputado Raul
Jungmann, do PPS, está preparando uma representação contra Lula, segundo o
Radar de VEJA.
O material será enviado ao procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, e pedirá que um processo seja aberto contra o petista
devido ao bunker montado num hotel em Brasília onde Lula tem negociado votos de
deputados para evitar o impeachment de Dilma.
O ex-presidente tem de ser enquadrado
por desobediência à decisão judicial do STF de suspender sua posse como
ministro, usurpação de função pública, além de seu velho conhecido tráfico de
influência.
Que Lula compre parlamentares à luz do
dia, enquanto o Supremo não toma a decisão definitiva em plenário sobre
sua entrada ou não para o governo (que poderá nem mais existir), é uma das
maiores vergonhas da história recente deste país.
Avante, oposição.
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