Por Augusto Nunes, 10/09/2015,
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Texto de Vlady
Oliver
Se meu nobre amigo Augusto Nunes me permite a
indicação, é excelente o artigo de Ricardo Vélez Rodrigues hoje replicado no
vizinho distante, Aluízio Amorim. Um retrato bastante preciso e sem retoques do
que é a petralharia no poder. Só volto a discordar do Olavão e seus discípulos
quando todos insistem em traduzir para um refinado planejamento intelectual desses
carcamanos o que é uma mentalidade pura e simples.
Já disse aqui que conheço uma seita por dentro.
Posso afirmar de cátedra que as decisões não se dão milimetricamente
calculadas; pelo contrário. Tal como uma reunião de vespas raivosas, a coisa se
dá na base do “vibrar na mesma onda” e ganha adeptos imediatos entre aqueles
que só pensam com a metade esquerda do cérebro baldio. Alguém inventa lá:
“Vamos enganar nossos otários assim? Logo uma multidão de falsários,
vigaristas, ascendentes sociais e militantes marretas se oferecem para o pedido
de gincana da vez. É um erro acreditar que gente com tanta deficiência
intelectual saiba o que está fazendo.
O que existe e que une essa galera torta feito cola
de sapateiro é um fascínio desmesurado pelo poder. Onde se esconde Dilmita
bacana? A dona colhida pela maior crise republicana brasileira vai para o meio
do mato entregar casinhas. Bem se vê o que resta de toda sua ideologia marreta
e sua baioneta retórica. Uma espécie de osmose com o Sílvio Santos. Um “quem quer
dinheiro” picareta, elegendo a compra de apoios e armistícios como a muleta da
vez para a sua oceânica antipatia crônica. O sonho dourado de Dilma e Lula é a
aceitação. Para isso não poupam os cofres públicos, em busca de apoio para
aplacar a gigantesca síndrome de preteridos. Este é exatamente o ponto, meus
caros.
Evidente que tal crise de identidade acaba por
reverberar em muito brasileiro. Todos aqui querem subir pelo atalho. Ganhar
tempo em meio ao terreno baldio e à pirambeira moral aqui erigida. Se o governo
oferece esse atalho via alinhamento, dinheiro fácil, compadrio e um “corruptos
anônimos”; um tipo de apoio psicológico onde você encontra outros na mesma
condição para sublimar as culpas, a coisa se torna um grande clube de batedores
de carteira, não é mesmo? É o que eu vejo vicejar no país; uma mentalidade e um
culto ao tacanhismo. Tal como as pirâmides, evidente que há corrente um dia se
quebra. Evidente que os últimos elos da corrente não receberão o que lhes foi
prometido.
O que falta saber aqui, e isso todo brasileiro de
bem anda esperando, é se a polícia, que já foi acionada para desbaratar a
quadrilha, vai chegar a tempo de prender seus principais executores. Ou eles
continuarão com essa desfaçatez, humilhando os decentes, ameaçando a sociedade
pagante com mais impostos, stédiles amestrados e mais roubalheiras?
Dilmita bacana, lá da Martinica, não consegue se
divertir com um cacho de banana nanica. Precisa seviciar uma nação inteira. É
claro que a síndrome de rejeição dela e do pai, Lula da Silva, assumirá
contornos de patologia extrema ao saberem que o que fizeram ao país gera
cadeia. Acho, no entanto, que a civilidade, as relações humanas, o apreço pela
pátria e os valores nacionais deveriam vir primeiro, na escala natural das
coisas. É didático impor ao cidadão a responsabilidade pelos seus atos, mandos
e desmandos.
Mais que isso: é fundamental para um país que se
quer nação. Se estes dois senhores não tiverem o fim que a sociedade vem
exigindo, o país estará condenado. Que os homens da lei pensem bem nisso.
Trabalhar numa seara onde o bandido é o dono do pedaço definitivamente não faz
do policial um homem correto. Ser presidido por bandidos não faz o país trilhar
um bom caminho. Ter estes políticos que aí estão, relativizando as coisas, não
leva o país um milímetro sequer adiante. E o preço a pagar por tudo isso sobe a
cada dia. Precisa desenhar?
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