Estadão, 09/01/2013,
www.estadão.com.br.
O diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto, disse nesta quarta-feira, 9, que...
O diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto, disse nesta quarta-feira, 9, que não se opõe à possibilidade de o
Ministério Público Federal (MPF) investigá-lo sobre as acusações do operador do
mensalão, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. "Se o Ministério
Público tem algum elemento de credibilidade e acha relevante fazer a
investigação, acho que tem mais é de fazer. Esse é o papel do Ministério
Público", reagiu Okamotto, se referindo ao depoimento de Marcos Valério
onde relatou ter sido ameaçado de morte por ele.
Segundo o Estado, o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, decidiu remeter à primeira instância as acusações de Valério de
que o esquema do Mensalão pagou despesas pessoais do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Okamotto não se pronunciou sobre a decisão do MPF referente à
Lula e disse não ter lido a reportagem do jornal.
Em férias. A assessoria de comunicação de Lula
informou que não há nenhuma posição oficial do ex-presidente sobre o
encaminhamento das investigações sobre ele ao Ministério Público. Segundo a
assessoria, que considerou "incorreta" a reportagem, não há uma
posição sobre o assunto porque não há decisão oficial da Procuradoria em
encaminhar o processo para a primeira instância.
Inicialmente, a assessoria do Instituto Lula não
quis informar o paradeiro do ex-presidente da República, mas disse em seguida
que ele estaria viajando com a família pelo "litoral brasileiro" e
que deve retornar a São Paulo na próxima semana.
Nota oficial. "Em relação à manchete de
primeira página do jornal O Estado de S. Paulo de hoje, segundo a qual o 'MPF
vai investigar Lula', lamento profundamente que o jornal tenha induzido ao erro
seus leitores e outros órgãos da imprensa, já que não há hoje nenhuma decisão
oficial sobre o assunto por parte da Procuradoria-Geral da República, de acordo
com manifestação oficial do órgão desmentindo a matéria. Estranho tal equívoco
na primeira página de um jornal tão tradicional como O Estado de S. Paulo, e
prefiro acreditar que não existiu nenhum viés mal-intencionado no
ocorrido."
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