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quinta-feira, 30 de junho de 2016

PF faz operação contra fraudes de R$ 90 mi nos fundos da Petrobras e Correios



Ação se concentra em investimentos feitos pelos dois fundos na empresa Galileo Educacional, que teve falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro em maio passado

Veja, 24/06/2016, www.veja.com.br

Paulo Gomes (Procurador da República) e Tacio Muzzi (Delegado da Polícia Federal / Chefe da DELECOR/RJ) participam da coletiva de imprensa da 'Operação Recomeço', na sede da Polícia Federal, no centro do Rio de Janeiro (RJ) - 24/06/2016

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira sete mandados de prisão temporária, e 12 mandados de busca e apreensão na Operação Recomeço; que apura desvio de 90 milhões de reais dos fundos de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, e Postalis, dos Correios. As investigações miram os crimes de gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira, associação criminosa e negociação de títulos sem garantia suficiente. A ação está centrada em investimentos feitos pelos dois fundos na empresa Galileo Educacional, que teve falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro em maio passado. A operação envolve 60 policiais federais e foi deflagrada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

Segundo a PF, foram preso um ex-diretor financeiro do fundo Postalis, em Brasília, um homem ligado ao grupo Galileo e um dos donos da Universidade Gama Filho, ambos no Rio de Janeiro. A nota da Polícia Federal não informa nomes, mas o Ministério Público Federal (MPF) informou mais cedo que a polícia havia pedido a prisão de Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor financeiro do Postalis.

Entres as pessoas ligadas ao grupo Galileo, tiveram a prisão pedida os sócios Márcio André Mendes Costa e Ricardo Andrade Magro. Entre os donos da Universidade Gama Filho, foram pedidas as prisões de Paulo César Prado Ferreira da Gama e Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz. As ações acontecem em Brasília, Rio e São Paulo.

A Galileo era controladora da Universidade Gama Filho, que encerrou as atividades em 2014. Segundo a PF, os fundos de pensão teriam adquirido cerca de 100 milhões de reais em debêntures emitidas pela Galileo para a recuperação da Gama Filho, mas os recursos não foram aplicados na universidade. "Quando a instituição de ensino 'quebrou', (os fundos) perderam quase todo o dinheiro aplicado, totalizando 90 milhões de reais", informou a Polícia Federal em nota.

A suspeita, diz a PF, é de que a Galileo "teria apresentado garantias insuficientes, além de ter desviado grande parte dos recursos aportados pelos fundos, em favor de seus sócios e pessoas jurídicas, ao invés de contribuir para a manutenção e recuperação do estabelecimento de ensino".

(com Estadão Conteúdo)

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