Ação se concentra em
investimentos feitos pelos dois fundos na empresa Galileo Educacional, que teve
falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro em maio passado
Veja, 24/06/2016,
www.veja.com.br
Paulo Gomes (Procurador da
República) e Tacio Muzzi (Delegado da Polícia Federal / Chefe da DELECOR/RJ)
participam da coletiva de imprensa da 'Operação Recomeço', na sede da Polícia
Federal, no centro do Rio de Janeiro (RJ) - 24/06/2016
A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira sete
mandados de prisão temporária, e 12 mandados de busca e apreensão na Operação
Recomeço; que apura desvio de 90 milhões de reais dos fundos de pensão Petros,
dos funcionários da Petrobras, e Postalis, dos Correios. As investigações miram
os crimes de gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira,
associação criminosa e negociação de títulos sem garantia suficiente. A ação
está centrada em investimentos feitos pelos dois fundos na empresa Galileo
Educacional, que teve falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro em maio
passado. A operação envolve 60 policiais federais e foi deflagrada em conjunto
com o Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a PF, foram preso um ex-diretor financeiro
do fundo Postalis, em Brasília, um homem ligado ao grupo Galileo e um dos donos
da Universidade Gama Filho, ambos no Rio de Janeiro. A nota da Polícia Federal
não informa nomes, mas o Ministério Público Federal (MPF) informou mais cedo que
a polícia havia pedido a prisão de Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor
financeiro do Postalis.
Entres as pessoas ligadas ao grupo Galileo, tiveram
a prisão pedida os sócios Márcio André Mendes Costa e Ricardo Andrade Magro.
Entre os donos da Universidade Gama Filho, foram pedidas as prisões de Paulo
César Prado Ferreira da Gama e Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz. As ações
acontecem em Brasília, Rio e São Paulo.
A Galileo era controladora da Universidade Gama
Filho, que encerrou as atividades em 2014. Segundo a PF, os fundos de pensão
teriam adquirido cerca de 100 milhões de reais em debêntures emitidas pela
Galileo para a recuperação da Gama Filho, mas os recursos não foram aplicados
na universidade. "Quando a instituição de ensino 'quebrou', (os fundos)
perderam quase todo o dinheiro aplicado, totalizando 90 milhões de reais",
informou a Polícia Federal em nota.
A suspeita, diz a PF, é de que a Galileo
"teria apresentado garantias insuficientes, além de ter desviado grande
parte dos recursos aportados pelos fundos, em favor de seus sócios e pessoas
jurídicas, ao invés de contribuir para a manutenção e recuperação do
estabelecimento de ensino".
(com Estadão Conteúdo)
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