Guilherme Boulos, o miliciano,
comanda manifestação que reúne alguns milhares; é a marcha em defesa da
ladroagem
Por Reinaldo
Azevedo, 05/09/2016,
www.veja.com.br
Os petistas e as esquerdas
inconformadas com o impeachment de Dilma fizeram, neste domingo, em São Paulo,
a maior manifestação de protesto contra o governo Michel Temer. A PM não
estimou o número de participantes. Guilherme Boulos, o chefão do MTST, aquela
milícia, e de uma tal Frente Povo Sem Medo (de quê?), anunciou 100 mil pessoas.
Obviamente, é um despautério. A área ocupada, no entanto, sugere alguns
milhares, sim. E, claro! A coisa terminou em pancadaria. Puxando o saco da
turma, a imprensa paulistana insiste no alerta de que a manifestação era
pacífica e, ora vejam, só depois de encerrada é que vândalos, vocês sabem como
eles são…, promoveram baderna. Mas aí já não mais sob a batuta de Boulos.
Desta feita, o privatizador de
programas habitacionais resolveu, vamos dizer, emprestar ao movimento uma
coisa, assim, mais tradição, família e propriedade. Aquela miríade de
esquisitos que costumam compor as minorias radicalizadas que vão protestar
contra Temer cedeu lugar aos coxinhas endinheirados de esquerda, que é a turma
que hoje marcha com PT, PSOL e grupelhos afins. Ao longo da caminhada, os Black
blocs eram incitados a tirar as suas máscaras, na linha “Faça amor, não faça a
guerra”. Conversa para trouxas, como se viu ao fim de tudo, quando a turma
partiu para o pau.
Gritaram contra o golpe, claro! Mas a
palavra de ordem já era a nova farsa que o PT lançou no mercado das ideias:
“Diretas Já”, uma lema que, afinal, junta também os santos de pau oco da
floresta de Marina Silva. Que importa que a tese seja inconstitucional? Desde
quando essa gente se ocupa com essa questão? Se estivesse preocupada com a lei,
não estaria nas ruas defendendo bandidos, não é mesmo?
Ao longo da passeata, mais de uma vez,
vitupérios foram dirigidos contra a “Polícia Militar de Alckmin”, o que
empresta, também, um caráter mais momentoso à manifestação: é a forma que o PT
encontrou de fazer campanha eleitoral derivada. À frente da turma, ia Luiza
Erundina, do PSOL, que serve, a exemplo de qualquer partido de extrema
esquerda, de laranja do petismo. Afinal, ela não saiu do partido porque fosse
mais iluminada do que os “companheiros”. Está fora porque é ainda mais obtusa.
Encerrado oficialmente o evento, aí a
turma do confronto entrou em ação, o que obrigou a Polícia Militar a recorrer a
bombas de gás lacrimogêneo. Trata-se, obviamente, de uma tática. E é preciso
saber lidar com esses bandidos. Com bombas, sim, quando necessário. Mas também
com um enfrentamento que é de natureza política, de que trato no post abaixo.
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